Este blog tem a finalidade de publicar as terapias que realizo, atualizar infos sobre artigos de saúde e dar dicas interessantes aos meus seguidores. www.andreaconeglian.com.br
Wikipedia
Resultados da pesquisa
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
terça-feira, 3 de novembro de 2009
“O Ser Terapeuta”
Nathalie Durel (Psicoterapeuta Transpessoal e Junguiana)
Devido a um crescimento constante das diversas formas de terapias nos últimos anos (sejam elas de forro físico, psicológico, mental ou espiritual) julguei importante ajudar a esclarecer o que é “Ser Terapeuta”. Para isto, iniciarei com um texto retirado da obra “Os Terapeutas” de Fílon de Alexandria, filósofo judeo-helenista (25 a.C. a 50 d.C.), em que ele descreve uma comunidade de terapeutas peculiares, nos arredores de Alexandria, que cuidavam do Ser numa perspectiva de visão holística: corpo, alma e espírito, “não separando o que o próprio Deus uniu”.
«Não é inútil interessarmo-nos pelos Terapeutas de Alexandria, esses homens e essas mulheres do primeiro século da nossa era podem ajudar-nos a clarificar aquilo que “colocamos” por detrás da palavra “terapeuta”.
O que é um terapeuta?
A palavra terapeuta em grego significa, primeiro, tratar, tomar conta.
O Terapeuta não cura, trata. É a natureza que cura, é a Vida que cura. O papel do Terapeuta é criar, ou permitir melhores condições, de modo a que a cura possa acontecer. O Terapeuta não cura, mas cria o espaço, o meio, a atmosfera, as condições favoráveis para que a cura tenha lugar. O Médico, no sentido maior do termo, é a Natureza, e o Terapeuta está presente para colaborar com ela.
O Terapeuta não cura, “toma conta”». (1)
Este texto antigo, porém muito sábio obriga-nos, a meu ver, a refletir sobre o nosso papel como terapeutas. Não só sobre os limites da nossa atuação terapêutica mas também sobre uma questão primordial: Quem sou eu para me julgar capaz de “tomar conta” do outro? (de um ponto de vista moral e humano e não unicamente porque consegui obter vários diplomas)
Esta pergunta leva-nos, então, a considerar “porque” e “como” chegamos a escolher esta profissão e/ou vocação. Muitas respostas podem surgir mas todas estão ligadas, de certa maneira, ao fato de que a um dado momento da nossa vida fomos confrontados com a dor (nossa e/ou dos outros) o que fez com que nos identificássemos com o arquétipo do terapeuta, de um modo consciente ou inconsciente.
Onde há ferida, tem de haver cura, e onde há cura, é porque houve ferida.
Quando a psicologia analítica se refere à imagem primordial ou ao arquétipo do "Curador”, não se refere à existência de uma imagem concreta com presença no tempo e no espaço, mas a uma imagem interior que opera na psique humana. A expressão simbólica deste fenómeno psíquico são as figuras e as imagens dos grandes curadores, santos, profetas, sábios e xamãs, reproduzidos nas criações artísticas e nos mitos da Humanidade.
Mas, cuidar dos outros sem que primeiro tratemos de nós, é perigoso. O fato de nos identificarmos com o arquétipo do curador pode fazer com que nos percamos nele.
Posso dar uma imagem muito simples para explicar a dinâmica entre um terapeuta e o seu paciente. Quando o paciente nos consulta procurando ajuda, encontra-se “cheio” de sofrimentos, queixas, sintomas, ou seja, a sua história pessoal. Metaforicamente, é como se estivesse carregarregando um contentor repleto de coisas de que se irá desfazer no nosso espaço terapêutico. Pela lógica, o terapeuta (para poder receber este conteúdo) precisa de ter o espaço adequado, ou seja, vazio, para o receber. Caso o terapeuta esteja inundado de problemas pessoais (conscientes mas principalmente inconscientes) não resolvidos, ele, tal como o paciente, está com um contentor cheio nos braços. Consequentemente, quando o paciente tenta depositar o seu conteúdo no espaço terapêutico, já não encontra lugar. A pior situação verifica-se quando o terapeuta “descarrega” (de um modo inconsciente) o seu fardo em cima do paciente, que sai da consulta ainda com todo o seu conteúdo, mas também com o do terapeuta. Esta carga pode ser energética, psicológica, mental ou espiritual. (2)
Considero que todo o terapeuta digno desse título, independentemente da sua área de atuação, deve por em prática o que eu chamo “higiene física, mental, emocional e espiritual”. Isto quer dizer que deve regularmente submeter-se a vários tipos de terapias, como por exemplo a psicoterapia, a limpeza energética, a dietética, praticar alguma disciplina de desporto, meditação, a terapia Craniosacral, inclusive rever a sua visão espiritual (além de muitas outras coisas, cada um deve encontrar o que for mais adequado ao seu processo de crescimento interno) para converter-se num “canal” limpo de atuação terapêutica para tratar os seus pacientes. Aliás, podemos verificar que Os Terapeutas de Alexandria consideravam esta prática de terapia pessoal como fazendo parte do seu código ético.
«Portanto, no tempo de Fílon o terapeuta é um tecelão, um cozinheiro; ele cuida do corpo, cuida também das imagens que habitam em sua alma, cuida dos deuses e do logos – palavras que os deuses dirigem à sua alma – é um psicólogo. O terapeuta cuida também da sua ética, isto é, vigia o seu desejo para se ajustar ao fim que fixou para si; este cuidado “ético” pode fazer dele um ser feliz, “são” e simples (não dois, não dividido em si mesmo), isto é, um sábio».(3)
O famoso mito do Centauro Quíron, o curador ferido, ensina-nos que, antes de se cuidar de outra pessoa, é preciso cuidar e tratar de nós mesmos. No final do mito, a cura de Quíron só acontece quando ele aceita ser levado para o mundo do Hades onde morrerá para poder ser transformado. Só depois da sua própria aceitação de que precisa de mudar (ou seja tratar-se), é que Zeus o imortaliza, numa iluminação eterna através de uma constelação. Simbolicamente, representa para o terapeuta a necessidade de aceitar a sua própria transformação para alcançar a individuação, e encontrar então o seu verdadeiro caminho como terapeuta. Ou não.
Bibliografia
(1) (3)Leloup J.Y: “Cuidar do Ser”, Ed.Vozes – BR
(2) Durel N.: “O feminino reencontrado”, Ed. Ariana - PT
Devido a um crescimento constante das diversas formas de terapias nos últimos anos (sejam elas de forro físico, psicológico, mental ou espiritual) julguei importante ajudar a esclarecer o que é “Ser Terapeuta”. Para isto, iniciarei com um texto retirado da obra “Os Terapeutas” de Fílon de Alexandria, filósofo judeo-helenista (25 a.C. a 50 d.C.), em que ele descreve uma comunidade de terapeutas peculiares, nos arredores de Alexandria, que cuidavam do Ser numa perspectiva de visão holística: corpo, alma e espírito, “não separando o que o próprio Deus uniu”.
«Não é inútil interessarmo-nos pelos Terapeutas de Alexandria, esses homens e essas mulheres do primeiro século da nossa era podem ajudar-nos a clarificar aquilo que “colocamos” por detrás da palavra “terapeuta”.
O que é um terapeuta?
A palavra terapeuta em grego significa, primeiro, tratar, tomar conta.
O Terapeuta não cura, trata. É a natureza que cura, é a Vida que cura. O papel do Terapeuta é criar, ou permitir melhores condições, de modo a que a cura possa acontecer. O Terapeuta não cura, mas cria o espaço, o meio, a atmosfera, as condições favoráveis para que a cura tenha lugar. O Médico, no sentido maior do termo, é a Natureza, e o Terapeuta está presente para colaborar com ela.
O Terapeuta não cura, “toma conta”». (1)
Este texto antigo, porém muito sábio obriga-nos, a meu ver, a refletir sobre o nosso papel como terapeutas. Não só sobre os limites da nossa atuação terapêutica mas também sobre uma questão primordial: Quem sou eu para me julgar capaz de “tomar conta” do outro? (de um ponto de vista moral e humano e não unicamente porque consegui obter vários diplomas)
Esta pergunta leva-nos, então, a considerar “porque” e “como” chegamos a escolher esta profissão e/ou vocação. Muitas respostas podem surgir mas todas estão ligadas, de certa maneira, ao fato de que a um dado momento da nossa vida fomos confrontados com a dor (nossa e/ou dos outros) o que fez com que nos identificássemos com o arquétipo do terapeuta, de um modo consciente ou inconsciente.
Onde há ferida, tem de haver cura, e onde há cura, é porque houve ferida.
Quando a psicologia analítica se refere à imagem primordial ou ao arquétipo do "Curador”, não se refere à existência de uma imagem concreta com presença no tempo e no espaço, mas a uma imagem interior que opera na psique humana. A expressão simbólica deste fenómeno psíquico são as figuras e as imagens dos grandes curadores, santos, profetas, sábios e xamãs, reproduzidos nas criações artísticas e nos mitos da Humanidade.
