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Resultados da pesquisa

quinta-feira, 31 de março de 2011

http://www.chiroone.net/library/index.html

Muito legal. Passe o mouse em cada vertebra e veja órgaos e doenças relacionados.
Vc ve pela coluna o que cada vertebra fora do lugar pode causar.
Sabendo disso, pode-se ter uma ideia do por que está se tendo certas doenças.
Corrigir este desvio da vertebra fora do lugar, consegue-se com um bom terapeuta craniosacral ou alguns tratamentos fisioterapeuticos que existem novos hoje em dia.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Artigo CranioSacral Therapy, escrito pelo Dr. John Upledger

Terapia CranioSacral
John E. Upledger, DO, OMM



Tradução: Márcio Ferreira de Moraes


Fonte: Upledger JE. CranioSacral Therapy. Seminars in Integrative Medicine 2:159-166, 2004.




A Terapia CranioSacral (TCS) é um método manual, sutil, de avaliação e tratamento global do corpo, que pode ter um impacto positivo sobre vários sistemas corporais. Empregada isoladamente, ou em combinação com outros métodos de tratamento da saúde mais tradicionais, a TCS tem comprovado ser clinicamente eficaz em facilitar a capacidade de cura do corpo, e frequentemente produz resultados extraordinários.
A TCS ajuda a normalizar o ambiente do sistema craniossacral, um sistema corporal fisiológico essencial que apenas recentemente foi cientificamente definido. O sistema craniossacral se estende desde o cranio, face e boca, inferiormente até o sacro e cóccix. É constituído por um compartimento formado pela membrana dura-máter, dentro do qual está contido o líquido cerebroespinhal, por um sistema que regula o fluxo do líquido, pelos ossos aos quais as membranas estão inseridos, e pelas articulações e suturas que interligam estes ossos.
Devido ao seu conteúdo – o cérebro, medula espinhal e todas as estruturas relacionadas – restrições ou desequilíbrios no sistema craniossacral podem afetar diretamente quaisquer, ou até mesmo todos, aspectos do desempenho do sistema nervoso central. Felizmente, estes problemas podem ser detectados e corrigidos por um terapeuta capacitado, utilizando métodos simples de palpação.
Geralmente utilizando cerca de 5 g de pressão, aproximadamente o peso de uma moeda de cinco centavos americana, o praticante de TCS avalia o sistema testando a liberdade de movimento e o ritmo em que o líquido cerebroespinhal pulsa, no interior das membranas. Técnicas específicas de tratamento são utilizadas para liberar as restrições nas suturas, fáscia, membranas, e qualquer outro tecido que possa influenciar o sistema craniossacral. O resultado é uma melhora do ambiente interno que permite ao sistema nervoso central retornar aos seus níveis ótimos de saúde e desempenho.

Os fundamentos científicos da Terapia CranioSacral

Basicamente, o sistema craniossacral funciona como um sistema hidráulico semifechado que banha o cérebro, medula espinhal e as células que os compõem, no líquido cerebroespinhal, o qual é bombeado ritmicamente a uma freqüência de 6 a 12 ciclos por minuto. Para acomodar estas alterações de pressão os ossos do cranio e sacro precisam permanecer móveis durante toda a vida. As articulações e suas suturas não se ossificam completamente durante a vida, como se acreditava anteriormente. Esta premissa foi apresentada por William Sutherland, DO, na década de 1930.
Em meados dos anos setenta fui convidado pela Michigan State University (MSU) para descobrir uma base científica para as afirmações de Sutherland. De 1975 a 1983 fui professor de biomecânica no College of Osteopathic Medicine (Faculdade de Medicina Osteopática) da MSU, onde coordenei uma equipe de anatomistas, fisiologistas, biofísicos e bioengenheiros, para testar e documentar a influência do sistema craniossacral sobre o corpo. Juntos, realizamos pesquisas – muitas delas publicadas – que formaram a base para a modalidade que eu passei a desenvolver e chamei de Terapia CranioSacral.
Nós descobrimos que, à medida que a pressão e o volume do líquido cerebroespinhal aumentam e diminuem, no interior do sistema craniossacral, ocorrem mudanças correspondentes na tensão da membrana dura-máter. Estas alterações, por sua vez, induzem movimentos de acomodação nos ossos anexos ao compartimento dural. Portanto, quando a mobilidade natural da dura-máter, ou qualquer dos ossos anexos a ela é comprometida, a função do sistema craniossacral – e do sistema nervoso central por ele envolvido – também pode ser comprometida.

Pesquisas que sustentam a existência e o significado do sistema craniossacral

Estudando espécimes de ossos retirados de pacientes vivos, em cirurgia, com idade entre 7 e 57 anos, nossa equipa da MSU foi capaz de demonstrar definitivamente o potencial para o movimento que há nas suturas cranianas. A partir daí, vários outros estudos, estabeleceram os fundamentos para o desenvolvimento de um modelo que explicasse o mecanismo do sistema craniossacral.
Um fator importante que contribuiu para nossas pesquisas foi a descoberta de algo que parecia ser um tecido fascial preso à borda livre da foice do cérebro, encontrado em algumas dissecações de cranio. Eu realizei estas dissecações tanto em cadáveres embalsamados quanto em outros não embalsamados. Ao microscópio, estes tecidos pareciam ser tratos nervosos, que saíam da foice do cérebro, com tecido cerebral fixado à sua terminação livre.
Pesquisas posteriores indicaram que realmente eram elementos de um sistema de transmissão de impulsos/mensagens entre os, agora identificados, receptores nervosos intra-suturais, e as paredes dos ventrículos cerebrais, nas quais estão localizados os plexos coróides. Esta pesquisa forneceu a base para o que nossa equipe denominou de Modelo Pressostático, o qual explica a função do sistema craniossacral como um sistema hidráulico semifechado. Nossos achados confirmaram outros publicados na revista Anatomica Humanica, pelo professor italiano Guiseppi Sperino, que percebeu que as suturas cranianas só se fundem, antes da morte, em circunstâncias patológicas.
Como ponto de partida para a aplicação clínica da terapia sobre o sistema craniossacral, meus colegas e eu passamos a realizar um estudo de confiabilidade interobservador. Vinte e cinco crianças de uma creche foram examinadas por dois, de quatro examinadores, em relação a 19 parâmetros. O percentual de concordância variou de 72 a 92%, dependendo dos examinadores, e o coeficiente de variação aceito foi de 0 a 0,5%.
Posterioremente eu utilizei este mesmo protocolo de avaliação, composto de 19 parâmetros, para examinar mais 203 crianças em idade escolar. Um técnico registrou os dados, relatados oralmente, e os repassou a um estatístico, que coletou informações do arquivo escolar de cada criança, bem como dados de suas histórias, a partir de entrevistas com os pais. Esta informação foi comparada com os achados do exame do sistema craniossacral.
Os resultados deste estudo mostraram que o exame padronizado, quantificável, do movimento do sistema craniossacral representa uma abordagem prática para o estudo das relações entre as disfunções do sistema craniossacral e uma variedade de problemas de saúde, comportamento e desempenho. Outros pesquisadores realizaram estudos similares relacionados a desordens psiquiátricas e sintomatologia em recém-nascidos.


A Terapia CranioSacral estimula o corpo a se auto-corrigir

A TCS se baseia no conceito de que o corpo de cada paciente contém as informações necessárias para descobrir a causa subjacente de qualquer problema de saúde. O terapeuta simplesmente se comunica com o corpo para obter esta informação e ajuda a facilitar o processo de auto-cura do próprio paciente.
Por causa disto, a sequência de eventos que geralmente ocorre na medicina convencional é invertido em uma sessão de TCS. Em vez de obter uma história verbal do paciente, o terapeuta inicia com a palpação-toque. Se o terapeuta se familiarizar com a história do paciente antecipadamente, poderá encontrar somente aquilo que espera, em vez de sentir as pistas sutis oferecidas pelo corpo do paciente, sua energia e psique. Por esta razão, geralmente é solicitado aos pacientes que escrevam seus históricos médicos e tragam-nos para a clínica, para serem arquivados. O terapeuta pode, então, revisar a história mais tarde, quando ele ou ela se sentirem seguros em relação à sugestionabilidade.
Embora este conselho sobre a tomada da história do paciente seja um dos aspectos mais controversos da Terapia CranioSacral, ele tem sido praticado desta forma, com sucesso, por dezenas de milhares de terapeutas desde que eu comecei a ensinar este conceitos, na MSU, em 1976.
A TCS também diverge da medicina convencional na sua abordagem dos sintomas. Mais do que tentar simplesmente aliviar os sintomas, os praticantes de TCS trabalham para encontrar e resolver a disfunção primária que há por trás do conjunto de sintomas apresentados.
Por exemplo, mais do que ver estrabismo como um diagnóstico a ser corrigido cirurgicamente, o terapeuta busca uma causa no sistema de membranas intracranianas e no sistema de controle motor dos olhos. Neste caso, frequentemente a causa encontrada é um padrão de tensão anormal na tenda do cerebelo. Muitas vezes estes padrões de tensão são oriundos do occipital ou da região lombar e/ou pelve.
Então, o “diagnóstico” CranioSacral seria uma tensão na membrana intracraniana da tenda do cerebelo, causada por disfunções do occipital e/ou região lombar e pélvica, levando a disfunções motoras secundárias dos olhos. Claramente, neste caso o terapeuta deveria se voltar para o sacro, pelve, occipital e, então, a tenda do cerebelo. A avaliação e tratamento corretos seriam verificados por uma “correção espontânea” do estrabismo.
Uma abordagem semelhante é utilizada para quase todos os problemas apresentados, desde uma síndrome de desordem temporomandibular até uma bronquite recorrente ou uma colite espástica. A natureza do problema apresentado pelo paciente geralmente é de importância secundária, a menos que a melhora imediata seja crítica para o paciente, ou caso o paciente não entenda a TCS. Nestes casos, o terapeuta pode tratar das queixas mais urgentes, para que o paciente compreenda o que está acontecendo.


De que forma a Terapia CranioSacral se diferencia da Osteopatia Craniana

Muitas coisas foram sugeridas sobre a comparação da TCS com a osteopatia craniana, que foi desenvolvida pelo Dr. William Sutherland, o “pai da osteopatia craniana”. Embora as descobertas do Dr. Sutherland a respeito da flexibilidade das suturas cranianas tenham nos levado às primeiras pesquisas por trás da TCS – e ambas as abordagens afetem o cranio, sacro e cóccix – as semelhanças terminam por aí.
Atualmente, assim como no início, a osteopatia craniana continua voltada para as suturas do cranio. Porém, a TCS, da forma como eu a desenvolvi na Michigan State University, volta-se para o sistema de membrana da dura-máter como a causa primária das disfunções. Os ossos do crânio estão envolvidos apenas pelo fato de que servem como “alças” para o terapeuta utilizar, para ter acesso ao sistema de membranas, que se insere nestes ossos.
Outra diferença importante entre as duas abordagens está na qualidade do toque. Os praticantes de TCS geralmente avaliam, e frequentemente corrigem, desequilíbrios no sistema utilizando toque leve, que foi cientificamente mensurado como sendo entre 5 e 10 g. Este é o peso de uma moeda de cinco centavos americana sobre a palma de sua mão. A TCS não emprega forças invasivas ou diretas, uma qualidade sutil que frequentemente mascara a eficácia da terapia. A maioria dos pacientes diz que não sentiram nada mais que leves sensações durante uma sessão típica de TCS. Em geral, as manipulações utilizadas na osteopatia craniana são frequentemente mais pesadas e mais diretas.