Mas, cuidar dos outros sem que primeiro tratemos de nós, é perigoso. O fato de nos identificarmos com o arquétipo do curador pode fazer com que nos percamos nele.
Posso dar uma imagem muito simples para explicar a dinâmica entre um terapeuta e o seu paciente. Quando o paciente nos consulta procurando ajuda, encontra-se “cheio” de sofrimentos, queixas, sintomas, ou seja, a sua história pessoal. Metaforicamente, é como se estivesse carregarregando um contentor repleto de coisas de que se irá desfazer no nosso espaço terapêutico. Pela lógica, o terapeuta (para poder receber este conteúdo) precisa de ter o espaço adequado, ou seja, vazio, para o receber. Caso o terapeuta esteja inundado de problemas pessoais (conscientes mas principalmente inconscientes) não resolvidos, ele, tal como o paciente, está com um contentor cheio nos braços. Consequentemente, quando o paciente tenta depositar o seu conteúdo no espaço terapêutico, já não encontra lugar. A pior situação verifica-se quando o terapeuta “descarrega” (de um modo inconsciente) o seu fardo em cima do paciente, que sai da consulta ainda com todo o seu conteúdo, mas também com o do terapeuta. Esta carga pode ser energética, psicológica, mental ou espiritual. (2)
Considero que todo o terapeuta digno desse título, independentemente da sua área de atuação, deve por em prática o que eu chamo “higiene física, mental, emocional e espiritual”. Isto quer dizer que deve regularmente submeter-se a vários tipos de terapias, como por exemplo a psicoterapia, a limpeza energética, a dietética, praticar alguma disciplina de desporto, meditação, a terapia Craniosacral, inclusive rever a sua visão espiritual (além de muitas outras coisas, cada um deve encontrar o que for mais adequado ao seu processo de crescimento interno) para converter-se num “canal” limpo de atuação terapêutica para tratar os seus pacientes. Aliás, podemos verificar que Os Terapeutas de Alexandria consideravam esta prática de terapia pessoal como fazendo parte do seu código ético.
«Portanto, no tempo de Fílon o terapeuta é um tecelão, um cozinheiro; ele cuida do corpo, cuida também das imagens que habitam em sua alma, cuida dos deuses e do logos – palavras que os deuses dirigem à sua alma – é um psicólogo. O terapeuta cuida também da sua ética, isto é, vigia o seu desejo para se ajustar ao fim que fixou para si; este cuidado “ético” pode fazer dele um ser feliz, “são” e simples (não dois, não dividido em si mesmo), isto é, um sábio».(3)
O famoso mito do Centauro Quíron, o curador ferido, ensina-nos que, antes de se cuidar de outra pessoa, é preciso cuidar e tratar de nós mesmos. No final do mito, a cura de Quíron só acontece quando ele aceita ser levado para o mundo do Hades onde morrerá para poder ser transformado. Só depois da sua própria aceitação de que precisa de mudar (ou seja tratar-se), é que Zeus o imortaliza, numa iluminação eterna através de uma constelação. Simbolicamente, representa para o terapeuta a necessidade de aceitar a sua própria transformação para alcançar a individuação, e encontrar então o seu verdadeiro caminho como terapeuta. Ou não.
Bibliografia
(1) (3)Leloup J.Y: “Cuidar do Ser”, Ed.Vozes – BR
(2) Durel N.: “O feminino reencontrado”, Ed. Ariana - PT
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
A emoção do toque: um toque pode valer mais do que mil palavras
Transmitindo emoções pelo toque
É lugar-comum dizer-se que uma imagem pode valer mais do que mil palavras. Agora esse ditado pode se tornar mais amplo, e passar a incluir o toque.
Segundo o pesquisador Matthew J. Hertenstein, da Universidade DePauw (EUA), é possível transmitir uma emoção por meio de um toque suave que não precisa durar mais do que cinco segundos.
A pesquisa, feita com estudantes universitários, demonstrou o toque pode ser quase tão eficaz para transmitir uma emoção quanto as expressões faciais.
Emoções positivas e emoções negativas
Durante o experimento, os voluntários deviam tocar outra pessoa tentando transmitir uma dentre oito emoções, sendo quatro negativas (raiva, medo, tristeza e repulsa) e quatro positivas (amor, felicidade, gratidão e compaixão).
Cada participante era livre para escolher o local do toque, que incluiu cabeça, rosto, braços, mãos, ombros, tronco e costas. Enquanto as mulheres escolheram tocar mais o rosto do que os homens, o reconhecimento da emoção transmitida foi semelhante entre os dois sexos.
Tão bom quanto expressões faciais
Dada a configuração do experimento, poder-se-ia atribuir à mera chance estatística, ao acaso, um acerto de 11% das emoções que se tentava transmitir. No momento do toque, a pessoa que era tocada ficava vendada.
Mas esse dado ficou entre 50 e 78%, dependendo da emoção que se tentava transmitir, do sexo de que tocava e de quem era tocado, do lugar onde se tocava e do tipo do toque.
Esses dados são muito semelhantes aos encontrados em experimentos que buscam detectar emoções dos outros por meio da voz ou das expressões faciais.
Segundo o estudo, publicado no exemplar de Agosto do jornal Emotion, além da capacidade de transmitir emoções pelo toque, parece haver uma espécie de codificação, por meio do qual os humanos tocam o outro de forma diferente, dependendo da emoção que estejam sentindo ou tentando transmitir.
É lugar-comum dizer-se que uma imagem pode valer mais do que mil palavras. Agora esse ditado pode se tornar mais amplo, e passar a incluir o toque.
Segundo o pesquisador Matthew J. Hertenstein, da Universidade DePauw (EUA), é possível transmitir uma emoção por meio de um toque suave que não precisa durar mais do que cinco segundos.
A pesquisa, feita com estudantes universitários, demonstrou o toque pode ser quase tão eficaz para transmitir uma emoção quanto as expressões faciais.
Emoções positivas e emoções negativas
Durante o experimento, os voluntários deviam tocar outra pessoa tentando transmitir uma dentre oito emoções, sendo quatro negativas (raiva, medo, tristeza e repulsa) e quatro positivas (amor, felicidade, gratidão e compaixão).
Cada participante era livre para escolher o local do toque, que incluiu cabeça, rosto, braços, mãos, ombros, tronco e costas. Enquanto as mulheres escolheram tocar mais o rosto do que os homens, o reconhecimento da emoção transmitida foi semelhante entre os dois sexos.
Tão bom quanto expressões faciais
Dada a configuração do experimento, poder-se-ia atribuir à mera chance estatística, ao acaso, um acerto de 11% das emoções que se tentava transmitir. No momento do toque, a pessoa que era tocada ficava vendada.
Mas esse dado ficou entre 50 e 78%, dependendo da emoção que se tentava transmitir, do sexo de que tocava e de quem era tocado, do lugar onde se tocava e do tipo do toque.
Esses dados são muito semelhantes aos encontrados em experimentos que buscam detectar emoções dos outros por meio da voz ou das expressões faciais.
Segundo o estudo, publicado no exemplar de Agosto do jornal Emotion, além da capacidade de transmitir emoções pelo toque, parece haver uma espécie de codificação, por meio do qual os humanos tocam o outro de forma diferente, dependendo da emoção que estejam sentindo ou tentando transmitir.
Dinheiro ajuda, mas não compra felicidade
Satisfação com a vida
Estar satisfeito com a vida vai muito além de simplesmente ter dinheiro, o que significa que os planejadores de políticas públicas que visam a redução da pobreza precisam ir além de simplesmente elevar a renda dos cidadãos, cuidando de melhorar sua qualidade de vida também em outros aspectos.
Esta é a conclusão de uma pesquisa feita pelo professor mexicano Mariano Rojasve, da Faculdade Latinoamericana de Ciências Sociais e que acaba de ser publicada na revista científica Applied Research in Quality of Life.
Redução da pobreza com aumento da felicidade
A redução da pobreza é uma das maiores preocupações quando se planejam ações que se transformarão em programas de âmbito nacional ou internacional. Até hoje, o foco desses programas tem sido tirar as pessoas da pobreza aumentando seu poder de compra. Isto se baseia no pressuposto de que uma renda mais elevada se traduz em um maior bem-estar.
O professor Rojas contesta esse pressuposto e argumenta que medidas de satisfação com a vida também devem ser levadas em conta quando se elabora ou se avalia os resultados desses programas.
Além de questões sobre a renda familiar e a independência financeira da família, o pesquisador afirma ser necessário incluir questões subjetivas sobre a qualidade de vida em geral, como a satisfação pessoal em relação à saúde, ao emprego, às relações familiares, aos amigos e até consigo mesmo, bem como avaliações sobre o ambiente comunitário no qual a pessoa está inserida.
Feliz sem dinheiro, infeliz com dinheiro
A maioria das pessoas pesquisadas - a pesquisa foi feita na Costa Rica - avaliou suas vidas como satisfatórias ou como não-satisfatórias. Nem todas as pessoas que eram consideradas pobres por fatores econômicas relataram estar infelizes com a própria vida, e nem todas as pessoas acima da linha de pobreza afirmaram estar felizes com a própria vida.
O professor Rojas observou que apenas 24% das pessoas classificadas como pobres avaliaram a própria vida como lhes dando pouca satisfação. Além disso, 18% das pessoas na categoria "não-pobres" relataram estarem pouco satisfeitas com a própria vida.
Desta forma, torna-se claro que apenas a pobreza não define o bem-estar geral de um indivíduo e é possível que alguns superem a linha da pobreza e se tornem menos satisfeitos com a própria vida.
Por outro lado, uma pessoa pode estar feliz da vida mesmo se sua renda é baixa, na medida que esteja satisfeita em outras áreas da vida, como família, saúde, emprego e consigo própria.
Programa Felicidade da Família
O professor Rojas argumenta que os programas sociais precisam reconhecer que o bem-estar depende da satisfação com muitos domínios da vida, e que muitas qualidades e atributos precisam ser levados em conta na elaboração desses programas, incluindo lazer, educação, a comunidade e a capacidade de se tornar um consumidor responsável, aprendendo a gastar sabiamente a renda ampliada.
"Esta pesquisa mostrou que é possível superar a linha da pobreza com pouco efeito sobre a satisfação com a vida. A renda não é um fim, mas um meio para um fim. Há um grande risco de negligenciar e subestimar a importância dos fatores capazes de incrementar o bem-estar quando se olha unicamente para a renda. É importante se preocupar em como tirar as pessoas da pobreza, mas é mais benéfico preocupar-se ao mesmo tempo com as habilidades adicionais que as pessoas precisam para levar uma vida mais satisfatória," conclui o pesquisador.
Estar satisfeito com a vida vai muito além de simplesmente ter dinheiro, o que significa que os planejadores de políticas públicas que visam a redução da pobreza precisam ir além de simplesmente elevar a renda dos cidadãos, cuidando de melhorar sua qualidade de vida também em outros aspectos.
Esta é a conclusão de uma pesquisa feita pelo professor mexicano Mariano Rojasve, da Faculdade Latinoamericana de Ciências Sociais e que acaba de ser publicada na revista científica Applied Research in Quality of Life.
Redução da pobreza com aumento da felicidade
A redução da pobreza é uma das maiores preocupações quando se planejam ações que se transformarão em programas de âmbito nacional ou internacional. Até hoje, o foco desses programas tem sido tirar as pessoas da pobreza aumentando seu poder de compra. Isto se baseia no pressuposto de que uma renda mais elevada se traduz em um maior bem-estar.
O professor Rojas contesta esse pressuposto e argumenta que medidas de satisfação com a vida também devem ser levadas em conta quando se elabora ou se avalia os resultados desses programas.
Além de questões sobre a renda familiar e a independência financeira da família, o pesquisador afirma ser necessário incluir questões subjetivas sobre a qualidade de vida em geral, como a satisfação pessoal em relação à saúde, ao emprego, às relações familiares, aos amigos e até consigo mesmo, bem como avaliações sobre o ambiente comunitário no qual a pessoa está inserida.
Feliz sem dinheiro, infeliz com dinheiro
A maioria das pessoas pesquisadas - a pesquisa foi feita na Costa Rica - avaliou suas vidas como satisfatórias ou como não-satisfatórias. Nem todas as pessoas que eram consideradas pobres por fatores econômicas relataram estar infelizes com a própria vida, e nem todas as pessoas acima da linha de pobreza afirmaram estar felizes com a própria vida.
O professor Rojas observou que apenas 24% das pessoas classificadas como pobres avaliaram a própria vida como lhes dando pouca satisfação. Além disso, 18% das pessoas na categoria "não-pobres" relataram estarem pouco satisfeitas com a própria vida.
Desta forma, torna-se claro que apenas a pobreza não define o bem-estar geral de um indivíduo e é possível que alguns superem a linha da pobreza e se tornem menos satisfeitos com a própria vida.
Por outro lado, uma pessoa pode estar feliz da vida mesmo se sua renda é baixa, na medida que esteja satisfeita em outras áreas da vida, como família, saúde, emprego e consigo própria.
Programa Felicidade da Família
O professor Rojas argumenta que os programas sociais precisam reconhecer que o bem-estar depende da satisfação com muitos domínios da vida, e que muitas qualidades e atributos precisam ser levados em conta na elaboração desses programas, incluindo lazer, educação, a comunidade e a capacidade de se tornar um consumidor responsável, aprendendo a gastar sabiamente a renda ampliada.
"Esta pesquisa mostrou que é possível superar a linha da pobreza com pouco efeito sobre a satisfação com a vida. A renda não é um fim, mas um meio para um fim. Há um grande risco de negligenciar e subestimar a importância dos fatores capazes de incrementar o bem-estar quando se olha unicamente para a renda. É importante se preocupar em como tirar as pessoas da pobreza, mas é mais benéfico preocupar-se ao mesmo tempo com as habilidades adicionais que as pessoas precisam para levar uma vida mais satisfatória," conclui o pesquisador.
Hábitos modernos prejudicam qualidade de vida dos brasileiros
Hábitos da vida moderna
Os hábitos modernos estão baixando a qualidade de vida do brasileiro, fazendo com que ele se apoie precocemente no sistema de seguridade social.
A conclusão faz parte do estudo Qualidade de Vida: Suas Determinantes e sua Influencia sobre a Seguridade Social, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que analisou os hábitos da vida moderna, suas precárias condições de trabalho, e como esses determinantes influenciam na seguridade social, como o auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez.
Segundo o estudo, o Brasil precisa buscar alternativas tanto de sistema previdenciário como de hábitos cotidianos que permitam uma melhor qualidade de vida do cidadão e um menor gasto da seguridade social, principalmente da Previdência.
Neoplasmas e doenças crônicas
Ao desagregar as causas de mortes e comparar os dados brasileiros com os demais países selecionados, o Ipea observou que os neoplasmas, que abrangem todos os tipos de câncer, e as doenças do sistema cardiovascular e circulatório (angiologia e cardiologia) são os responsáveis pela maior parte das mortes nesses países, em 2003, encabeçado pelas doenças crônicas cardiovasculares
As doenças crônicas como um todo - principalmente as cardiovasculares - foram as grandes responsáveis pelas mortes no início do século 21, no Brasil e nos demais países do Continente Americano e na Europa, também abordados no estudo a título de comparação.
Segundo projeção apresentada no estudo do Ipea, há uma expectativa de que ocorram elevações preocupantes dessas doenças em países como o Brasil e o México, apesar de, nas próximas décadas, haver expectativa de queda em alguns países europeus e na Argentina.
Doenças em 2030
As projeções para 2030 apresentam um quadro diverso. A Espanha tem uma projeção de queda de 0,58%, e o Chile, com projeção de aumento de 0,90%. Para o Ipea, esse cenário é considerado "relativamente constante". Portugal apresenta expectativa de queda, enquanto o Brasil apresenta uma projeção de aumento de mortes causadas por doenças crônicas, passando dos atuais 72,1% para 75,8%.
Por outro lado, ao focalizar a análise no Brasil no período entre 1979 e 2004, o Ipea verificou queda forte (57,12%) na incidência de doenças transmissíveis e aumento na incidência de câncer (66,67%) e doenças do sistema nervoso (40,01%).
Fatores comportamentais
Segundo o Ipea, "a queda na incidência de doenças transmissíveis tende a estar correlacionada ao aumento de saneamento básico, elevadas taxas de vacinação encabeçadas por políticas públicas". Já as doenças do sistema subcutâneo e conjuntivo, do sistema nervoso, do sistema digestivo e as ligadas ao sistema endócrino-metabólico aumentaram pelo menos 40,01% ao longo desses 25 anos.
Essas doenças não transmissíveis fazem parte do grupo de doenças crônicas não transmissíveis. Elas têm aumentado decorrente de diversos fatores, principalmente os de natureza comportamental, como dietas, sedentarismo, dependência química de tabaco, álcool e outras drogas.
Os hábitos modernos estão baixando a qualidade de vida do brasileiro, fazendo com que ele se apoie precocemente no sistema de seguridade social.
A conclusão faz parte do estudo Qualidade de Vida: Suas Determinantes e sua Influencia sobre a Seguridade Social, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que analisou os hábitos da vida moderna, suas precárias condições de trabalho, e como esses determinantes influenciam na seguridade social, como o auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez.
Segundo o estudo, o Brasil precisa buscar alternativas tanto de sistema previdenciário como de hábitos cotidianos que permitam uma melhor qualidade de vida do cidadão e um menor gasto da seguridade social, principalmente da Previdência.
Neoplasmas e doenças crônicas
Ao desagregar as causas de mortes e comparar os dados brasileiros com os demais países selecionados, o Ipea observou que os neoplasmas, que abrangem todos os tipos de câncer, e as doenças do sistema cardiovascular e circulatório (angiologia e cardiologia) são os responsáveis pela maior parte das mortes nesses países, em 2003, encabeçado pelas doenças crônicas cardiovasculares
As doenças crônicas como um todo - principalmente as cardiovasculares - foram as grandes responsáveis pelas mortes no início do século 21, no Brasil e nos demais países do Continente Americano e na Europa, também abordados no estudo a título de comparação.