Realizando a avaliação CranioSacral

Durante uma avaliação inicial da TCS, o terapeuta sente movimentos sutis enquanto procura por alguma restrição que esteja impedindo o livre movimento do sistema craniossacral em diversas regiões do corpo, tecidos, órgãos, assim como a energia do corpo. O corpo todo responde à atividade rítmica do sistema craniossacral, que é avaliada em relação à amplitude, qualidade, freqüência e simetria/assimetria. Avaliações semelhantes são realizadas nos sistemas vascular e respiratório. As respostas corporais, ou a ausência delas, a estas atividades sistêmicas são fatores importantes na investigação da disfunção primária.
Outra parte que integra a avaliação inicial da TCS envolve o sistema miofascial. A fáscia corre como uma rede contínua de tecido através do corpo e se apresenta com bastante mobilidade, sob condições normais. Uma tração suave aplicada sobre a fáscia em de terminadas direções, a partir de diversas posições, ajudam a localizar as áreas restritas. Estas áreas de mobilidade restrita são então interpretadas como sendo o local dos problemas atuais, ou também como resíduo de lesões ou problemas anteriores.
Lesões/problemas ativos são diferenciados dos inativos por meio de uma técnica conhecida como “arqueamento”, que eu desenvolvi juntamente com o biofísico Zvi Karni, na Michigan State University. Através do uso de monitoramento mecanoelétrico, descobrimos que a energia, tanto dentro como de fora do corpo, é palpável para terapeutas capacitados. O arqueamento requer que o terapeuta sinta as ondas energéticas de interferência, produzidas pela lesão/problema ativo, que tendem a se sobrepor ao movimento fisiológico normal, sutil, do corpo, órgãos, tecidos e energias. Os terapeutas, então, seguem estas ondas até sua fonte sentindo, através das mãos, os arcos que elas formam.
A fonte das ondas é considerada o núcleo do problema ou lesão subjacente, e que pode neste momento estar bem distante do local dos sintomas do paciente. Geralmente, o problema/lesão ativo está em ruptura tanto com as atividades fisiológicas mais amplas, como com os padrões e funções energéticos mais sutis, tais como os meridianos de acupuntura.
Assim que locais de disfunção e ruptura são descobertos, o terapeuta pode tentar restaurar a mobilidade dos tecidos envolvidos e os aspectos energéticos. Na maioria das vezes estas tentativas serão bem-sucedidas, parcial ou completamente. Em ambos os casos, o resultado é frequentemente o aparecimento de um problema mais profundo, para o qual a lesão agora tratada serviu apenas como uma adaptação. O terapeuta então segue estas pistas, camada por camada, até que o problema primário seja revelado. Isto pode acontecer durante a primeira avaliação ou pode precisar mais de uma consulta para trazer à superfície os problemas subjacentes mais profundos. Na TCS é necessário limpar o corpo todo de qualquer restrição da mobilidade, para alcançar o nível mais alto de função do sistema craniossacral.
A maior parte desta avaliação é executada antes de avaliar o sistema craniossacral em si. Terapeutas capacitados são estimulados a se mover para dentro e para fora dos vários sistemas e regiões corporais, incluindo o sistema craniossacral, conforme seu julgamento e intuição sugerirem. Problemas na periferia do corpo frequentemente se referem à medula espinhal, por meio da conexão com a raiz nervosa. O efeito desta referência sobre os segmentos medulares relacionados incluem um efeito sobre a dura-máter, que é a chave do funcionamento do sistema craniossacral.


Corrigindo o segmento facilitado

A TCS se baseia no conceito que a membrana dura-máter, no canal vertebral (tubo dural), possui uma liberdade para deslizar para cima e para baixo, dentro do canal, em uma amplitude de 0,5 a 2 cm. Este movimento é permitido pela frouxidão das mangas durais e também devido ao seu direcionamento, à forma como elas saem do tubo dural e se fixam ao forame intervertebral da coluna.
Quando a raiz nervosa apresenta um aumento nos níveis de atividade de impulsos em direção à medula espinhal, vindos da periferia (estímulos aferentes), ocorre uma facilitação do segmento medular relacionado. Uma condição de hiperatividade no segmento medular facilitado faz com que sejam enviados impulsos para fora do tubo dural e mangas durais relacionados. Como resultado ocorre um espessamento e perda da mobilidade da porção do tubo dural relacionada ao(s) segmento(s) envolvido(s).
Observações clínicas sugerem que a TCS é eficaz na liberação das restrições do tubo dural para normalizar a atividade nos segmentos medulares facilitados. Para localizar estas áreas de mobilidade restrita o examinador testa a mobilidade do tubo dural e libera as restrições, à medida que vão sendo encontradas, utilizando uma técnica de tração suave. Estas liberações são fundamentais – se uma restrição periférica é liberada, mas a restrição do tubo dural e o segmento medular facilitado não, o problema periférico geralmente irá recidivar.
Uma vez que a região periférica do corpo e o tubo dural foram tratados para suas restrições, o terapeuta pode então se voltar para o cranio e o sacro. Neste momento, o terapeuta também ajuda a corrigir tanto as disfunções primárias como as secundárias dos ossos cranianos, ossos faciais, palato duro e complexo sacrococcígeo. Todas as suturas e articulações relacionadas são mobilizadas de forma muito suave utilizando os ossos como alavancas para acessar as membranas durais, no interior do cranio e do canal vertebral.
Após mobilizar as restrições ósseas o terapeuta então se volta para a correção das restrições anormais da membrana dural, irregularidades na atividade do líquido cerebroespinhal e nas flutuações e padrões disfuncionais de energia, relacionados com o sistema craniossacral. Neste estágio o paciente, frequentemente, passa de uma fase de remoção dos obstáculos para a fase de auto-cura, com o terapeuta simplesmente facilitando o processo. Na essência, o paciente passa da esfera da “luta com a doença” para uma dimensão de melhoria da saúde. É por isto que a TCS é uma excelente modalidade de medicina preventiva – pois se preocupa mais em mobilizar as defesas naturais mais do que enfrentar os agentes etiológicos das doenças.


Ajudando uma mergulhadora olímpica acometida pela vertigem

Mary Ellen Clark era uma atleta de mergulho de plataforma de nível mundial, que venceu várias competições importantes, incluindo uma medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de 1992, em Barcelona, Espanha. Sem descansar de suas conquistas, ela definiu como meta de fazer parte da equipe olímpica de mergulho para as Olimpíadas de 1996 e trazer outra medalha para casa. Ela estava na melhor forma física de sua carreira. Apesar de sua idade – ela estaria com 33 anos em 1996 – especialistas davam a ela excelentes chances de conquistar seu objetivo.
Subitamente, Mary Ellen passou a sentir vertigens, uma condição que encerrou a carreira de vários outros mergulhadores que ela conheceu. A vertigem é um problema devastador para qualquer pessoa, mas ainda mais para um atleta de mergulho. Cada vez que Mary Ellen ficava na borda da plataforma de mergulho, perdia o equilíbrio. Cada vez ela atingia a água ficava confusa e desorientada, fazendo com que, em algumas vezes, nadasse equivocadamente em direção ao fundo da piscina.
Mary Ellen consultou uma legião de médicos e especialistas, e experimentou tanto tratamentos tradicionais como métodos não-convencionais, na tentativa de obter algum alívio. Seu problema parecia não ter solução. Tendo ficado impossibilitada de treinar durante 9 meses, devido aos efeitos devastadores da vertigem, ela já havia desistido do sonho de permanecer na equipe olímpica.
Em setembro de 1995, Mary Ellen veio me consultar no Upledger Institute HealthPlex Clinical Services, em Palm Beach Gardens, na Flórida. Comecei nossa primeira sessão realizando uma avaliação corporal global utilizando minhas mãos para testar a mobilidade dos tecidos e a presença de áreas de restrição ao longo de seu corpo. Rapidamente encontrei alguns “cistos energéticos” – áreas de concentração de energia estranha, rompida ou obstrutiva – que pareciam ser resultantes de golpes traumáticos sobre seu corpo. Mary Ellen frequentemente realizava 50 mergulhos por dia, de uma plataforma de 10 metros de altura, e atingia a água a uma velocidade de cerca de 35 milhas por hora. Eu utilizei técnicas simples da TCS para liberar a energia dos cistos manualmente, sem dificuldade.
Na segunda sessão, a avaliação da TCS apontou para o joelho esquerdo de Mary Ellen. Ela confirmou que teve uma grave torção durante um acidente no trampolim, quando treinava um novo mergulho. Na época ela deu pouca atenção para esta lesão – ela estava determinada a ignorar qualquer presença de dor. Porém, conforme a avaliação avançou, se tornou claro que a lesão do joelho causou uma cadeia de compensação através de sua pelve e região lombar. Sua coluna se torceu para sustentá-la, e por sua vez, fez com que sua cabeça ficasse inadequadamente posicionada sobre seu pescoço.
Conforme eu ajudei Mary Ellen a corrigir este problema, ela começou a melhorar. Continuei a vê-la pelo menos uma vez por mês, para uma combinação de TCS, manipulação do joelho e da coluna, reequilíbrio pélvico e liberação miofascial. 30 dias após sua primeira sessão de tratamento Mary Ellen recuperou seu condicionamento físico. Em 90 dias ela obteve uma completa correção do problema e foi capaz de retornar a um programa integral de treinamento.
O restante, como dizem, é história. Nos jogos Olímpicos de Atlanta, Na Geórgia, em 1996, Mary Ellen Clark ganhou outra medalha de bronze.