Segundo projeção apresentada no estudo do Ipea, há uma expectativa de que ocorram elevações preocupantes dessas doenças em países como o Brasil e o México, apesar de, nas próximas décadas, haver expectativa de queda em alguns países europeus e na Argentina.
Doenças em 2030
As projeções para 2030 apresentam um quadro diverso. A Espanha tem uma projeção de queda de 0,58%, e o Chile, com projeção de aumento de 0,90%. Para o Ipea, esse cenário é considerado "relativamente constante". Portugal apresenta expectativa de queda, enquanto o Brasil apresenta uma projeção de aumento de mortes causadas por doenças crônicas, passando dos atuais 72,1% para 75,8%.
Por outro lado, ao focalizar a análise no Brasil no período entre 1979 e 2004, o Ipea verificou queda forte (57,12%) na incidência de doenças transmissíveis e aumento na incidência de câncer (66,67%) e doenças do sistema nervoso (40,01%).
Fatores comportamentais
Segundo o Ipea, "a queda na incidência de doenças transmissíveis tende a estar correlacionada ao aumento de saneamento básico, elevadas taxas de vacinação encabeçadas por políticas públicas". Já as doenças do sistema subcutâneo e conjuntivo, do sistema nervoso, do sistema digestivo e as ligadas ao sistema endócrino-metabólico aumentaram pelo menos 40,01% ao longo desses 25 anos.
Essas doenças não transmissíveis fazem parte do grupo de doenças crônicas não transmissíveis. Elas têm aumentado decorrente de diversos fatores, principalmente os de natureza comportamental, como dietas, sedentarismo, dependência química de tabaco, álcool e outras drogas.
Terapias alternativas suprem carências de uma medicina em crise
Individualismo e contracultura
O individualismo, somado aos efeitos da contracultura, no final dos anos 1960, foi fator preponderante nas bases socioculturais para o incremento das práticas terapêuticas alternativas.
E o desenvolvimento destas também pode ser compreendido como tentativa de solucionar ou diminuir as deficiências na dimensão terapêutica da biomedicina, segundo estudo que os pesquisadores Eduardo Alexander Amaral de Souza e Madel Therezinha Luz publicaram na última edição de História, Ciências, Saúde - Manguinhos, revista científica da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz).
Terapias alternativas
"Mais de três décadas após o movimento contracultural ter plantado suas sementes, o individualismo ainda permanece como valor social hegemônico; é possível perceber que seus frutos cresceram e se estabilizaram nas sociedades ocidentais", dizem os autores, respaldados por uma lista contendo exatas 76 terapias alternativas disponíveis, entre 2000 e 2003, no município do Rio de Janeiro, cidade que conta com a maior rede de saúde pública do Brasil. Estão lá desde an-ma até laserpuntura, passando por sofrologia e urinoterapia.
Ambos integrantes do grupo Racionalidades Médicas e Práticas em Saúde, cadastrado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Souza e Luz avaliam o crescimento persistente do uso das novas práticas terapêuticas ao analisarem aspectos tais como o holismo e a orientalização do Ocidente, tendo como pano de fundo as crises da saúde e da medicina mais pautadas pela capacidade de diagnosticar do que pela de tratar.
"As crises da saúde e da medicina evidenciam, respectivamente, as lacunas dos sistemas coletivos de saúde e da terapêutica da biomedicina, incapazes de atender à totalidade das demandas de saúde das populações", diagnosticam os autores.
Mal-estar difuso
O sistema de saúde e terapêutico encontra dificuldades ao lidar com o que o sociólogo Michel Joubert, na França dos anos 1990, chamou de "mal-estar difuso", uma espécie de síndrome caracterizada por dores imprecisas, depressão, ansiedade, pânico, males da coluna vertebral etc.
Nesse contexto, Souza e Luz destacam que as novas práticas terapêuticas suprem uma demanda social, pois oferecem outras formas de solução ou alívio para o sofrimento.
Evidência negativa do desenvolvimento do capitalismo, este sofrimento, do qual padece a classe urbana trabalhadora, desempregada ou aposentada, é o principal motivo do incentivo às práticas alternativas, ainda que apenas pela sociedade civil, segundo os autores.
Crise da medicina
Souza e Luz apostam que, em relação à crise da medicina, a busca, o incentivo e o desenvolvimento das novas terapias também podem ser compreendidos como tentativa de solucionar ou diminuir as deficiências na dimensão terapêutica da biomedicina.
Para os autores, essas práticas "evidenciam e induzem transformações nas representações de saúde, doença, tratamento e cura, presentes na cultura, criando outras que, frequentemente, valorizam o sujeito e sua relação com o terapeuta como elemento fundamental da terapêutica, bem como o uso de pouca tecnologia em oposição às deficiências na relação médico-paciente, características da terapêutica na biomedicina, acentuadas pela interposição tecnológica".
Orientalização
Os autores também argumentam que, além da orientalização do Ocidente, com destaque para a adoção dos princípios da contracultura, as tais práticas terapêuticas alternativas se consolidaram em vácuos criados pelas transformações sofridas pela medicina dita moderna.
"A invasão tecnológica na prática médica contribuiu para a formação da última importante cisão, agora no interior da milenar unidade relacional terapeuta-paciente", observam. "O uso da tecnologia médica mostra sua face obscura ao interpor-se entre o médico e o corpo do paciente, induzindo ao alheamento entre os dois, à alienação do paciente em relação ao seu próprio corpo e à fetichização dos equipamentos médicos, incluindo os fármacos", concluem.
Novas práticas terapêuticas
O conjunto das transformações a que foram submetidos tanto a medicina tradicional quanto as pessoas constitui, para Souza e Luz, outro aspecto da explicação sócio-histórica para a grande procura, nas últimas duas décadas, de novas práticas terapêuticas fundamentadas em outras racionalidades médicas.
Esse processo, segundo os autores, configura o florescimento das chamadas terapias alternativas na sociedade, denominação que realça o antagonismo aos saberes hegemônicos, característico da década de 1970. "A cisão pode explicar também o profundo mal-estar que atinge atualmente o establishment médico, sob a designação 'crise de paradigma de medicina'".
Entretanto, do ponto de vista da construção discursiva da racionalidade, a crise não existiria, alertam Souza e Luz. "Pelo contrário: o modelo de combate à doença continua avançando a passos largos nesse domínio, sobretudo nos campos da genética e das neurociências, representantes do modelo hegemônico, ainda que controversos e questionados até o momento no plano ético", destacam os pesquisadores.
O individualismo, somado aos efeitos da contracultura, no final dos anos 1960, foi fator preponderante nas bases socioculturais para o incremento das práticas terapêuticas alternativas.
E o desenvolvimento destas também pode ser compreendido como tentativa de solucionar ou diminuir as deficiências na dimensão terapêutica da biomedicina, segundo estudo que os pesquisadores Eduardo Alexander Amaral de Souza e Madel Therezinha Luz publicaram na última edição de História, Ciências, Saúde - Manguinhos, revista científica da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz).
Terapias alternativas
"Mais de três décadas após o movimento contracultural ter plantado suas sementes, o individualismo ainda permanece como valor social hegemônico; é possível perceber que seus frutos cresceram e se estabilizaram nas sociedades ocidentais", dizem os autores, respaldados por uma lista contendo exatas 76 terapias alternativas disponíveis, entre 2000 e 2003, no município do Rio de Janeiro, cidade que conta com a maior rede de saúde pública do Brasil. Estão lá desde an-ma até laserpuntura, passando por sofrologia e urinoterapia.
Ambos integrantes do grupo Racionalidades Médicas e Práticas em Saúde, cadastrado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Souza e Luz avaliam o crescimento persistente do uso das novas práticas terapêuticas ao analisarem aspectos tais como o holismo e a orientalização do Ocidente, tendo como pano de fundo as crises da saúde e da medicina mais pautadas pela capacidade de diagnosticar do que pela de tratar.
"As crises da saúde e da medicina evidenciam, respectivamente, as lacunas dos sistemas coletivos de saúde e da terapêutica da biomedicina, incapazes de atender à totalidade das demandas de saúde das populações", diagnosticam os autores.
Mal-estar difuso
O sistema de saúde e terapêutico encontra dificuldades ao lidar com o que o sociólogo Michel Joubert, na França dos anos 1990, chamou de "mal-estar difuso", uma espécie de síndrome caracterizada por dores imprecisas, depressão, ansiedade, pânico, males da coluna vertebral etc.
Nesse contexto, Souza e Luz destacam que as novas práticas terapêuticas suprem uma demanda social, pois oferecem outras formas de solução ou alívio para o sofrimento.
Evidência negativa do desenvolvimento do capitalismo, este sofrimento, do qual padece a classe urbana trabalhadora, desempregada ou aposentada, é o principal motivo do incentivo às práticas alternativas, ainda que apenas pela sociedade civil, segundo os autores.
Crise da medicina
Souza e Luz apostam que, em relação à crise da medicina, a busca, o incentivo e o desenvolvimento das novas terapias também podem ser compreendidos como tentativa de solucionar ou diminuir as deficiências na dimensão terapêutica da biomedicina.
Para os autores, essas práticas "evidenciam e induzem transformações nas representações de saúde, doença, tratamento e cura, presentes na cultura, criando outras que, frequentemente, valorizam o sujeito e sua relação com o terapeuta como elemento fundamental da terapêutica, bem como o uso de pouca tecnologia em oposição às deficiências na relação médico-paciente, características da terapêutica na biomedicina, acentuadas pela interposição tecnológica".
Orientalização
Os autores também argumentam que, além da orientalização do Ocidente, com destaque para a adoção dos princípios da contracultura, as tais práticas terapêuticas alternativas se consolidaram em vácuos criados pelas transformações sofridas pela medicina dita moderna.
"A invasão tecnológica na prática médica contribuiu para a formação da última importante cisão, agora no interior da milenar unidade relacional terapeuta-paciente", observam. "O uso da tecnologia médica mostra sua face obscura ao interpor-se entre o médico e o corpo do paciente, induzindo ao alheamento entre os dois, à alienação do paciente em relação ao seu próprio corpo e à fetichização dos equipamentos médicos, incluindo os fármacos", concluem.
Novas práticas terapêuticas
O conjunto das transformações a que foram submetidos tanto a medicina tradicional quanto as pessoas constitui, para Souza e Luz, outro aspecto da explicação sócio-histórica para a grande procura, nas últimas duas décadas, de novas práticas terapêuticas fundamentadas em outras racionalidades médicas.
Esse processo, segundo os autores, configura o florescimento das chamadas terapias alternativas na sociedade, denominação que realça o antagonismo aos saberes hegemônicos, característico da década de 1970. "A cisão pode explicar também o profundo mal-estar que atinge atualmente o establishment médico, sob a designação 'crise de paradigma de medicina'".
Entretanto, do ponto de vista da construção discursiva da racionalidade, a crise não existiria, alertam Souza e Luz. "Pelo contrário: o modelo de combate à doença continua avançando a passos largos nesse domínio, sobretudo nos campos da genética e das neurociências, representantes do modelo hegemônico, ainda que controversos e questionados até o momento no plano ético", destacam os pesquisadores.
Ômega 3 protege o cérebro durante crises epilépticas
Protecao neurologica
Estudos têm apontado inúmeros efeitos benéficos do ômega 3, incluindo a prevenção de doenças como Alzheimer e depressão.
Agora, uma pesquisa feita por cientistas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e de outras instituições indica que o ômega 3 também pode ser um forte aliado no combate à epilepsia.
Com testes experimentais feitos em ratos, os pesquisadores verificaram que esse tipo de ácido graxo é capaz de minimizar a morte de neurônios durante crises epilépticas, além de ajudar na regeneração do tecido cerebral.
Captura do cálcio
O estudo, publicado na revista Epilepsy & Behavior, demonstrou que o ômega 3 aumenta a produção de proteínas que "capturam" a entrada do cálcio no neurônio e, por conta disso, ajuda a diminuir a morte das células cerebrais.
Na pesquisa, um grupo de dez ratos recebeu 85 miligramas de ômega 3 por quilo de peso durante 60 dias, enquanto foi administrada uma substância inócua a um número igual de animais, que serviu de grupo controle.
Os pesquisadores verificaram que os ratos que receberam ômega 3 apresentaram significativa preservação do tecido cerebral após a simulação de crises epilépticas, em relação aos demais.
Efeito anti-inflamatório do ômega 3
Também foi observado que o ômega 3 desempenhou importante papel anti-inflamatório, uma vez que o tecido cerebral dos animais com epilepsia apresentava anteriormente um processo inflamatório crônico.
"Temos resultados que mostram que o ômega 3 é neuroprotetor e desempenha atividade 'antiepiléptica'", disse o coordenador da pesquisa, Fulvio Alexandre Scorza.
"Essa pesquisa foi muito importante por ter sido a primeira a mostrar uma ação cerebral do ômega 3 relacionada à epilepsia", disse. Os outros autores do artigo são Roberta Cysneiros (Universidade Presbiteriana Mackenzie), Vera Terra e Hélio Machado (Universidade de São Paulo, USP), Ricardo Arida, Marly de Albuquerque, Carla Scorza e Esper Cavalheiro (Unifesp).
Morte súbita
Scorza conta que, apesar de haver apenas outros seis grupos no mundo que estudam a morte súbita nas epilepsias, esse não é um evento raro. "As chances de os pacientes com muitas crises morrerem subitamente é de três a quatro vezes maior do que em indivíduos que não têm epilepsia", disse.
Os principais fatores de risco nesse caso são crises contínuas, início precoce da epilepsia, pacientes que estão tomando muitos medicamentos para controle das crises e idade (de 27 a 39 anos).
"Como o principal tratamento é o medicamento, nossa proposta é o uso de ômega 3 por meio da alimentação", afirmou. O pesquisador da Unifesp adverte, no entanto, que as pessoas com epilepsia não podem abdicar de seus remédios. "O ômega 3 é só mais uma forma de minimizar as crises da doença", salientou.
O que é epilepsia
A epilepsia é um distúrbio neurológico crônico que atinge cerca de 1% da população em geral. Causas comuns são traumas durante o parto e tumores no sistema nervoso central.
No Brasil, a principal causa é o parasitismo, principalmente a neurocisticercose provocada pela ingestão de água e alimentos contaminados. "Tem-se a ideia errônea de que esse parasita vem da carne de porco. É fato que se o animal estiver contaminado pode passar para as pessoas. No entanto, o principal foco de contaminação da larva (Cysticercus cellulosae) está na verdura e na água contaminada", explicou Scorza.
O cientista ressalta que a epilepsia é uma doença neurológica, e não psiquiátrica. "Essa observação é importante porque elimina o preconceito em torno daqueles que têm o problema. A saliva não transmite doença e não é infecciosa. Outro mito é que não precisa puxar língua. Sempre ensinamos isso para a população", disse.
Convulsão febril
O estudo atualmente prossegue em uma abordagem clínica com humanos, em parceria com pesquisadores da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto, em que estão sendo analisadas crianças com epilepsias refratárias.
Outro projeto de pesquisa, segundo ele, pretende avaliar a convulsão febril cerebral durante a infância para avaliar se o ômega 3 pode reverter o quadro. "Em geral, algumas crianças que têm crises convulsivas na infância quando chegam à adolescência desenvolvem as primeiras manifestações epilépticas", disse.
Peixes na dieta
Os ácidos graxos ômega 3 são gorduras essenciais para o funcionamento do organismo e podem ser encontrados em alimentos, principalmente peixes e na linhaça. "O ômega 3 não tem efeito colateral, mas, como suas cápsulas são caras, a recomendação é a ingestão semanal de peixe", disse Scorza.
Segundo ele, três porções de peixe por semana é o recomendado. Salmão, atum, anchova e sardinha são as espécies mais indicadas. Mas, segundo o pesquisador, é preciso ter algumas precauções, uma vez que alguns peixes são ricos em ômega 3, mas também possuem quantidades consideráveis de mercúrio.
"Isso é ruim principalmente para crianças e mulheres gestantes, porque o mercúrio é neurotóxico. Apesar de ter muito ômega 3, o atum é rico em mercúrio. Para a população em geral, o mais viável economicamente, e mais indicado, é a sardinha", disse.
Caso o peixe seja predador de espécies menores, poderá ter mais mercúrio. Outro aspecto é que existem espécies que têm pouco ômega 3, mas muito ômega 6, como a tilápia. "É claro que precisamos de ambos, mas, enquanto o ômega 3 é anti-inflamatório, o ômega 6 é pró-inflamatório, ou seja, facilita o processo inflamatório. O ideal é um balanço", explicou.
Estudos têm apontado inúmeros efeitos benéficos do ômega 3, incluindo a prevenção de doenças como Alzheimer e depressão.
Agora, uma pesquisa feita por cientistas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e de outras instituições indica que o ômega 3 também pode ser um forte aliado no combate à epilepsia.
Com testes experimentais feitos em ratos, os pesquisadores verificaram que esse tipo de ácido graxo é capaz de minimizar a morte de neurônios durante crises epilépticas, além de ajudar na regeneração do tecido cerebral.
Captura do cálcio
O estudo, publicado na revista Epilepsy & Behavior, demonstrou que o ômega 3 aumenta a produção de proteínas que "capturam" a entrada do cálcio no neurônio e, por conta disso, ajuda a diminuir a morte das células cerebrais.
Na pesquisa, um grupo de dez ratos recebeu 85 miligramas de ômega 3 por quilo de peso durante 60 dias, enquanto foi administrada uma substância inócua a um número igual de animais, que serviu de grupo controle.