Um menino russo encontra esperança e saúde nos Estados Unidos

Onar Bargior nasceu prematuramente em Moscou, Rússia, em 7 de Fevereiro de 1991. Ele sofreu um grave comprometimento da circulação cerebral, hemorragia intracraniana, encefalopatia, e foi diagnosticado com paralisia cerebral infantil, diplegia espástica e hipertensão – síndrome hidrocefálica. Qualquer estimulação produzia espasmos musculares que faziam com que suas pernas ficassem rígidas e em um “padrão em tesoura”, causando também hiperextensão de seu tronco e pescoço. Seus braços se tornaram rígidos, com os punhos cerrados e cruzados à frente do corpo. Com quase nenhuma flexão de quadril, era difícil para ele ficar na posição sentada.
Em Março de 1992 Onar foi considerado incapaz de ficar em pé, ou sentado, sem auxílio. Sua mãe, Maiga, buscou ajuda para seu único filho, mas o tratamento médico na Rússia era limitado e raro. Onar passou muito tempo de sua vida apenas deitado sobre uma cama.
Então, uma agência filantrópica de auxílio médico, situada em Waterville, Ohio – a International Services of Hope (ISOH) – ofereceu ajuda a Onar e Maiga. A ISOH especializou-se em levar crianças do Terceiro Mundo aos Estados Unidos para oferecer gratuitamente tratamentos médicos não disponíveis em seus países. A organização obteve notável sucesso em assegurar cuidados médicos e cirúrgicos para salvar e melhorar a vida de crianças com deficiência física.
Ao ficar sabendo da situação de Onar, a agência levou ele e sua mãe para Nova Iorque, para um tratamento na Divisão de Neurocirurgia Pediátrica do Centro Médico Universitário de Nova Iorque. A equipe clínica avaliou Onar em outubro de 1994. Porém, os médicos concluíram que ele não era um candidato apto para cirurgia, e subsequente reabilitação, devido à sua grave espasticidade e atraso psicomotor. O trauma no nascimento e a paralisia cerebral deixaram seu corpo muito rígido para engatinhar ou andar, e restringiram severamente o uso de sua mão direita.
A esperança da mãe de Onar foi destruída. Conscientes do que este tratamento significava para Onar, a International Services of Hope passou a avaliar a disponibilidade de outros cuidados médicos. Em sua busca, um representante da ISOH consultou um médico de Nova Iorque que havia ouvido falar de um programa de tratamento inovador, disponível no The Upledger Institute HealthPlex Clinical Services, em South Florida. A ISOH contatou o Instituto com o apelo de que era o seu “último recurso”. Caso contrário, Onar e sua mãe teriam que retornar à Rússia, sem receber assistência.
A clínica do The Upledger Institute HealthPlex aceitou Onar em um programa de tratamento intensivo de duas semanas, que iniciou em 13 de Março de 1995. Este programa de tratamento especializado é baseado na aplicação da TCS, complementada por fisioterapia, Manipulação Visceral, acupuntura, massoterapia, ludoterapia, aconselhamento familiar e educação. Os terapeutas de Onar formavam uma equipe multidisciplinar de fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, massoterapeutas, médicos osteopatas e psicólogos.
Um de seus terapeutas lembra-se de ter encontrado, durante a primeira sessão de Onar, severas restrições em seu sistema de membranas durais – a foice do cérebro, foice do cerebelo e tenda do cerebelo, no interior do cranio, e no tubo dural, dentro do canal vertebral. Ela também encontrou uma compressão da sincondrose esfenobasilar, com um desvio para a direita, restrições entre etmóide e frontal, com impactação maxilar bilateral, e restrições na sutura temporoparietal direita, assim como na sutura coronal. Haviam restrições fasciais na região cervical relacionadas ao osso hióide, músculo esternocleidomastoideo, e músculos do triângulo suboccipital. A ‘entrada torácica’ e todo o gradil costal estavam restritos e rígidos. Havia também restrições no diafragma respiratório, com um componente visceral no estômago e restrições do diafragma pélvico, com compressão ao nível da junção vertebral L5-S1. O tratamento foi aplicado em todas estas áreas.
No segundo dia de tratamento Maiga relatou que Onar havia dormido profundamente. Esta foi uma surpresa agradável e inesperada, pois ele normalmente acordava três ou quatro vezes por noite. Ao acordar, pela manhã, ele perguntou quando iria retornar à clínica. Durante o programa, Onar continuou a apresentar extraordinários avanços, diariamente, incluindo aumento do apetite, diminuição da espasticidade, passou a acordar pela manhã sem chorar e obteve um aumento da amplitude de movimento em todas as articulações.
Inicialmente, as equipes de Nova Iorque e Moscou apontaram o atraso psicomotor de Onar acentuado o suficiente para indicar retardo mental. Consequentemente, estávamos esperando uma criança cuja resposta seria lenta, tanto em nível de relacionamento interpessoal como intelectual. E o que encontramos foi exatamente o contrário. Ele nos impressionou desde o início com sua habilidade de comunicação – inicialmente através de sorrisos, risadas e envolvimento emocional. À medida que ele se tornou mais confortável, começou a responder em sua língua nativa, que foi mesclada com uma quantidade cada vez maior de palavras e frases em inglês.
No início do programa de tratamento Onar preferia se movimentar rolando pelo chão. O dia que ele se esforçou para se colocar sobre seus joelhos foi outro marco importante. Ele também começou a procurar brinquedos e desenvolveu as habilidades necessárias para brincar com adesivos, pequenos carros e caminhões.
A intensidade destes programas e a natureza sistêmica da terapia que eles fornecem geralmente resulta em ganhos fisiológicos que permanecem por muitos meses após o final do programa. Como a TCS remove as restrições que impedem a tendência natural do corpo em direção à saúde, o corpo sofre um período de reorganização. Estimulados pelos ganhos tão notáveis de Onar, após apenas um programa de tratamento, nossa equipe decidiu oferecer uma segunda semana de programa de tratamento intensivo, após um período de repouso de duas semanas.
Este segundo programa de tratamento iniciou no dia 10 de Abril de 1995. Para a alegria de todos os que estavam envolvidos, Onar demonstrou que continuava a obter ganhos de movimento fisiológico e diminuição da espasticidade. No segundo dia do programa, quando perguntei a ele “Como você está hoje, Onar?”, ele respondeu, em inglês, “Eu me sinto leve”. No quarto dia do programa ele foi capaz de apoiar totalmente seus pés sobre o chão. Ao final do programa ele estava engatinhando em quatro apoios.
Um dos quatro fisioterapeutas notou que, após a segunda sessão da segunda semana, Onar estava usando sua mão direita para alcançar e pegar objetos com relativa facilidade e eficiência. Com um ajuda de mínima a moderada, ele era capaz de ficar sentado, ajoelhado e apoiado sobre um joelho e um pé. Ele não era capaz de realizar destes movimentos do desenvolvimento motor antes de sua ida aos Estados Unidos. Além disto, sua musculatura contraturada ou espástica obteve um grande relaxamento.
Quando Onar veio à clínica pela primeira vez, todo o seu sistema craniano estava extremamente restrito e comprometido. Ao final do seu segundo programa de tratamento intensivo o seu sistema craniano estava se movendo com muito mais amplitude e harmonia. Isto indicava que o sistema de Onar estava funcionando de forma mais eficiente e fluída, sem muitas restrições no seu sistema nervoso central e à sua volta. Com o tempo, Onar foi capaz de sentar por longos períodos de tempo, engatinhar com movimentos recíprocos, engatinhar com apoio sobre um joelho e um pé com um moderado auxílio, e usar sua mão direita sem solicitação verbal de outra pessoa. Ele também começou a falar de forma mais compreensível e demonstrar de forma mais clara suas emoções e manifestações de amor – características que as crianças mais saudáveis demonstram.
No momento que Onar completou seus programas de tratamento ele também terminou as avaliações e as vacinas necessárias para começar a frequentar a escola. Antes, Maiga era preocupada se Onar poderia não ser inteligente o suficiente para progredir no mundo. Mas as avaliações da escola mostraram que Onar tinha um ótimo raciocínio. Com oportunidade de educação não se sabia dizer do que esta criança seria capaz. Ele já havia contribuído de uma forma profunda para as vidas de seus terapeutas e amigos.


Aplicações clínicas da Terapia CranioSacral

A TCS é bem conhecida por suas múltiplas aplicações e resultados positivos em milhares de casos como estes, de Mary Ellen e Onar. Através da facilitação e reforço dos mecanismos de auto-correção do corpo, a TCS comprovou ser útil como uma modalidade de tratamento primária ou complementar, para uma grande variedade de disfunções, desde insuficiência coronária até doença de Crohn.
O número de sessões necessário para obter resultados depende da complexidade das camadas adaptativas, mecanismos de defesa do paciente, e outros fatores. Após realizar uma avaliação manual inicial pode ser feita uma previsão. Em geral, se não há alteração na condição do paciente após cinco ou seis sessões, a TCS pode não ser eficaz para aquele indivíduo.
A seguir, apresento uma lista parcial de tipos de condições que tem apresentado resposta às aplicações clínicas da TCS. Enquanto as pesquisas conduzidas na MSU comprovaram a existência do sistema craniossacral e sua influência sobre a saúde e a doença, as informações a seguir estão baseadas primariamente em observações clínicas ao longo dos últimos 15 anos de prática da TCS. Embora estudos formais dos resultados não tenham sido realizados, milhares de pacientes nos relataram seus resultados. O que eu apresento aqui são observações de resultados claros e tendências.


Síndromes de dor crônica

Artrite – Degenerativa e Inflamatória

A TCS reforça o movimento do fluído, libera o tônus muscular e dessensibiliza os segmentos facilitados, o que contribui para o rejuvenescimento articular. Excelentes respostas foram relatadas, incluindo alguns resultados que apresentaram normalização dos exames sanguíneos.

Síndromes de cefaléia – Migrânea, Cefaléia tensional, Congestão de líquido, e Síndromes Hormonais

A TCS é excelente para identificar e tratar uma grande variedade de causas subjacentes às cefaléias. A imobilidade sutural parece ser um fator que contribui nas migrâneas para muito pacientes que nós vemos. A TCS é voltada para estes problemas, assim como para disfunções autonômicas e neuromusculoesqueléticas, que podem ser causa subjacente das síndromes de migrânea.

Síndromes Dolorosas – De todos os tipos, incluindo miofascial, neuromusculoesquelética e síndromes de dor radicular

Através de seus efeitos sobre o sistema nervoso autônomo a TCS dessensibiliza os segmentos facilitados e reforça a troca de fluídos ao longo do corpo, e efeitos psicoemocionais. A TCS também é direcionada para muitos dos fatores neuromusuloesqueléticos, miofasciais e psicoemocionais que podem servir como fatores que contribuem para dor lombar e cervical crônica.

Distrofia Simpático Reflexa (DSR)

A Distrofia Simpático Reflexa é uma condição dolorosa que acontece quando o sistema nervoso simpático perde o controle. A causa pode ser uma lesão, aprisionamento de um nervo, inflamação, intoxicação, ou qualquer circunstância que possa adicionar uma quantidade anormal de energia ao sistema nervoso simpático. Os tratamentos médicos conservadores, que em casos extremos incluem a amputação da área dolorosa, tem se mostrado bastante ineficazes. A minha idéia é que a chave para ajudar o paciente com DSR é descobrir e resolver a causa subjacente do excesso de energia. Mais uma vez, a TCS é adequada para encontrar e tratar as causas subjacentes da DSR, e consequentemente resolver a dor.


Disfunções vertebrais

Escolioses, instabilidades lombares (lombares e lombossacrais), compressões discais, complicações pós-operatórias e outras. Uma vez que a causa subjacente é descoberta, a TCS é eficaz em resolver os problemas biomecânicos, neurogênicos e do segmento facilitado.


Síndrome da articulação temporomandibular (ATM)

Este problema doloroso faz com que as articulações da mandíbula se tornem disfuncionais por várias razões. Surpreendentemente, o problema pode ter origem em uma restrição do sistema craniossacral, que causa um desequilíbrio entre o osso temporal de cada lado da cabeça. Outras causas incluem tensão nervosa causada por ranger de dentes e/ou apertamento dentário, lesão em chicote da coluna cervical, ou uma má-oclusão dentária. A TCS é altamente eficaz em localizar e aliviar os problemas subjacentes. É também altamente eficaz em mobilizar os ossos temporais.


Lesões traumáticas

Os praticantes de TCS tratam uma grande variedade de lesões traumáticas cerebrais e da medula espinhal, incluindo lesões sem fratura do crânio, lesões da medula espinhal, lesões em chicote e estiramento de outros ligamentos espinhais, e sequelas de lesões do sistema nervoso. O sucesso do tratamento varia, dependendo da extensão e gravidade da lesão. Eu geralmente obtenho bons resultados com pacientes que sofrem de apreensão após lesões no crânio, frequentemente descartando a necessidade de mais medicação. Embora um pequeno número de casos não responda à TCS, eu tenho tratado pacientes com ansiedade desde 1975 e ainda vejo uma reação adversa.
Tenho visto melhoras moderadas no movimento de membros paralisados devido a lesões cranianas. A melhora mais significativa geralmente aparece na área do intelecto e interação social. Tenho observado notáveis melhoras na visão, audição, olfato e gustação, e em disfunções autonômicas secundárias, tais como desequilíbrio, função cardiopulmonar, funcionamento intestinal, função sexual e outras condições relacionadas. Os resultados positivos provavelmente são devido aos efeitos da TCS sobre o sistema nervoso autônomo e sobre os segmentos medulares relacionados, assim como a sua capacidade de reduzir o stress e a ansiedade.


Doenças degenerativas do sistema nervoso central

Até poucos anos atrás se pensava que o líquido cerebroespinhal apenas banhava a superfície do cérebro. Tudo isto mudou com o uso de contrastes radioativos que fluem junto com o líquido. Foi observado que, quando contrastes são injetados no sistema ventricular do cérebro, eles se distribuem através da substância branca em minutos. Uma vez que este líquido carrega todo tipo de moléculas que facilitam a comunicação entre as células de diferentes sistemas, isto determina porque a melhora na circulação do líquido cerebroespinhal pode explicar o sucesso que temos observado utilizando a TCS para tratar doenças degenerativas como a doença de Parkinson.
Outra descoberta recente é a de que o líquido cerebroespinhal contém moléculas que se ligam a átomos metálicos que são depositados no cérebro. Estes átomos metálicos, então, são transportados e excretados pelo corpo em um processo chamado de “quelação”. Pensa-se que átomos de metais depositados no tecido cerebral sejam fatores que contribuem para tais como a doença de Alzheimer e a senilidade. Portanto, a melhora da circulação do líquido cerebroespinhal através da TCS pode ser considerada como uma terapia preventiva destas condições.
Temos obtido bons resultados melhorando o estado de alerta cerebral e a função cerebral em pacientes idosos que tinham dificuldade de se concentrar e reunir palavras. Eu acredito que são melhoras na circulação sanguínea, de líquido cerebroespinhal, e de líquido intersticial e intracelular, que ajudam a limpar os resíduos tóxicos acumulados nas células e tecidos cerebrais.


Problemas de insuficiência cerebrovascular

A TCS tem demonstrado ser eficaz tanto na prevenção como na recuperação após um acidente vascular cerebral, quando uma trombose ou uma insuficiência circulatória são o agente causador. Assim que a condição do paciente tenha estabilizado, após o AVC, e o risco de hemorragia tenha passado, a TCS pode ajudar de forma eficaz eliminando subprodutos tóxicos da deterioração das células sanguíneas, para ajudar a possibilitar uma recuperação mais rápida.


Reabilitação pós-operatória

A TCS é um excelente acréscimo a qualquer programa de reabilitação pós-operatória. Ela restaura o movimento dos fluídos corporais nas áreas traumatizadas pelos procedimentos cirúrgicos. Desta forma, aumenta o processo de cicatrização e retém o potencial para reduzir a formação de aderências e cicatrizes. A TCS também ajuda a remover a toxicidade tecidual das medicações anestésicas e para a dor.
Em 1973 e 1974 eu tratei vários pacientes neurológicos pós-cirúrgicos, logo no primeiro dia pós-cirurgia, com resultados muito bons. O neurocirurgião verificou que estes pacientes apresentaram um número menor de complicações, taxas menores de morbidade, e período de recuperação mais curto. Nós achamos que, em geral, quanto mais cedo a terapia for iniciada, melhor será a prevenção de complicações.