Os pesquisadores verificaram que os ratos que receberam ômega 3 apresentaram significativa preservação do tecido cerebral após a simulação de crises epilépticas, em relação aos demais.
Efeito anti-inflamatório do ômega 3
Também foi observado que o ômega 3 desempenhou importante papel anti-inflamatório, uma vez que o tecido cerebral dos animais com epilepsia apresentava anteriormente um processo inflamatório crônico.
"Temos resultados que mostram que o ômega 3 é neuroprotetor e desempenha atividade 'antiepiléptica'", disse o coordenador da pesquisa, Fulvio Alexandre Scorza.
"Essa pesquisa foi muito importante por ter sido a primeira a mostrar uma ação cerebral do ômega 3 relacionada à epilepsia", disse. Os outros autores do artigo são Roberta Cysneiros (Universidade Presbiteriana Mackenzie), Vera Terra e Hélio Machado (Universidade de São Paulo, USP), Ricardo Arida, Marly de Albuquerque, Carla Scorza e Esper Cavalheiro (Unifesp).
Morte súbita
Scorza conta que, apesar de haver apenas outros seis grupos no mundo que estudam a morte súbita nas epilepsias, esse não é um evento raro. "As chances de os pacientes com muitas crises morrerem subitamente é de três a quatro vezes maior do que em indivíduos que não têm epilepsia", disse.
Os principais fatores de risco nesse caso são crises contínuas, início precoce da epilepsia, pacientes que estão tomando muitos medicamentos para controle das crises e idade (de 27 a 39 anos).
"Como o principal tratamento é o medicamento, nossa proposta é o uso de ômega 3 por meio da alimentação", afirmou. O pesquisador da Unifesp adverte, no entanto, que as pessoas com epilepsia não podem abdicar de seus remédios. "O ômega 3 é só mais uma forma de minimizar as crises da doença", salientou.
O que é epilepsia
A epilepsia é um distúrbio neurológico crônico que atinge cerca de 1% da população em geral. Causas comuns são traumas durante o parto e tumores no sistema nervoso central.
No Brasil, a principal causa é o parasitismo, principalmente a neurocisticercose provocada pela ingestão de água e alimentos contaminados. "Tem-se a ideia errônea de que esse parasita vem da carne de porco. É fato que se o animal estiver contaminado pode passar para as pessoas. No entanto, o principal foco de contaminação da larva (Cysticercus cellulosae) está na verdura e na água contaminada", explicou Scorza.
O cientista ressalta que a epilepsia é uma doença neurológica, e não psiquiátrica. "Essa observação é importante porque elimina o preconceito em torno daqueles que têm o problema. A saliva não transmite doença e não é infecciosa. Outro mito é que não precisa puxar língua. Sempre ensinamos isso para a população", disse.
Convulsão febril
O estudo atualmente prossegue em uma abordagem clínica com humanos, em parceria com pesquisadores da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto, em que estão sendo analisadas crianças com epilepsias refratárias.
Outro projeto de pesquisa, segundo ele, pretende avaliar a convulsão febril cerebral durante a infância para avaliar se o ômega 3 pode reverter o quadro. "Em geral, algumas crianças que têm crises convulsivas na infância quando chegam à adolescência desenvolvem as primeiras manifestações epilépticas", disse.
Peixes na dieta
Os ácidos graxos ômega 3 são gorduras essenciais para o funcionamento do organismo e podem ser encontrados em alimentos, principalmente peixes e na linhaça. "O ômega 3 não tem efeito colateral, mas, como suas cápsulas são caras, a recomendação é a ingestão semanal de peixe", disse Scorza.
Segundo ele, três porções de peixe por semana é o recomendado. Salmão, atum, anchova e sardinha são as espécies mais indicadas. Mas, segundo o pesquisador, é preciso ter algumas precauções, uma vez que alguns peixes são ricos em ômega 3, mas também possuem quantidades consideráveis de mercúrio.
"Isso é ruim principalmente para crianças e mulheres gestantes, porque o mercúrio é neurotóxico. Apesar de ter muito ômega 3, o atum é rico em mercúrio. Para a população em geral, o mais viável economicamente, e mais indicado, é a sardinha", disse.
Caso o peixe seja predador de espécies menores, poderá ter mais mercúrio. Outro aspecto é que existem espécies que têm pouco ômega 3, mas muito ômega 6, como a tilápia. "É claro que precisamos de ambos, mas, enquanto o ômega 3 é anti-inflamatório, o ômega 6 é pró-inflamatório, ou seja, facilita o processo inflamatório. O ideal é um balanço", explicou.
Tirado do Diario da Saude 07/08/09
Analgésico substitui o paracetamol sem causar danos ao fígado
New Scientist
Efeitos colaterais do paracetamol
O paracetamol (acetaminofeno) é um analgésico eficaz, mas também muito perigoso, sendo a maior causa de danos agudos ao fígado.
Agora, pela primeira vez, uma alternativa mais segura ao paracetamol poderá ser fabricada de forma mais barata.
Enquanto isso, a FDA (Food and Drug Administration), órgão responsável pela regulamentação de saúde nos EUA, quer diminuir a dosagem recomendada de paracetamol por dia por paciente.
Fronteira entre o benefício e o malefício
O uso do paracetamol é seguro quando usado conforme o prescrito, mas não é necessário muito mais do que a dose recomendada para que ele cause danos ao fígado, eventualmente até fatais.
Entre os medicamentos com contra-indicações, "é provavelmente a menor diferença entre a quantidade necessária para fazer efeito e a quantidade suficiente para causar danos," disse Sidney Wolfe, de uma organização de defesa do consumidor, à revista New Scientist.
Como o paracetamol é um ingrediente em várias outras formulações, de medicamentos para a gripe até narcóticos controlados como o Vicodin, é fácil tomar o dobro da dose, bastando que o paciente tome dois medicamentos que tenham o paracetamol como ingrediente.
Alternativa ao paracetamol
Um painel de especialistas também recomendou à FDA a retirada total do paracetamol da formulação de medicamentos controlados. É tido quase como certo a adoção dessa recomendação pelo agente de saúde.
Mas uma solução melhor parece estar a caminho, na forma de medicamentos como o SCP-1, que é feito de uma molécula de paracetamol unida a uma molécula de sacarina. Nos testes iniciais em humanos, o SCP-1 parece não produzir os mesmos efeitos colaterais tóxicos do paracetamol.
Pesquisadores da Universidade de Nova Orleans, descobriram pela primeira vez uma forma de sintetizar o SCP-1 de forma barata e em largas quantidades, abrindo caminho para que a alternativa possa chegar ao mercado.
New Scientist
Efeitos colaterais do paracetamol
O paracetamol (acetaminofeno) é um analgésico eficaz, mas também muito perigoso, sendo a maior causa de danos agudos ao fígado.
Agora, pela primeira vez, uma alternativa mais segura ao paracetamol poderá ser fabricada de forma mais barata.
Enquanto isso, a FDA (Food and Drug Administration), órgão responsável pela regulamentação de saúde nos EUA, quer diminuir a dosagem recomendada de paracetamol por dia por paciente.
Fronteira entre o benefício e o malefício
O uso do paracetamol é seguro quando usado conforme o prescrito, mas não é necessário muito mais do que a dose recomendada para que ele cause danos ao fígado, eventualmente até fatais.
Entre os medicamentos com contra-indicações, "é provavelmente a menor diferença entre a quantidade necessária para fazer efeito e a quantidade suficiente para causar danos," disse Sidney Wolfe, de uma organização de defesa do consumidor, à revista New Scientist.
Como o paracetamol é um ingrediente em várias outras formulações, de medicamentos para a gripe até narcóticos controlados como o Vicodin, é fácil tomar o dobro da dose, bastando que o paciente tome dois medicamentos que tenham o paracetamol como ingrediente.
Alternativa ao paracetamol
Um painel de especialistas também recomendou à FDA a retirada total do paracetamol da formulação de medicamentos controlados. É tido quase como certo a adoção dessa recomendação pelo agente de saúde.
Mas uma solução melhor parece estar a caminho, na forma de medicamentos como o SCP-1, que é feito de uma molécula de paracetamol unida a uma molécula de sacarina. Nos testes iniciais em humanos, o SCP-1 parece não produzir os mesmos efeitos colaterais tóxicos do paracetamol.
Pesquisadores da Universidade de Nova Orleans, descobriram pela primeira vez uma forma de sintetizar o SCP-1 de forma barata e em largas quantidades, abrindo caminho para que a alternativa possa chegar ao mercado.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
As origens do amor
COMO É QUE A CULTURA MOLDA O CÉREBRO EM DESENVOLVIMENTO E COM ELE O FUTURO DA HUMANIDADE?