Disfunções cerebrais

Autismo
A TCS tem apresentado grandes esperanças nos casos de autismo, um complexo conjunto de sintomas de origem desconhecida. Enquanto ainda não estão claros precisamente quais mecanismos estão agindo, tanto na causa como na “cura” desta condição, tem-se notado que, após a TCS os pacientes geralmente infligem menos dor a si próprios, mostram mais atenção voltada a outras pessoas, e apresentam uma melhora no comportamento social.

Paralisia cerebral
Devido a que a TCS frequentemente em um efeito positivo sobre o sistema de controle motor, incluindo diminuição da espasticidade, conseguimos benefícios com a maioria dos pacientes com PC. Ocorrem, ocasionalmente, algumas melhoras notáveis, embora algumas vezes tenhamos pouca ou nenhuma melhora. De qualquer forma, esta condição merece pelo menos uma tentativa de 10 sessões, apesar de que a regra permanece verdadeira – quanto mais cedo tratarmos, geralmente os pacientes ficarão melhores. Se tratarmos um paciente como um adolescente, mesmo se corrigirmos o problema subjacente, os padrões nervosos necessários para o funcionamento adequado podem não estar presentes porque eles nunca tiveram uma chance de se formar.

Distúrbios de aprendizagem
Eu tenho tratado um grande número e uma grande variedade de crianças com distúrbios de aprendizagem. Na minha experiência, mais da metade destas crianças tem problemas no sistema craniossacral. Nestes casos, quando o problema no sistema craniossacral é resolvido, a criança tem mais de 90% de chances de superar suas dificuldades de aprendizagem, especialmente em casos como de dislexia e hipercinesia (hiperatividade). Muito frequentemente as incapacidades simplesmente desaparecem.


Problemas motores

Nós podemos, quase sempre, melhorar problemas motores e de fala através do uso da TCS. Mesmo em casos de problemas motores do olho, um praticante habilidoso pode dizer, em questão de minutos, se o problema é causado por uma tensão nas membranas através das quais passam os nervos que vão para os olhos. Quando este é o caso, especialmente em crianças, o problema é frequentemente corrigível, de forma permanente, em duas ou três sessões. Cirurgia para problemas como estrabismo convergente frequentemente podem ser evitadas. Os pacientes de TCS também tem relatado grande sucesso nos casos de disfunções olfatórias e vertigem, embora tenhamos visto sucesso apenas moderado com zumbido.


Desordens endócrinas

A maioria destes problemas, incluindo tensão pré-menstrual, disfunção da pituitária, problemas da glândula pineal, e problemas emocionais relacionados, frequentemente respondem favoravelmente à TCS. Ela aumenta a mobilização de fluídos e o equilíbrio autonômico, melhora o controle endócrino e alivia os sintomas neuromusculoesqueléticos e psicoemocionais. Liberando as mangas durais, que podem estar restringindo a saída de nervos para as glândulas adrenais, tireóide, baço, fígado, timo e glândulas reprodutivas, também tem sido muito útil nestes pacientes.

Outras condições

A coisa mais importante a lembrar sobre TCS é que ela é extremamente suave e frequentemente resolve as condições em um período de tempo mais curto que a maioria das outras abordagens. Simplesmente, a TCS quase sempre pode ajudar de alguma forma, mesmo que seja apenas aumentando a chance de sucesso a longo prazo de outras terapias empregadas.

Contra-indicações da Terapia CranioSacral

Mesmo nos casos mais críticos, a TCS tem uma ampla aplicabilidade quando utilizada em conjunto com programas de tratamento convencionais. Porém, há quatro contra-indicações para o uso da TCS:

1. Hemorragia intracraniana aguda. Afeta as membranas do sistema craniossacral e pode alterar significativamente a dinâmica da pressão dos fluídos intracranianos, que poderia interromper o tênue progresso de formação do coágulo e prolongar a duração da hemorragia.
2. Aneurisma intracraniano. Alterações da dinâmica da pressão de fluídos intracranianos poderia, potencialmente, precipitar um vazamento ou ruptura de um perigoso aneurisma intracraniano já existente.
3. Fratura craniana recente. Em casos de fratura recente do crânio a abordagem deve ser muito cuidadosa, para que não haja um aumento no movimento dos ossos cranianos que possa levar a sangramento ou um rompimento de membrana.
4. Herniação da medula oblonga. Uma herniação da medula oblonga através do forame magno é uma condição que ameaça a vida. Você não iria querer, de forma alguma, alterar a pressão de fluídos dentro do sistema craniossacral.


Aprendendo Terapia CranioSacral

O Instituto Upledger foi criado em 1985 para educar o público e os profissionais de saúde sobre o valor da Terapia CranioSacral. Estas técnicas foram ensinadas a mais de 50.000 terapeutas em 56 países diferentes*.
Atualmente, o Instituto continua dedicado a ensinar a TCS da forma como ela foi desenvolvida originalmente. Seu currículo oferece uma grade completa de workshops que totalizam mais de 500 horas de treinamento.
Além de fornecer uma fundamentação acadêmica sólida, o treinamento ajuda os terapeutas a desenvolver o senso de toque sutil, movimento, e percepção de energia, necessários para se tornar um praticante de TCS eficaz. O Instituto Upledger também oferece dois níveis de programas de certificação para ajudar a assegurar a qualidade das habilidades.
Por ter sido desenvolvida originalmente como uma modalidade complementar para profissionais da saúde, atualmente não há uma licença específica para praticar a TCS. Porém, graças ao rápido crescimento de sua prática e de sua aceitação, há projetos em andamento para a criação de um programa de licença profissional distinto e independente.


Perspectivas para o futuro

Ao longo da última década, os resultados clínicos positivos e o crescimento da aceitação pelo público em relação aos métodos de saúde complementares e integrativos causaram um aumento na demanda pela Terapia CranioSacral. A TCS continua a ser bem conhecida como um facilitador eficaz para o processo inerente de cura do qual todo ser humano é dotado.
Porém, seu grande valor pode ser visto bem cedo no ciclo da vida: na maternidade. A TCS parece ser um eficaz neutralizador para todos os tipos de traumas de parto e seus efeitos potenciais sobre o cérebro e a medula espinhal, incluindo as funções autonômicas, endócrinas e imunológicas. Há pesquisas que sugerem que o processo de parto em si pode ser responsável por inúmeras disfunções cerebrais e problemas do sistema nervoso central. A TCS, realizada desde o primeiro dia de vida, poderia reduzir potencialmente uma grande variedade de dificuldades, muitas das quais podem se tornar aparentes somente mais tarde, na vida.
A TCS também é vista como um método de integração do corpo, mente e espírito. Este foco na saúde integral pode resultar em uma significativa redução das doenças e melhora da qualidade de vida.


Referências bibliográficas

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3. Retzlaff EW, Michael D, Roppel R, et al. Proceedings: The structure of cranial bone sutures. J Am Osteopath Assoc 75:607-608, 1976.
4. Retzlaff EW, et al. Sutural collagenous and their innervation in saimiri sciurus. Anat Rec 187:692, 1977.
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7. Upledger JE. The reproducibility of craniosacral examination findings: A statistical analysis. J Am Osteopath Assoc 76:890-899, 1977
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9. Woods JM, Woods RH. Physical findings related to psychiatric disorders. J Am Osteopath Assoc 60:988-993, 1961.
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12. Upledger JE. Mechano-electric patterns during craniosacral osteopathic diagnosis and treatment. J Am Osteopath Assoc 78:49-50, 1979.
13. Upledger JE, Vredevoogd J. CranioSacral Therapy. Seattle, WA, Eastland Press, 1983.
14. Upledger JE. Craniosacral Therapy II: Beyond the Dura. Seattle, WA, Eastland Press, 1987.
15. Upledger JE. SomatoEmotional Release and Beyond. Palm Beach Gardens, FL, UI Publishing, and Berkeley, CA, North Atlantic Press, 1990.
16. Lyttle J. An Olympian comeback. Columbus Monthly, June 1996.
17. Murphy J. Olympic diver sinks vertigo with CranioSacral Therapy. Adv Phys Ther, October 21, 1996.
18. Bourne RA Jr. To Onar, with love. Massage Ther J, Spring 1996.
19. Hammond F. The Upledger Institute offers Russian boy hope for more active life. Nurse’s Touch, Summer 1995.

quinta-feira, 24 de março de 2011

http://amogmz.org/estudantes/FisiolApRepFem.pdf

Alimentos podem alterar o funcionamento cerebral

Por que é tão difícil resistir?

Alguns alimentos, como chocolate, café e gordura, causam um tipo de dependência semelhante à de drogas. O resultado é que você acaba comendo compulsivamente, mesmo quando não está lá com muita vontade. Aprenda a reconhecer o seu vício e formas de livrar-se dele

A Associação dos Comedores Anônimos (ACA) ainda não foi criada. Mas, se existisse, certamente teria um número grande de sócios. A comida pode ser um vício. Não estamos falando aqui de pessoas que comem o tempo todo, mas daquelas que criam uma predileção por determinados alimentos e passam a depender deles para funcionar direito, ou não conseguem controlar a quantidade ingerida. “Isso costuma acontecer com alimentos altamente palatáveis e de alta densidade energética, ricos em açúcar, gordura e farinhas refinadas”, diz a nutricionista Andréia Naves, diretora da VP Consultoria Nutricional (SP). E completa: “Eles geram um consumo compulsivo e incontrolável e, consequentemente, uma sensibilização do organismo à substância, com sintomas típicos quando é suprimido, como ansiedade, agressividade e alterações de humor”.
Só que, diferentemente das drogas, os alimentos são necessários à vida. Comer é um comportamento que envolve vários processos hormonais. Por isso, fica tão difícil comprovar que a vontade excessiva de ingerir algo seja um vício. Mas a cada dia novas pesquisas comprovam que certos alimentos podem, sim, alterar o funcionamento cerebral, como faz a cocaína, por exemplo. Boa parte dos experimentos foi feita com ratos, uma vez que é um risco grande desenvolver propositadamente o vício em uma pessoa.







Chocolate
O carboidrato presente no chocolate aumenta a disponibilidade no cérebro do triptofano, que se transforma em serotonina, o neurotransmissor responsável pelo bem-estar. “Além disso, o chocolate contém anandamida, outro componente que induz a sensação de calma e bem-estar”, explica a endocrinologista Anete Abdo. “Os compostos ativos da maconha também produzem excitação imitando a anandamida. Mas a quantidade presente na droga é muito maior do que aquela do chocolate”, completa Anete. E não se pode esquecer que o chocolate contém cafeína — cerca de 16 mg a 36 mg por barra de 50 g (contra 40 mg a 130 mg por xícara de café).
Acredito não ser o chocolate que induz tudo isso e sim o cacau.

Café
Os mecanismos da dependência são variados e nem todos bem explicados. Um deles é que a cafeína bloqueia a ação da adenosina, substância calmante produzida pelo cérebro; e aumenta os níveis de dopamina e noradrenalina, responsáveis pelo bem-estar. Quando se suprime o cafezinho, a pessoa sente-se com pouca energia. Daí a necessidade de tomar mais. Além disso, a bebida é vasoconstritora, o que ajuda a aliviar a dor de cabeça provocada pela dilatação dos vasos cranianos. Assim, a pessoa toma café para livrar-se da cefaleia, e, assim que o efeito passa, a dor volta, obrigando a pessoa a beber mais. A cafeína também está presente em chás e refrigerantes, embora em quantidade inferior, mas contribui para seu potencial “viciante”. Importante: para não atrapalhar o sono, é bom evitar a cafeína depois das 16 h.

Carboidratos refinados
Pães, massas e biscoitos feitos com farinha refinada — aquela branca — são capazes de mudar a química cerebral, aumentando os níveis de serotonina, o neurotransmissor que dá a sensação de bem-estar.

Açúcar
“Quanto mais açúcar ingerimos, mais insulina precisamos fabricar para metabolizá-lo. Quando os níveis de insulina estão muito altos, o cérebro não fica sabendo quanta gordura há estocada e manda sinais para o corpo ingerir mais alimentos. Em outras palavras, quanto mais doce comemos, mais temos vontade de comer”, explica a endocrinologista Anete Hannud Abdo, do Programa de Atendimento ao Obeso (PRATO), do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. O açúcar age também no cérebro, aumentando a liberação de dopamina, responsável pela sensação de prazer.