O Homem, o HomoSapiens, é o primata mais violento em todo o Planeta contra as fêmeas e as crias da sua própria espécie (Prescott, J., 2004). Sem uma expressão concreta e segura do amor, a paz não é possível. Sem o prazer da comunhão dos corpos, os comportamentos morais de paz, de harmonia e de igualdade não são possíveis. A Depressão substitui o prazer e as drogas procuram-se para a ultrapassar. A zanga e a raiva crescem e desembocam na violência, no homicídio e no suicídio. Os suicídios em crianças americanas com idades compreendidas entre 5 e 14 anos, duplicaram na última geração e os suicídios no grupo etário dos 15 aos 24 anos têm sido a terceira causa de morte. A Depressão lidera as doenças mentais em todo o mundo. A partir da investigação com macacos-bebés levadas a cabo por Mason, W. & Berkson, G., Prescott desenvolveu a «teoria comportamental do cérebro» do Síndrome de Privação Materno Social a que chamou Somato Sensory Affectional Deprivation (SSAD), em que o cerebelo assume um papel central na regulação e integração dos comportamentos emocionais, sociais e sexuais. Depressão e violência serão devidas à falha de segurança (bonded) na relação mãe – bebé/criança. “O amor é configuração (gestalt) do cérebro que se forma primeiro de forma primária, através da estimulação: pelo movimento do corpo, pelo contacto do corpo, pelo cheiro do corpo” (Prescott, 2004). Quando essa estimulação falha ou não é suficientemente securizante as crianças ficam vulneráveis a perturbações emocionais e comportamentais que são induzidas pela privação somato-sensorial. (SSAS). Sublinhando ainda esta ideia, Prescott lembra que os bonobo (uma espécie particular de macacos) com os quais partilhamos 99% dos nossos genes, são os primatas mais pacíficos do nosso planeta e pergunta: como é que o abuso sexual dos jovens pré-pubertários, desconhecido em toda a evolução dos primatas, pode ser comum entre o Homo-Sapiens? A biomedicina tem assumido erradamente, diz, que os genes desempenham o principal papel na modelagem do desenvolvimento do cérebro para comportamentos pacíficos ou comportamentos violentos do Homem, não valorizando nesses processos a experiência de vida. E a investigação nesta área tem sido por isso no último meio século mal conduzida e orientada para o desenvolvimento de drogas para o tratamento das patologias crescentes e não para a sua prevenção. A engenharia genética dominada pelos meios políticos, sociais e financeiros orienta-se para o controlo individual do comportamento. Não se orienta para a mudança necessária na Sociedade e na Cultura capaz de libertar o comportamento humano das cadeias da sua própria auto-destruição.
O Homem, o HomoSapiens, é o primata mais violento em todo o Planeta contra as fêmeas e as crias da sua própria espécie (Prescott, J., 2004). Sem uma expressão concreta e segura do amor, a paz não é possível. Sem o prazer da comunhão dos corpos, os comportamentos morais de paz, de harmonia e de igualdade não são possíveis. A Depressão substitui o prazer e as drogas procuram-se para a ultrapassar. A zanga e a raiva crescem e desembocam na violência, no homicídio e no suicídio. Os suicídios em crianças americanas com idades compreendidas entre 5 e 14 anos, duplicaram na última geração e os suicídios no grupo etário dos 15 aos 24 anos têm sido a terceira causa de morte. A Depressão lidera as doenças mentais em todo o mundo. A partir da investigação com macacos-bebés levadas a cabo por Mason, W. & Berkson, G., Prescott desenvolveu a «teoria comportamental do cérebro» do Síndrome de Privação Materno Social a que chamou Somato Sensory Affectional Deprivation (SSAD), em que o cerebelo assume um papel central na regulação e integração dos comportamentos emocionais, sociais e sexuais. Depressão e violência serão devidas à falha de segurança (bonded) na relação mãe – bebé/criança. “O amor é configuração (gestalt) do cérebro que se forma primeiro de forma primária, através da estimulação: pelo movimento do corpo, pelo contacto do corpo, pelo cheiro do corpo” (Prescott, 2004). Quando essa estimulação falha ou não é suficientemente securizante as crianças ficam vulneráveis a perturbações emocionais e comportamentais que são induzidas pela privação somato-sensorial. (SSAS). Sublinhando ainda esta ideia, Prescott lembra que os bonobo (uma espécie particular de macacos) com os quais partilhamos 99% dos nossos genes, são os primatas mais pacíficos do nosso planeta e pergunta: como é que o abuso sexual dos jovens pré-pubertários, desconhecido em toda a evolução dos primatas, pode ser comum entre o Homo-Sapiens? A biomedicina tem assumido erradamente, diz, que os genes desempenham o principal papel na modelagem do desenvolvimento do cérebro para comportamentos pacíficos ou comportamentos violentos do Homem, não valorizando nesses processos a experiência de vida. E a investigação nesta área tem sido por isso no último meio século mal conduzida e orientada para o desenvolvimento de drogas para o tratamento das patologias crescentes e não para a sua prevenção. A engenharia genética dominada pelos meios políticos, sociais e financeiros orienta-se para o controlo individual do comportamento. Não se orienta para a mudança necessária na Sociedade e na Cultura capaz de libertar o comportamento humano das cadeias da sua própria auto-destruição.
Centro de psicossintese de Sao Paulo (adorei essa historia)
De acordo com uma história antiga, um dia, os deuses decidiram criar o Universo. Criaram as estrelas, o Sol e a Lua. Criaram os mares, as montanhas, as flores e as nuvens. Então eles criaram o Homem. No final, eles criaram a Verdade.
Neste ponto, contudo, surgiu um problema: onde eles deveriam esconder a Verdade de modo que o Homem não a encontrasse de imediato? Eles queriam prolongar a aventura de sua busca.
- Vamos colocar a Verdade no topo da montanha mais alta - disse um dos deuses.
- Vamos colocá-la na estrela mais distante.
- Vamos escondê-la no abismo mais profundo e mais escuro.
- Vamos deixá-la no lado oculto da Lua - sugeriram outros deuses.
Finalmente, o mais sábio e antigo deus disse:
- Não, vamos esconder a Verdade dentro do coração do Homem. Desta forma, ele irá procurá-la por todo o Universo e, quando a encontrar, perceberá que a teve, e a tem, dentro de si o tempo todo.
Neste ponto, contudo, surgiu um problema: onde eles deveriam esconder a Verdade de modo que o Homem não a encontrasse de imediato? Eles queriam prolongar a aventura de sua busca.
- Vamos colocar a Verdade no topo da montanha mais alta - disse um dos deuses.
- Vamos colocá-la na estrela mais distante.
- Vamos escondê-la no abismo mais profundo e mais escuro.
- Vamos deixá-la no lado oculto da Lua - sugeriram outros deuses.
Finalmente, o mais sábio e antigo deus disse:
- Não, vamos esconder a Verdade dentro do coração do Homem. Desta forma, ele irá procurá-la por todo o Universo e, quando a encontrar, perceberá que a teve, e a tem, dentro de si o tempo todo.
domingo, 25 de outubro de 2009
ENXAQUECA
O que é enxaqueca?
Enxaqueca é uma doença neurovascular que se caracteriza por crises repetidas de dor de cabeça que podem ocorrer com uma freqüência bastante variável: enquanto alguns pacientes apresentam poucas crises durante toda a vida, outros relatam diversos episódios a cada mês.
Uma crise típica de enxaqueca é reconhecida pela dor que envolve metade da cabeça, piora com qualquer atividade física e está freqüentemente associada à náusea, vômitos e desconforto com a exposição à luz e sons altos, podendo durar até 72 h.
Um conjunto de sintomas neurológicos, conhecido pelo nome de aura, costuma acompanhar o quadro de dor. Portanto, não se trata de uma simples dor de cabeça.
Como reconhecer a enxaqueca? Nem sempre o paciente apresenta todos os sintomas típicos de enxaqueca. Entretanto, o médico é capaz de reconhecer a enxaqueca pelo quadro clínico. De qualquer forma, a avaliação médica é fundamental para excluir outras causas de dor de cabeça antes de dar início ao tratamento.
O que é aura? Aura é o nome que se dá ao conjunto de sintomas neurológicos que, nas crises de enxaqueca, se apresentam geralmente um pouco antes da dor de cabeça. A aura visual é a mais comum. Pode se apresentar como flashes de luz, como falhas no campo visual ou imagens brilhantes em ziguezague. Outros sintomas neurológicos são mais raros.
O que são fatores desencadeantes? São estímulos capazes de determinar o surgimento de uma crise de enxaqueca nos indivíduos predispostos. Para cada paciente os fatores desencadeantes variam, mas entre eles podemos destacar: estresse; sono prolongado; jejum; traumas cranianos; ingestão de certos alimentos como chocolate, laranja, comidas gordurosas e lácteas; privação da cafeína, nos indivíduos que consomem grandes quantidades de café durante a semana e não repetem a ingestão durante o fim de semana; uso de medicamentos vasodilatadores; exposição a ruídos altos, odores fortes ou temperaturas elevadas; mudanças súbitas da pressão atmosférica, como as experimentadas nos vôos em grandes altitudes; alterações climáticas; exercícios intensos; queda dos níveis hormonais que ocorre antes da menstruação.