Vontade de comer


Não se pode negar que há um forte componente psicológico e comportamental na dependência por um determinado alimento. É o que acontece naqueles dias em que você chega em casa depois de um dia difícil de trabalho e tudo o que quer é cair de boca em uma torta de chocolate, doce e gordurosa. “Nesse caso, o hábito pode ser abandonado em qualquer fase da vida sem maiores problemas”, diz o endocrinologista Geraldo Medeiros, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), que sequer concorda com o uso do termo vício.

Imaginar uma comida é um forte estímulo psicológico para sentir vontade de comê-la. É aquela situação em que você não consegue ler um livro porque está com ideia fixa em um belo hambúrguer, ou em um sorvete de flocos. Cientistas da Finders University (Austrália) confirmaram esse comportamento. Sempre que a pessoa relatava uma vontade incontrolável de comer algo, a imagem estava vívida em sua cabeça. Ela podia vê-la em detalhes. Para esses casos, ainda segundo os cientistas, funciona tentar criar outra imagem mental, ou até pensar em um cheiro. Por exemplo, os voluntários foram estimulados a imaginar um arco-íris, ou lembrar o cheiro de folhas de eucalipto. Em ambos os casos, a necessidade imediata pela comida diminuiu.



“Todo vício, seja ele por drogas ou por alimentos, é multifatorial. Não se pode desprezar o componente comportamental ligado ao fisiológico”, diz a nutricionista Andréia Naves. Um estudo publicado em novembro de 2010 pelo jornal da Academia Nacional de Ciências dos EUA demonstrou que atitudes prazerosas realmente ajudam a reduzir o estresse. Mais uma vez o objeto do estudo foram os ratos. Os cientistas ofereciam aos animais uma mistura de água com açúcar, que eles gostavam bastante. Nessas circunstâncias, seu cérebro demonstrava uma resposta baixa ao estresse. Em outra parte do experimento, a substância era injetada diretamente no estômago dos ratos, e a resposta ao estresse desaparecia. Ou seja, o açúcar em si nem sempre funciona para reduzir o estresse. Já o prazer que ele traz é altamente eficiente.

Lutar contra um vício nunca é fácil, seja pela dependência química, seja pelo prazer que ele traz. Ainda mais se é uma droga legal, ao alcance de qualquer um na prateleira do supermercado. Mas o preço a ser pago por se deixar levar pela sedução dos sabores é alto e nem sempre merecedor do seu sacrifício.



Escape do círculo vicioso


Quantidade recomendada: um pacote de batata-frita possui 18 g de gordura. Portanto escolha apenas um dia da semana para ingeri-lo
• Aprenda a identificar os alimentos que causam compulsão no seu caso. Há os mais comuns (café, chocolate e gordura), mas outros podem ser acrescentados à lista como o sal e o refrigerante. E preste atenção no tanto que está ingerindo, tentando diminuir um pouquinho por dia.
• Observe a situação. Sempre que sentir um desejo demasiado por determinado alimento, preste atenção em como você está se sentindo: aborrecido, deprimido, ansioso. Nesses momentos é comum sentir vontade de alimentos que trazem recordações boas, como da infância. Busque uma solução para sua situação mental que não seja o alimento.
• Distraia-se. Quando sentir uma vontade louca por um alimento, tente fazer alguma atividade que mude o seu foco.
• Evite a fome oculta: “Garanta que está consumindo a quantidade certa das vitaminas e minerais importantes para a mediação dos neurotransmissores”, diz a nutricionista Andréia Naves, e enumera: complexo B (cereais integrais), vitamina C (laranja), triptofano e tirosina (banana), magnésio (folhas verdes-escuro) e selênio (castanha do Brasil).



Gordura
O consumo por um tempo prolongado modifica o sistema de recompensa do cérebro e estimula a compulsão. No experimento realizado pelo Scripps Research Institute, quanto mais os ratos consumiam alimentos gordurosos, mais eles preferiam alimentos de pior qualidade nutricional.

Médico explica os riscos do paracetamol e diz que não sabe por que remédio continua no mercado

08/12/2005 - 21h36


Veja a entrevista em vídeo
http://noticias.uol.com.br/uolnews/saude/entrevistas/2005/12/08/ult2748u82.jhtm

Da Redação

Pesquisa divulgada pela revista científica New Scientist alerta sobre os riscos que o paracetamol traz para a saúde depois que foi divulgado que o analgésico se tornou a principal causa de insuficiência hepática nos Estados Unidos. O estudo mostra que a proporção de problemas no fígado causados pelo medicamento chegou a 51% do total em 2003. Em 1998, esta proporção era de 28%.

Os cientistas americanos responsáveis pelo estudo chegaram à conclusão de que 20 comprimidos de paracetamol por dia são suficientes para causar insuficiência hepática e levar à morte - a dose máxima recomendada é de oito.

Em entrevista ao UOL News, o toxicologista Anthony Wong, do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas, deu uma aula sobre o que se deve e o que não se deve fazer no uso do paracetamol, admitiu não saber por que o remédio ainda continua no mercado e explicou que a dosagem perigosa varia de pessoa para pessoa.

"A quantidade de comprimidos é altamente variável. Só aqui no Brasil tem comprimido de 750mg. Na Inglaterra só tem de 500mg e de 360mg. Nos Estados Unidos existem comprimidos de até 1g, mas isso ainda é muito restrito. Nos Estados Unidos, inclusive, já há restrições, com advertência de caixa preta, para que as pessoas não tomem paracetamol com bebida alcoólica. Se tomar mais de 3 doses de bebida alcoólica não pode tomar paracetamol."

Ainda sobre a dosagem, lembrou: "20 comprimidos é uma dose média, mas há pessoas que já tiveram falência hepática tomando 8 comprimidos de 500mg, que dá 4g. É importante salientar que a máxima diária são 4g de paracetamol, desde que não tenha álcool, problema hepático ou o paciente não esteja tomando um outro remédio."

Nada de paracetamol na ressaca
Ele contou que a velha prática de tomar um comprimido com paracetamol em dias de ressaca para combater a dor de cabeça deve ser completamente abolida da vida das pessoas. "É uma boa advertência para essa época de natal e ano novo. Não se pode tomar um porre e depois tomar paracetamol, pois pode causar lesão hepática fulminante mesmo em doses menores do que 20 comprimidos. Também não pode tomar aspirina, porque ela aumenta o sangramento gástrico."

Para Anthony Wong, a pesquisa vem numa boa hora. "É importante e muito bem-vindo o alerta, porque os americanos e principalmente os brasileiros tomam remédios como se fossem 'M&Ms'. Não pode." Ele contou que nos Estados Unidos, além da morte causada por falência hepática, o paracetamol é a principal causa de morte por intoxicação de todos os remédios que existem no país."

"Então por quer ainda está no mercado?", perguntou a jornalista. "Nos Estados Unidos tem um forte trabalho de marketing em cima do FDA. Já na Europa há muitas restrições. Na Inglaterra, por exemplo, só se pode comprar uma caixa por mês."

Segundo o médico, febre muito alta, jejum prolongado ou vômito prolongado em crianças ou adultos são muito perigosos. "Isso esfolia a pessoa de radicais que são necessários para neutralizar o paracetamol."

O efeito no fígado
Segundo o médico, o efeito do paracetamol no fígado é tardio. "Depois de 12 horas a pessoa começa a sentir náuseas. Depois de 24 horas começa a ter dor de cabeça muito forte por causa da lesão do fígado. E aí não adianta dar nada, porque o antídoto só funciona, na melhor das hipóteses, antes de 24 horas. Depois disso é muito tarde."

Ele contou que há 3 anos saiu na Pediatrics um estudo alertando para esse efeito, dizendo que uma criança que tomou paracetamol e está vomitando poderia estar com overdose de paracetamol. "E tanto é verdade que muitos centros já aplicam um antídoto quando uma criança que tomou paracetamol é atendida e a mãe não sabe dizer qual foi a dose. Depois fazem a dosagem. Se for baixa, suspendem o antídoto."

O paracetamol e a febre
Anthony Wong lembrou que vários antigripais contêm paracetamol. Lillian pediu para o médico citar alguns nomes-fantasia para que as pessoas pudessem saber de que remédio estão falando. Citou como alguns exemplos Tylenol, Naldecon, Cheracap, Cedrin e Dimetap. "Quase todos os antigripais têm paracetamol e muito facilmente causam overdose."

O especialista explicou que não se deve nunca começar um tratamento de gripe com aspirina. "Motivo: existe uma doença chamada Síndrome de Reye, que causa a destruição fulminante do fígado se a pessoa tomar aspirina e tiver propensão genética de destruição maciça no fígado." Ele contou que essa advertência sobre o uso da aspirina foi feita no fim da década de 70, começo da década de 80.

"Quando saiu essa advertência, a incidência de Reye nos Estados Unidos era mais ou menos de mil casos por ano. Praticamente 95% das pessoas morriam. No Brasil não era muito menor. Depois da advertência, o número de casos caiu para 25 ao ano. Isso demonstra que existe uma associação causal com uso da aspirina."

Alternativas
O médico deu algumas alternativas ao paracetamol. "Tenho uma certa preferência pela dipirona (novalgina), mas o ibuprofeno (advil para adulto e alivium para criança), que está entrando agora no mercado, é bastante seguro." Wong lembrou que nem a aspirina nem o paracetamol podem ser ingeridos em casos de dengue. O primeiro porque causa sangramento e o segundo porque ataca o fígado.

Sobre reação anafilática, Wong explicou que independe do medicamento. "Pode acontecer com qualquer remédio, desde dipirona, pinicilina (o mais comum de causar alergia), ácido acetilsalicílico, até picada de abelha. A dica é: evite ao máximo tomar remédio. Se precisar, tome com cautela, com cuidado, mesmo que seja a 1/10 de vez que estiver tomando aquele remédio."

O paracetamol e a estatina
A jornalista Lillian Witte Fibe perguntou a ele se é perigoso misturar o paracetamol com a estatina, que é usada para o controle do colesterol. "Ainda não foi demonstrada uma associação entre os dois. Parece que atuam em lugares diferentes dentro da célula hepática. Sabemos que alguns antibióticos, como a rifampicina, usada para tuberculose, e também alguns antibióticos da linha do cipro podem se associar ao paracetamol e provocar uma lesão de fígado."

http://www.homeopatiaunicamp.med.br/biblioteca/virtual/basesdahomeopatia.pdf

SETE PASSOS PARA O CONTROLE DO EGO

1. Pare de se sentir ofendido.
O comportamento de outras pessoas não é motivo para se sentir imobilizado.
Existe a ofensa apenas quando você se enfraquece.
Se procurar por situações que o aborreça, as encontrará em cada esquina.
É o ego no controle convencendo você que o mundo não deveria ser do jeito que é.
Mas é possível tornar-se um observador da vida e alinhar-se com o Espírito da Criação universal.
Não se alcança o poder da intenção sentindo-se ofendido.
Procure erradicar, de todas as formas possíveis, os horrores do mundo que emanam da identificação maciça do ego, e esteja em paz.
A paz está em Deus e você que é parte Dele só retorna ao lar em Sua paz.
O Ser está em Deus e você que é parte Dele só retorna ao lar em Sua paz.
Ficar ofendido cria o mesmo tipo de energia destrutiva que a princípio o feriu, e leva a agressão, ao contra-ataque e a guerra.



2. Abandone o querer vencer.
O ego adora nos dividir entre ganhadores e perdedores.
A busca pela vitória é a forma infalível de evitar o contato consciente com a intenção.
Por quê? Porque basicamente é impossível vencer sempre.
Algumas pessoas serão mais rápidas, mais sortudas, mais jovens, mais fortes e mais espertas que você e acabará se sentindo insignificante e sem valor diante delas.
Você não se resume as suas conquistas e vitórias.
Uma coisa é gostar de competir e se divertir num mundo onde vencer é tudo, mas não precisa ser assim em seus pensamentos.
Não há perdedores num mundo onde todos compartilham da mesma fonte de energia.
Só se pode afirmar que, em determinado dia, sua atuação esteve num certo nível comparada a outras.
Mas cada dia é diferente, com outros competidores e novas situações a serem consideradas.
Você continua sendo a infinita presença num corpo que está a cada dia ou a cada década, mais velho.



3. Abandone o querer estar certo.
O ego é a raiz de muitos conflitos e desavenças porque o impulsiona julgar as pessoas como erradas.
Quando a pessoa é hostil, houve uma desconexão com o poder da intenção.
O Espírito de Criação é generoso, amoroso e receptivo; e livre de raiva, ressentimento ou amargura.
Cessar a necessidade de ter razão nas discussões e nos relacionamentos é como dizer ao ego:
"Não sou seu escravo. Quero me tornar generoso. Quero rejeitar a necessidade de ter razão. Dê a oportunidade de se sentir bem dizendo a outra pessoa que ela está certa, e agradeça-a por lhe direcionar ao caminho da verdade".
Ao deixar de querer ter razão, você fortalece a conexão com o poder da intenção.
Mas fique atento, pois o ego é um combatente determinado.
Tenho visto pessoas terminarem lindos relacionamentos por apego a necessidade de estarem certas.
Preste atenção à vontade controlada pelo ego.
Quando estiver no meio de uma discussão, pergunte a si mesmo; "Quero estar certo ou ser feliz?"
Ao optar por ser feliz, amoroso e predisposto espiritualmente, a conexão com a intenção se fortalecerá.
Esses momentos expandem novas conexões com o poder da intenção.
A Fonte universal começará a colaborar com você para uma vida criativa ao qual foi predestinado a viver.



4. Abandone o querer ser superior.
A verdadeira nobreza não é uma questão de ser melhor que os outros.
É uma questão de ser melhor ao que você era.
Concentre-se em seu crescimento, consciente de que ninguém neste planeta é melhor que ninguém.
Todos nós emanamos da mesma força de vida criadora.
Todos temos a missão de realizar nossa pretendida essência, tudo que precisamos para cumprir nosso destino está ao nosso alcance.
Mas nada é possível quando nos sentimos superiores aos outros.
É um velho ditado e, todavia, verdadeiro: somos todos iguais aos olhos de Deus.
Abandone a necessidade de sentir-se superior, perceba a expansão de Deus em cada um.
Não julgue as pessoas pelas aparências, conquistas, posses e outros índices do ego.
Ao projetar sentimentos de superioridade retorna a você sentimentos de ressentimentos e até hostilidade.
Esses sentimentos são veículos que os levam para longe da intenção.
A distinção sempre leva a comparações.
Baseia-se na falta vista no outro, e se mantém pela procura e ostentação das falhas percebidas.



5. Deixe de querer ter mais.
O mantra do ego é "mais".
Ele nunca está satisfeito.
Não importa o quanto conquistou ou conseguiu, o ego insiste que ainda não é o suficiente.
Ele põe você num estado perpétuo de busca e elimina a possibilidade de chegada.
Na realidade, você já está lá e a forma que opta para usar esse momento presente da vida é uma escolha.
Ao cessar essa necessidade por mais, as coisas que mais deseja começam a chegar até você.
Sem o apego da posse, fica mais fácil compartilhar com os outros.
Você percebe o pouco que precisa para estar satisfeito e em paz.
A Fonte universal é feliz nela mesma, expande-se e cria vida nova constantemente.
Nunca obstrui suas criações por razões egoístas.
Cria e deixa ir.
Ao cessar a necessidade do ego de ter mais, você se unifica com a Fonte.
Como um apreciador de tudo que aparece, aprende a lição poderosa de São Francisco de Assis:
"É dando que se recebe".
Ao permitir que a abundância lhe banhe, você se alinha com a Fonte e deixa essa energia fluir.



6. Abandone a idéia de você baseado em seus feitos.
É um conceito difícil quando se acredita que a pessoa é o que ela realiza.
Deus compõe todas as músicas.
Deus constrói todos os prédios.
Deus é a fonte de todas as realizações.
Posso ouvir os egos protestando em alto e bom som.
Mas, vá se afinizando com essa idéia.
Tudo emana da Fonte!
Você e a Fonte são um só! Você não é esse corpo ou os seus feitos.
Você é um observador.
Veja tudo ao seu redor e seja grato pelas habilidades acumuladas.
Todo crédito pertence ao poder da intenção, o qual lhe fez existir e do qual você é uma parte materializada.
Quanto menos atribuir a si mesmo suas realizações, mais conectado estará com as sete faces da intenção, mais livre será para realizar e muito aparecerá em seu caminho.
Quando nos apegamos às realizações e acreditamos que as conseguimos sozinhos abandonamos a paz e a gratidão à Fonte.

7. Deixe sua reputação de lado.
Sua reputação não está localizada em você.
Ela reside na mente dos outros.
Você não tem controle algum sobre isso.
Ao falar para 30 pessoas, terá 30 imagens.
Conectar-se com a intenção significa ouvir o coração e direcionar sua vida baseado no que a voz interior lhe diz.
Esse é o seu propósito aqui.
Ao preocupar-se demasiadamente em como está sendo visto pelos outros, mostra que seu Ser está desconectado com a intenção e está sendo guiando pelas opiniões alheias.
É o seu ego no controle.
É uma ilusão que se levanta entre você e o poder da intenção.
Não há nada a fazer, a não ser que você se desconecte da fonte de poder convencido de que seu propósito é provar o quão poderoso e superior é, desperdiçando sua energia na tentativa de obter uma reputação maior entre outros egos.
Faça o que fizer, guie-se sempre pela voz interior conectada e seja grato à Fonte.
Atenha-se ao propósito, desapegue-se dos resultados e assuma a responsabilidade do que reside dentro de você: seu caráter.
Deixe os outros discutirem sobre a sua reputação, isso não interessa.

quinta-feira, 10 de março de 2011

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Obesidade Mental - Andrew Oitke

Por João César das Neves - 26 de Fev 2010
O prof. Andrew Oitke publicou o seu polémico livro «Mental Obesity», que revolucionou os campos da educação, jornalismo e relações sociais em geral. Nessa obra, o catedrático de Antropologia em Harvard introduziu o conceito em epígrafe para descrever o que considerava o pior problema da sociedade moderna.
«Há apenas algumas décadas, a Humanidade tomou consciência dos perigos do excesso de gordura física por uma alimentação desregrada. Está na altura de se notar que os nossos abusos no campo da informação e conhecimento estão a criar problemas tão ou mais sérios que esses.»
Segundo o autor, «a nossa sociedade está mais atafulhada de preconceitos que de proteínas, mais intoxicada de lugares-comuns que de hidratos de carbono.
As pessoas viciaram-se em estereótipos, juízos apressados, pensamentos tacanhos, condenações precipitadas . Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada .
Os cozinheiros desta magna "fast food" intelectual são os jornalistas e comentadores, os editores da informação e filósofos, os romancistas e realizadores de cinema. Os telejornais e telenovelas são os hamburgers do espírito, as revistas e romances são os donuts da imaginação.» O problema central está na família e na escola. «Qualquer pai responsável sabe que os seus filhos ficarão doentes se comerem apenas doces e chocolate.
Não se entende, então, como é que tantos educadores aceitam que a dieta mental das crianças seja composta por desenhos animados, videojogos e telenovelas.
Com uma «alimentação intelectual» tão carregada de adrenalina, romance, violência e emoção, é normal que esses jovens nunca consigam depois uma vida saudável e equilibrada.» Um dos capítulos mais polêmicos e contundentes da obra, intitulado "Os Abutres", afirma: «O jornalista alimenta-se hoje quase exclusivamente de cadáveres de reputações, de detritos de escândalos, de restos mortais das realizações humanas.
A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular.»
O texto descreve como os repórteres se desinteressam da realidade fervilhante, para se centrarem apenas no lado polémico e chocante e sensacionalista. «Só a parte morta e apodrecida da realidade é que chega aos jornais.» Outros casos referidos criaram uma celeuma que perdura.
«O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades.
Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy.
Todos dizem que a Capela Sistina tem teto, mas ninguém suspeita para que é que ela serve.
Todos acham que Saddam é mau e Mandela é bom, mas nem desconfiam porquê.
Todos conhecem que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um cateto».
As conclusões do tratado, já clássico, são arrasadoras.
«Não admira que, no meio da prosperidade e abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam em decadência.
A família é contestada, a tradição esquecida, a religião abandonada, a cultura banalizou-se, o folclore entrou em queda, a arte é fútil, paradoxal ou doentia.
Floresce a pornografia, o cabotinismo, a imitação, a sensaboria, e com isso a falta de senso social, o egoísmo e a agressividade.
Não se trata de uma decadência, uma «idade das trevas» ou o fim da civilização, como tantos apregoam. É só uma questão de obesidade. O homem moderno está adiposo no raciocínio, gostos e sentimentos. O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos.
Precisa sobretudo de dieta mental.»

terça-feira, 1 de março de 2011

Acupuntura Vegetal

Abacates, caquis, videiras, café, rosas, entre outros, já se

beneficiam dessa técnica simples e eficiente.



Mesmo sem saber, alguns agricultores ou sitiantes se beneficiam dos princípios da acupuntura. Como quando, por costume e tradição, dão algumas machadadas nos troncos das frutíferas mais velhas e improdutivas, sendo que depois de algum tempo nota-se um aumento de produção de seus frutos. Quando isso acontece se está, sem nenhuma técnica, restabelecendo o equilíbrio energético da planta. Assim quando se pensa em aumentar a produção, crescimento ou frutificação dos vegetais, qualquer recurso é válido. Ainda mais quando é pensado corretamente, sem prejuízos posteriores às plantas ou às pessoas que vão consumir os produtos. A acupuntura vegetal é um desses recursos. Desenvolvida como uma técnica simples ela pode aumentar a produção de flores de uma roseira e primaveras, e acelerar o crescimento de algumas árvores como o eucalipto e o pinheiro. Pode ainda aumentar até mais de 100% a produção de frutos de abacateiros, mangueiras, pessegueiros...

Pode-se então, dentro dos princípios da acupuntura, utilizar agulhas, alfinetes ou pregos, para, com uma técnica mais apurada, melhorar as plantas cultivadas. A escolha dos objetos perfurantes é feita em proporção aos troncos da planta.



Para aumentar a floração e a frutificação deve-se atuar sobre a energia Yin, que flui nas partes internas da planta. A aplicação das agulhas ou pregos deve ser feita no ângulo superior interno da planta. A aplicação das agulhas nesse caso tem mostrado bons resultados com abacates, goiabas, pêssegos, caquis, videiras, figueiras, cítricos e café. Além de rosa e primaveras.

Para o aumento de crescimento deve-se trabalhar com a energia Yang, que flui nas partes externas da planta. A aplicação deve ser feita nos ângulos inferiores externos. Tem mostrado resultado com eucaliptos e pinheiros, além de outras árvores.

Não há exigência específica quanto aos objetos perfurantes. Apenas que sejam limpos, livres de tratamentos ou componentes químicos como inseticidas, e quando forem colocados o sejam de forma definitiva, sem alterações durante o período que ali permanecerem.

A aplicação para floração e frutificação deve ser feita um a dois meses antes da floração das plantas e agindo até o final do período. A aplicação de crescimento pode ser feita em qualquer época, desde que não coincida com a aplicação para florada e frutificação. Esse detalhe deve ser observado severamente.

Os resultados sempre são melhores quando da primeira aplicação das agulhas. Nos anos seguintes diminuem um pouco os resultados, mas ainda podem ser percebidos.



Nome popular Floração Objeto e aplicação Retirada do objeto Função



Abacateiro Setembro Pregos grossos/Julho Início outubro Frutificação

Azaléia Abril/Setembro Alfinetes/Fevereiro Início novembro Floração

Cafezeiro Setembro Pregos pequenos/Julho Início outubro Frutificação

Eucalipto Depende da espécie Pregos/Qualquer época Qualquer época Crescimento

Goiabeira Setembro/outubro Pregos/Julho Início novembro Frutificação

Jaboticabeira Julho a setembro Pregos/Maio Início outubro Frutificação

Laranjeira Setembro a outubro Pregos pequenos/Julho Início novembro Frutificação

Mangueira Maio a setembro Pregos grossos/Março Início outubro Frutificação

Pessegueiro Junho a agosto Pregos grossos/Abril Fim setembro Frutificação

Pinheiro Depende da espécie Pregos/Qualquer época Qualquer época Crescimento

Quaresmeira Jan./março e jun./set. Pregos/Novembro e abril Início abril e nov. Floração

Primavera Novembro a setembro Alfinetes/Fim de setembro Início novembro Floração

Roseira Ano todo Alfinetes/Qualquer época Qualquer época Floração .

Acupuntura Vegetal

Abacates, caquis, videiras, café, rosas, entre outros, já se

beneficiam dessa técnica simples e eficiente.



Mesmo sem saber, alguns agricultores ou sitiantes se beneficiam dos princípios da acupuntura. Como quando, por costume e tradição, dão algumas machadadas nos troncos das frutíferas mais velhas e improdutivas, sendo que depois de algum tempo nota-se um aumento de produção de seus frutos. Quando isso acontece se está, sem nenhuma técnica, restabelecendo o equilíbrio energético da planta. Assim quando se pensa em aumentar a produção, crescimento ou frutificação dos vegetais, qualquer recurso é válido. Ainda mais quando é pensado corretamente, sem prejuízos posteriores às plantas ou às pessoas que vão consumir os produtos. A acupuntura vegetal é um desses recursos. Desenvolvida como uma técnica simples ela pode aumentar a produção de flores de uma roseira e primaveras, e acelerar o crescimento de algumas árvores como o eucalipto e o pinheiro. Pode ainda aumentar até mais de 100% a produção de frutos de abacateiros, mangueiras, pessegueiros...

Pode-se então, dentro dos princípios da acupuntura, utilizar agulhas, alfinetes ou pregos, para, com uma técnica mais apurada, melhorar as plantas cultivadas. A escolha dos objetos perfurantes é feita em proporção aos troncos da planta.



Para aumentar a floração e a frutificação deve-se atuar sobre a energia Yin, que flui nas partes internas da planta. A aplicação das agulhas ou pregos deve ser feita no ângulo superior interno da planta. A aplicação das agulhas nesse caso tem mostrado bons resultados com abacates, goiabas, pêssegos, caquis, videiras, figueiras, cítricos e café. Além de rosa e primaveras.

Para o aumento de crescimento deve-se trabalhar com a energia Yang, que flui nas partes externas da planta. A aplicação deve ser feita nos ângulos inferiores externos. Tem mostrado resultado com eucaliptos e pinheiros, além de outras árvores.

Não há exigência específica quanto aos objetos perfurantes. Apenas que sejam limpos, livres de tratamentos ou componentes químicos como inseticidas, e quando forem colocados o sejam de forma definitiva, sem alterações durante o período que ali permanecerem.

A aplicação para floração e frutificação deve ser feita um a dois meses antes da floração das plantas e agindo até o final do período. A aplicação de crescimento pode ser feita em qualquer época, desde que não coincida com a aplicação para florada e frutificação. Esse detalhe deve ser observado severamente.

Os resultados sempre são melhores quando da primeira aplicação das agulhas. Nos anos seguintes diminuem um pouco os resultados, mas ainda podem ser percebidos.



Nome popular Floração Objeto e aplicação Retirada do objeto Função



Abacateiro Setembro Pregos grossos/Julho Início outubro Frutificação

Azaléia Abril/Setembro Alfinetes/Fevereiro Início novembro Floração

Cafezeiro Setembro Pregos pequenos/Julho Início outubro Frutificação

Eucalipto Depende da espécie Pregos/Qualquer época Qualquer época Crescimento

Goiabeira Setembro/outubro Pregos/Julho Início novembro Frutificação

Jaboticabeira Julho a setembro Pregos/Maio Início outubro Frutificação

Laranjeira Setembro a outubro Pregos pequenos/Julho Início novembro Frutificação

Mangueira Maio a setembro Pregos grossos/Março Início outubro Frutificação

Pessegueiro Junho a agosto Pregos grossos/Abril Fim setembro Frutificação

Pinheiro Depende da espécie Pregos/Qualquer época Qualquer época Crescimento

Quaresmeira Jan./março e jun./set. Pregos/Novembro e abril Início abril e nov. Floração

Primavera Novembro a setembro Alfinetes/Fim de setembro Início novembro Floração

Roseira Ano todo Alfinetes/Qualquer época Qualquer época Floração .

Dietas ricas em proteínas promovem perda óssea?

Mitos & Verdades Sobre Osteoporose
Dietas ricas em proteínas promovem perda óssea?

Por Sally Fallon e Mary Enig
Trad.: José Carlos Peixoto



É estimado que entre 15 a 20 milhões de americanos sofram de osteoporose – um enfraquecimento dos ossos que pode levar a um risco aumentado de fraturas, dores nas costas e limitação, freqüentemente produzindo prolongado sofrimento. Uma teoria propôs explicar sua prevalência nos EUA por conta de uma dieta rica em proteínas, por um consumo excessivo de carne.

A teoria protéica foi primeiramente apresentada em 19681 e perseguida em 1972 com um estudo comparando a densidade óssea entre vegetarianos e consumidores de carne2. Vinte e cinco lacto-ovo vegetarianos britânicos foram combinados em idade e sexo com um número igual de onívoros. A densidade dos ossos, determinada pela leitura radiológica do terceiro dedo do metacarpo, pareceu ser significativamente mais alta nos vegetarianos. Dois anos mais tarde, um estudo em esquimós do Norte do Alaska reportou uma perda óssea, determinada por uma técnica chamada de absortometria com fóton direto (direct photon absorptiometry), que era significativamente maior em esquimós do que em caucasianos, começando em uma idade mais precoce3. Embora os padrões de crescimento e densidades ósseas em crianças fossem semelhantes para ambos os grupos, na idade dos 70, em esquimós eram encontrados densidades ósseas 15% menores a dos brancos, sendo que as mulheres esquimós chegavam a 30% de perda na comparação com as mulheres brancas. Os autores do estudo atribuem o declínio da massa óssea ao estilo de dieta rico em proteína dos esquimós, especialmente seu conteúdo rico em carne. Alguns estudos com animais, assim como também estudos adicionais com humanos, indicam que dietas ricas em proteína também teriam uma perda maior de cálcio e ossos mais fracos do que referências de controle com dietas com menos proteína.

Mas as pesquisas pioneiras do Dr. Weston Price indicam que nós não deveríamos aceitar a teoria da proteína sem pesquisa adicional. O Dr. Price encontrou muitos grupos ao redor do mundo que subsiste com dietas ricas em carne. Embora ele não estudasse diretamente a densidade óssea nessas pessoas, ele estudou seus dentes. Ele verificou naqueles grupos com dietas ricas em carne - inclusive esquimós do Alaska - havia uma alta imunidade contra a decadência dentária, que eram robustos e fortes, e virtualmente livre de doença degenerativa. Os grupos que subsistiam principalmente com alimentos de origem vegetal tinham dentição menos robusta e com mais decadência de dentes. Os esqueletos pré-colombianos de índios Americanos cujas dietas consistidas largamente de carne não mostravam nenhuma osteoporose, enquanto naqueles índios com dietas largamente vegetarianas indicavam uma incidência alta de osteoporose e outros tipos de degeneração do osso. A implicação das pesquisas do Dr. Price e outros estudos antropológicos é de que as dietas ricas em carne protegem contra osteoporose. Como nós explicamos esta discrepância?

A pesquisa do Dr. Herta Spencer, do Hospital de Administração de Veteranos em Hines Illinois, nos fornece algumas pistas. Ela observou que os estudos com animais e humanos correlacionavam perda de cálcio com dietas ricas em proteína utilizava aminoácidos fracionados e isolados do leite ou ovos4. Seus estudos mostraram que quando a proteína era recebida como carne, os sujeitos do estudo não mostraram qualquer aumento na excreção de cálcio, ou qualquer mudança significativa no cálcio sangüíneo, mesmo após longos periodos5. Outros investigadores verificaram que um consumo rico em proteína aumentou a absorção de cálcio quando cálcio dietético era adequado ou alto, mas não quando o consumo de cálcio era abaixo de 500 mg por dia6.

Os livros textos de ensino nos informam que o corpo humano necessita de vitamina D para utilização de cálcio, e vitamina A para assimilação de ambos: cálcio e proteína. A proteína ofertada em pó perde esses co-fatores lipossolúveis que o corpo pode utilizar para construir e manter ossos saudáveis.

A vitamina D sintética, por outro lado, pode fazer hipercalcemia, uma perturbação do equilíbrio do cálcio que leva ao excesso de cálcio no sangue e calcificação tecidual7. A vitamina D sintética adicionada ao leite comercial não tem o mesmo efeito benéfico da vitamina D do óleo de fígado de bacalhau para prevenir raquitismo e fortalecer os ossos.

Gorduras, especialmente gorduras de origem animal, também fornecem vitamina K utilizável. Este nutriente é associado à coagulação do sangue - indivíduos que perdem a habilidade de usar vitamina K sofrem de hemofilia e risco de hemorragia descontrolada quando feridos. Mas a vitamina K também desempenha um papel importante no metabolismo de osso. A vitamina K está mais disponível em gorduras lácteas do que nos óleos de origem vegetal. Os estudos indicam que a vitamina K é mais completamente absorvida dos legumes consumidos com manteiga que com legumes comidos puros8. A vitamina K também é produzida pela flora intestinal. O uso de antibióticos pode inibir a produção de vitamina K, levando à perda óssea. O consumo de alimentos lacto-fermentadas como iogurte e o tradicional sauerkraut (chucrute) promovem o crescimento de uma flora benéfica no intestino, e conseqüentemente contribui para ossos saudáveis.

A vitamina E, lipossolúvel, também desempenha um papel em promover saúde óssea, protegendo o mecanismo de depósito do cálcio da quebra de radicais livres. Em um estudo recente, investigadores da Universidade de Purdue verificaram que os níveis altos de radicais livres originados do ômega-6 (ácido linoléico) (encontrado principalmente nos óleos de milho, soja e girassol) interferem com a formação do osso, mas a vitamina E deu a proteção necessária em uma dieta rica em poliinsaturadas9. Adicionalmente, foi verificado que os níveis altos de gordura saturada também deram proteção. Isso é correto, as amplamente difamadas gorduras saturadas, encontradas em gorduras tropicais, manteiga e outras gorduras animais, desempenhem um papel importante na modelagem de osso. Isto pode ser um aspecto importante para grupos de populações em áreas tropicais, onde o coco e a gordura de palma participam como componentes importantes da dieta tenham muito pouca osteoporose.

A perda óssea em mulheres coincide com a diminuição de estrogênio e progesterona no início da menopausa. Mas evidências arqueológicas indicam que a menopausa não necessariamente promove osteoporose. Os esqueletos humanos de mulheres Huguenot com idades entre quinze e oitenta e nove anos recentemente exumado em Londres mostraram pequena diferença na densidade dos ossos entre as mulheres pré-menopausa e as pós-menopausa10. Uma vez mais, o papel de gorduras animais na dieta pode explicar esta contradição. A vitamina A das gorduras animais é absolutamente essencial para a saúde inteira do sistema glandular, e conseqüentemente a produção regular contínua de hormônios pelo longo da vida. A reposição hormonal freqüentemente recomendado para a prevenção de osteoporose não é um substituto ideal para os hormônios naturais produzido em organismos corretamente nutridos. O estrogênio também é sintetizado no tecido adiposo (gordura)11. Talvez seja por isso que as mulheres naturalmente ganham algum peso extra na menopausa. A gordura corporal adicional faz o suprimento extra de estrogênio e as protege de uma perda óssea. Manter uma silhueta esbelta na meia idade, por perda de peso ou lipoaspiração, não confere necessariamente benefícios para a saúde. As mulheres muito magras têm muito mais risco em perder osso do que aquelas que se permitem apreciar comida boa, saudável e se torna agradavelmente rechonchudas12. Muitas mulheres fumam cigarros para reduzir seu peso, um hábito que reduz a concentração de estrogênio na corrente sangüínea e inibe seus efeitos13.

Apenas dieta rica, saudável e variada pode fornecer os diversos nutrientes necessários para o processo complexo que mantém a integridade de nossos ossos. Produtos lácteos, legumes, nozes, carne e tradicionais caldos de osso fornecem cálcio. A pesquisa do Dr. Spencer indica que a necessidade de mulheres em pós- menopausa é de mais ou menos 1200 mg de cálcio por dia - mais 400 do que a dose diária recomendada de 800 mg14. Um quarto de galão (aprox.: 1,1012 litros) de leite integral, ou seis onças (aprox.: 170gramas) de queijo natural integral fornecem um ótimo de 1200 mg de cálcio. Os indivíduos com uma baixa tolerância em produtos lácteos devem tomar cuidado extra para obter suficiente cálcio dietético. Peixe, galinha ou caldo de carne de boi, preparados com um pouco de vinagre para puxar o cálcio dos ossos, são fontes excelentes, e forneceram cálcio de facilmente assimilação para povos pré-industrializados ao redor do globo. Legumes verdes folhosos, grãos, nozes e sementes também são boas fontes se corretamente preparadas. Os legumes e grãos deviam ser consumidos com gorduras animais como manteiga ou ovos; e as nozes, legumes e grãos deviam ser embebidos, germinados ou fermentados para neutralizar o ácido fítico, uma substância que pode bloquear a absorção de cálcio15.

As cinzas ácidas da carne são dadas como causa pela qual as dietas com carne levam à perda óssea. Mas as carnes também fornecem fósforo, que se contrapõe a essa acidez. O fósforo é necessário para o componente fosfato da matriz óssea. As carnes também são fontes excelentes de vitamina B12, que participam segundo pesquisas recentes, mas cujo papel é discretamente compreendido na manutenção da integridade óssea16.

Alimentos vegetais como frutas, especialmente maçãs, nozes e grãos fornecem boro, necessário para a conversão da vitamina D para sua forma ativa, e para a formação de estrogênio. O iodo encontrado no sal marinho natural, frutos do mar e na manteiga ajudam a manter os ovários e a glândula tiróide saudável, ambos os quais exercem um papel para manter a integridade do osso. O magnésio, encontrado em alimentos integrais, também contribui para a saúde dos ossos como faz o fluoreto natural, presente na água bruta como fluoreto de cálcio. O cromo pode também contribuir para a saúde do osso normalizando a atividade da insulina. O diabetes tipo I são propensos para a osteoporose. O picolinato de cromo foi reconhecido como redutor da quantia de cálcio excretado na urina assim sendo um protetor contra a perda óssea17. Carboidratos refinados como o açúcar e a farinha branca podem conduzir à deficiência de cromo.

Porém o fluoreto de sódio adicionado à água potável é uma das várias substâncias que é prejudicial para nossos ossos. Causa um aumento aparente na massa do osso, mas a estrutura desse osso é anormal e fraca18 - estudos recentes indicam que as fraturas de quadril são mais comuns em áreas onde a água é fluoretada19.

Um dentista recentemente distinguido, Dr. Melvin Page, demonstrou que o consumo de açúcar desequilibra a homeostase (equilíbrio) do cálcio e do fósforo no sangue. Normalmente, esses minerais existem em uma relação precisa de dez por quatro (rel. Ca/Ph = 10/4). O consumo de açúcar provoca uma redução do fósforo e um aumento do cálcio no soro20. O cálcio no soro em excesso, que se origina dos ossos e dentes, não pode ser completamente utilizado porque os níveis de fósforo são muito baixos. É excretado na urina ou armazenado em depósitos anormais como pedras do rim e da vesícula. A cafeína também perturba o equilíbrio natural de cálcio e fósforo, e promove aumento da excreção do cálcio pela urina. O ácido fosfórico dos refrigerantes é uma causa importante de deficiência de cálcio em crianças e osteoporose nos adultos21. O alumínio de antiácidos, latas e da poluição, também contribui para a perda óssea22.

A osteoporose está freqüentemente associada com consumo excessivo de álcool23. Isto é uma provável explicação para a perda óssea dos esquimós, que são altamente propensos para o alcoolismo. O fato de que os esquimós comem carne compulsoriamente pode também explicar sua suscetibilidade para ambos: o alcoolismo e a perda de osso. Grupos isolados como povos Esquimós e Irlandeses da costa marinha, cuja dieta tradicional teria sido rica em óleos marinhos, podem ter a falta de enzimas necessária para produzir ácidos graxos de cadeia muita longa, não saturados para a produção de prostaglandinas24. Pessoas com herança ártica ou da costa marinha eram sábias em suplementar sua dieta com óleo de fígado de bacalhau, uma fonte rica de ácidos graxos de cadeia muito longa necessárias para virtualmente qualquer processo metabólico.

Mesmo pequenas mudanças na dieta nativa de populações que se alimentam de carne os tornam vulneráveis para doenças degenerativas como a osteoporose e alcoolismo. Um artigo recente com Inuits canadenses indica que alimentos comerciais como geléias, pão branco e manteiga de amendoim substituíram um percentual de carne na sua dieta, mesmo quando eles continuam a manter um estilo de vida tradicional25.

O estudo de 1972 que comparou vegetarianos britânicos e onívoros pede um comentário adicional. As determinações de densidade de osso por absorptiometria ou Raios-X são altamente sujeitas a erros26, especialmente em estudos abertos (“unblinded”) quando os pesquisadores podem ser parciais para obter os resultados predeterminados. Os sujeitos foram sumariamente combinados em idade, altura e sexo, mas não quanto à composição corporal e a hábitos dietéticos como cigarro, açúcar, café e consumo de álcool. Um grupo de onívoros que fuma, e bebe favorece a uma dieta pobre em cálcio rica em carboidratos refinados naturalmente terá uma propensão maior para a perda óssea em relação a um grupo com mais consciência de cuidados com a saúde como os lacto-ovo-vegetarianos que consomem bastante produtos lácteos. (Os vegetarianos britânicos, de fato, tendem a ter muito mais consciência de saúde, não apenas evitando carne, mas também álcool, cigarros, café e refrigerantes. Diversamente de vegetarianos americanos, eles entendem a importância de produtos de granja integrais ricos em cálcio na dieta e comem abundantemente leite, queijo, manteiga e ovos.) Quando pesquisadores comparam os efeitos de dietas ricas em carne com dietas normais na mesma pessoa, nenhum efeito adverso é encontrado, mesmo após longos períodos de tempo27.

As pessoas que entendem ser melhor ter uma alimentação rica em carne não precisam, então, ter maior preocupação com a osteoporose, desde que em sua dieta se inclua gorduras animais complementares, com bastante cálcio e uma variedade de outros alimentos integrais preparados corretamente.



Referências:

1. A Wachman and D S Bernstein, "Diet and osteoporosis" Lancet 1968 1:958

2. Frey R Ellis, et al, "Incidence of osteoporosis in vegetarians and omnivores" American Journal of Clinical Nutrition, June 1972, 25:555-558

3. Richard B Mazess and Warren Mather, "Bone mineral content of North Alaskan Eskimos" American Journal of Clinical Nutrition, September 1974 2:916-925

4. Herta Spencer and Lois Kramer, "Factors contributing to osteoporosis", Journal of Nutrition, 1986 116:316-319

5. Herta Spencer and Lois Kramer, "Further studies of the effect of a high protein diet as meat on calcium metabolism", American Journal of Clinical Nutrition, June 1983 37 (6):924-929

6. HM Linkswiler, et al, "Calcium retention of young adult males as affected by level or protein and of caclcium intake", Trans. N. Y. Acad. Sci, 1974 36:333

7. Judith A DeCava, The Real Truth About Vitamins and Antioxidants, Brentwood Academic Press, Columbus Georgia, pp 102-113.

8. C Vermeer et al, "Role of vitamin K in bone metabolism", Annual Review of Nutrition 1995 15:1-22

9. BA Watkins et al, "Importance of Vitamin E in Bone Formation and in Chondrocyte Function" Purdue University, W. Lafayette, IN 47907

10. B Lees et al, "Differences in proximal femur bone density over two centuries", Lancet March 1993, 341:673-675

11. M E Nelson, "Hormone and bone mineral status in endurance-trained and sedentary postmenopausal women" Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism May 1988, 66(5):927-933

12. R N Baumgartner et al, "Associations of fat and muscle masses with bone mineral in elderly men and women", American Journal of Clinical Nutrition 1996 63:365

13. National Institute of Health Consensus Conference: "Osteoporosis" Journal of the American Medical Association August 1984 252(6):799-802

14. Herta Spencer and Lois Kramer, "Osteoporosis: Calcium, Fluoride and Aluminum Interactions", Journal of the American College of Nutrition 1985 4:121-128

15. Lindsey H Allen, "Calcium absorption and requirements during the life span", Nutrition News, February 1984 47(1):1-3

16. M E Melton and M L Kochman, "Reversal of severe osteoporosis with vitamin B12 and etidronate therapy in a pateint with pernicious anemia", Metabolism: Clinical & Experimental 1994 43 (4) 468-9

17. McCarthy, Med Hypotheses 1995 45:241-246

18. Yiamouyiannis, John, Fluoride, The Aging Factor, Health Action Press, 1986

19. C Cooper et al, "Water fluoridation and hip fracture", Journal of the American Medical Association, July 1991, 19(32):513-514

20. Melvin E Page, Degeneration, Regeneration 1949. Available from the Price Pottenger Nutrition Foundation, San Diego, CA

21. E Mazariegos-Ramos et al, "Consumption of soft drinks with phosphoric acid as a risk factor for the development of hypocalcemia in children: A case control study", Journal of Pediatrics 1995 126:940-942

22. Herta Spencer and Lois Kramer, "Osteoporosis: Calcium, Fluoride and Aluminum Interactions", Journal of the American College of Nutrition 1985 4:121-128

23. Herta Spencer, et al, "Chronic Alcoholism: Frequently Overlooked Cause of Osteoporosis in Men", The American Journal of Medicine, March 1986 80:393-397

24. D F Horrobin, Reviews in Pure and Applied Pharmacological Sciences Vol 4, 1983 Freund Publishing House 339-383

25. Yvette Cardozo and Bill Hirsch "Northern Exposure: An Inuit Adventure" Relax, January 1996 21-27

26. Alternative Medicine, The Definitive Guide, Future Medicine Publishing, Inc., Puyallup, Washington, p 776

27. Herta Spencer, et al "Do Protein and Phosphorus Cause Calcium Loss?" American Institute of Nutrition, 1988:657-660

Copyright: © 2000 Sally Fallon and Mary G. Enig. All Rights Reserved. First published in Price-Pottenger Nutrition Foundation quarterly journal, (619) 574-7763.



Sobre as autoras:

Sally Fallon Morell é a autora de “Nourishing Traditions: The Cookbook that Challenges Politically Correct Nutrition and the Diet Dictocrats” (com Mary G. Enig, PhD), uma profunda pesquisa, um guia provocante dos alimentos tradicionais com uma linha base: Gorduras animais e colesterol não são vilãos, mas fatores vitais da dieta, necessários para o crescimento normal, funcionamento apropriado do cérebro e do sistema nervoso, proteção contra doenças e ótimos níveis de energia. Ela juntou esforços com Enig mais uma vez para escrever “Eat Fat, Lose Fat”, e escreveu numerosos artigos sobre o tema dieta e saúde. É presidente da Weston A. Price Foundation e fundadora de “A Campaign for Real Milk”, Sally também é uma jornalista, chef, pesquisadora nutricional, artesã, and ativista comunitária. Seus quatro saudáveis filhos cresceram com alimentos integrais incluindo manteiga, nata, ovos e carne.







Mary G. Enig, PhD é uma expert de renome internacional no campo da bioquímica dos lipídios. Ela lidera um grande número de estudos sobre gorduras trans na América e Israel, e foi bem sucedida em desafiar os governos sobre as alegações de que dietas com gordura de origem animal causassem câncer e cardiopatia. A atenção recente da ciência e da mídia para os possíveis efeitos adversos para a saúde das gorduras trans trouxe incremento de atenção ao seu trabalho. Ela é uma nutricionista licenciada certificada pelo Conselho de Especialistas em Nutrição, como uma qualificada expert, consultora de nutrição individual, industrial e para governos estaduais e federal, editora contribuinte para um grande número de publicações científicas, membro do American College of Nutrition e presidente da Associação de Nutricionistas de Maryland. Ela é a autora de cerca de 60 artigos técnicos e apresentações, tanto como uma popular oradora. A drª. Enig está atualmente trabalhando com o desenvolvimento de pesquisa de terapias adjuntas contra a AIDS utilizando ácidos graxos de cadeia média, completamente saturados, a partir de alimentos integrais. Ela é a Vice-Presidente da Weston A. Price Foundation e editora científica de “Wise Traditions” como também é a autora de “Know Your Fats: The Complete Primer for Understanding the Nutrition of Fats, Oils, and Cholesterol”, Bethesda Press, May 2000. Ela é a mãe de três saudáveis crianças crescidas com alimentos integrais como manteiga, nata, ovos e carne.

A terapia

A terapia
A Terapia CranioSacral (TCS) é um método manual, sutil, de avaliação e tratamento global do corpo, que pode ter um impacto positivo sobre vários sistemas corporais. Empregada isoladamente, ou em combinação com outros métodos de tratamento da saúde mais tradicionais, a TCS tem comprovado ser clinicamente eficaz em facilitar a capacidade de cura do corpo, e frequentemente produz resultados extraordinários.