É possível evitar as crises? Sim. A identificação de possíveis fatores desencadeantes das crises é fundamental para obter um melhor controle da doença.
Além disso, os pacientes podem tomar alguns cuidados: distribuir adequadamente a carga de trabalho, evitando acúmulo no escritório e o estresse de levar trabalho para casa; evitar estender o sono além do horário usual de acordar; evitar fadiga excessiva; fazer as refeições em horários regulares e não “pular” refeições; eliminar os alimentos identificados como desencadeantes das crises; reduzir a ingestão de café e chá; evitar o uso de analgésicos sem supervisão médica; evitar exposição a luzes, ruídos e cheiros fortes; não se exercitar em dias muito quentes.
Conhecer e diagnosticar a presença da enxaqueca e de condições coexistentes são passos importantes para o sucesso do tratamento da enxaqueca.
Para os sofredores de enxaqueca é importante: Reconhecer que há duas ou mais condições. Aceitar a necessidade de tratamento dessas condições.
Trabalhar com o médico procurando desenvolver a melhor estratégia de tratamento que se ajuste com seu estilo de vida. Entender que tratar mais de uma condição simultaneamente é complexo e requer maior atenção do médico, mais tempo e cuidado. Muitas opções de tratamento para enxaqueca, cefaleias, dores de cabeça existem. Remédios para dor de cabeça podem ter dois focos principalmente: prevenção e tratamento da crise.
O conceito mais importante do tratamento da enxaqueca é o preventivo, mas quem sofre de dor de cabeça acaba pensando mais nos analgésicos para diminuir ou cortar a dor na hora que ela aparece, e o tratamento muitas vezes não evolui por esta razão, porque a causa da dor de cabeça não foi atingida, e sim apenas a consequência do processo da enxaqueca. As dúvidas sobre os remédios para tratar a enxaqueca ocorrem tanto no tratamento preventivo como agudo.
E onde entra os tratamentos adjuntos, como a Terapia CranioSacral, acunpuntura, alongamentos, exercicio fisico, alimentacao balanceada, meditacoes, onde se trabalha muito a respiracao tambem.
A Terapia CranioSacral (TCS) tem se revelado um instrumento muito valioso no tratamento de dores em geral e, principalmente, no alívio das enxaquecas e cefaléias de causas variadas. Em 3 anos de prática clínica de TCS, temos alcançado resultados extraordinários, com relato de pacientes que já estão sem enxaqueca desde as primeiras sessões.
Hoje se reconhece, de forma definitiva, que as emoções, os estresses da vida atual, os traumas emocionais e/ou físicos, concorrem para o surgimento das doenças.
O tratamento CranioSacral entra bem como preventivo, tanto quanto em crises agudas. Por ser um metodo totalmente nao invasivo e de toques suaves, o organismo nao sente agressividade em nenhum momento da terapia. Ganhando a confianca do terapeuta para este facilitar a ajudar com sucesso na cura holistica do corpo.
Remédios para depressão pioram Alzheimer
Pacientes devem ter cuidado ao usar medicamentos simultaneamente, alerta estudo da UnB
Depressão e mal de Alzheimer são duas doenças que acometem mais os idosos, mas pouca gente sabe que o sucesso do tratamento de uma pode ser o fracasso da outra. Isso porque os remédios para depressão (sertralina, fluoxetina, paroxetina) têm levado à piora da perda de memória. Do outro lado, os medicamentos para a memória (rivastignina, doenpizil, galantamina) têm agravado os quadros de depressão.
Esta interação medicamentosa vem sendo investigada pela professora de Farmacologia Clínica e Hospitalar da Universidade de Brasília (UnB) Patrícia Medeiros, no Centro de Medicina do Idoso do Hospital Universitário de Brasília (HUB). "Nesses casos é preciso avaliar qual dos dois quadros (depressão ou mal de Alzheimer) está pior, para atuar apenas em uma frente. É a prescrição racional", diz Patrícia. Para o estudo foram avaliados 120 pacientes. Os efeitos indesejáveis foram amenizados após mudanças na prescrição.
Além da interação, as reações adversas dos remédios para a Doença de Alzheimer isoladamente são náuseas e vômitos. Por isso, é indicado que se tome o medicamento com o alimento, mesmo que a comida diminua a absorção. Já as drogas para depressão têm como efeito negativo a prisão de ventre, boca seca, aceleração dos batimentos cardíacos, insônia, retenção de urina e aumento da pressão intraocular.
Especialidades - Como os idosos já sofrem com essas interações, a situação se agrava quando são adicionados outros remédios à rotina, chegando às vezes a um total de 10 pílulas simultaneamente, recomendadas por outros especialistas. Para verificar os perigos do uso conjunto, é necessário a intervenção de um farmacólogo. Ou, ainda, a participação de vários profissionais de Saúde, para saber o que cada especialidade recomendou ao paciente. "Nisso o Centro de Medicina do Idoso leva vantagem, pois a equipe é multidisciplinar", afirma Patrícia.
Durante atendimentos a idosos em diversos hospitais, bem como ao observar a venda de remédios em farmácias, a estudiosa notou a utilização de altas doses de vitamina E, um antioxidante que pode ajudar a combater o envelhecimento, bastante consumido na terceira idade. E, ao consultar artigos científicos, verificou que, acima de 400 unidades internacionais, esse suprimento pode levar até à morte. "Por isso, nós aconselhamos que os pacientes consumam a vitamina E apenas por meio dos alimentos", recomenda.
Também preocupou a farmacóloga o fato de alguns pacientes tomarem os remédios junto com medicamentos para náuseas (Diminidrinato), para resfriado e descongestionantes nasais. Administrados com aqueles para a memória, esses fármacos diminuem a ação de ambos. E se forem tomados com remédios para tratamento da depressão, os efeitos indesejáveis se somarão.
Outras observações da pesquisadora:
- Embora nenhum medicamento consiga curar o Alzheimer, esses remédios têm o intuito de interromper a evolução da perda da memória;
- Os antidepressivos de terceira e segunda geração, considerados mais modernos, apesar de muito mais caros, não registram diferença na eficácia em relação aos de primeira geração;
- Os pacientes que tomam fluoxetina devem aguardar cinco semanas sem tomar o remédio para poder mudar de medicação. Caso contrário, poderá sofrer a síndrome serotoninérgica (aumento da contração muscular e, conseqüentemente, aumento da temperatura corporal - pode chegar a 42ºC);
Os remédios para memória não devem ser tomados com metoclopramida (Plasil ®), pois diminuem o efeito daquele para Doença de Alzheimer. Eles diminuem os batimentos cardíacos e podem causar dicinesia (movimentos descordenados) quando administrados sem prescrição médica.
O Mal de Alzheimer é uma doença degenerativa do cérebro que se manifesta principalmente entre a população idosa. Os primeiros sintomas se caracterizam por leve perda de memória. Depois, o paciente passa por fases de desorientação e dificuldade para tomar decisões ou mesmo para conversar. Os sintomas tendem a se agravar com o passar do tempo.
Depressão e mal de Alzheimer são duas doenças que acometem mais os idosos, mas pouca gente sabe que o sucesso do tratamento de uma pode ser o fracasso da outra. Isso porque os remédios para depressão (sertralina, fluoxetina, paroxetina) têm levado à piora da perda de memória. Do outro lado, os medicamentos para a memória (rivastignina, doenpizil, galantamina) têm agravado os quadros de depressão.
Esta interação medicamentosa vem sendo investigada pela professora de Farmacologia Clínica e Hospitalar da Universidade de Brasília (UnB) Patrícia Medeiros, no Centro de Medicina do Idoso do Hospital Universitário de Brasília (HUB). "Nesses casos é preciso avaliar qual dos dois quadros (depressão ou mal de Alzheimer) está pior, para atuar apenas em uma frente. É a prescrição racional", diz Patrícia. Para o estudo foram avaliados 120 pacientes. Os efeitos indesejáveis foram amenizados após mudanças na prescrição.
Além da interação, as reações adversas dos remédios para a Doença de Alzheimer isoladamente são náuseas e vômitos. Por isso, é indicado que se tome o medicamento com o alimento, mesmo que a comida diminua a absorção. Já as drogas para depressão têm como efeito negativo a prisão de ventre, boca seca, aceleração dos batimentos cardíacos, insônia, retenção de urina e aumento da pressão intraocular.
Especialidades - Como os idosos já sofrem com essas interações, a situação se agrava quando são adicionados outros remédios à rotina, chegando às vezes a um total de 10 pílulas simultaneamente, recomendadas por outros especialistas. Para verificar os perigos do uso conjunto, é necessário a intervenção de um farmacólogo. Ou, ainda, a participação de vários profissionais de Saúde, para saber o que cada especialidade recomendou ao paciente. "Nisso o Centro de Medicina do Idoso leva vantagem, pois a equipe é multidisciplinar", afirma Patrícia.
Durante atendimentos a idosos em diversos hospitais, bem como ao observar a venda de remédios em farmácias, a estudiosa notou a utilização de altas doses de vitamina E, um antioxidante que pode ajudar a combater o envelhecimento, bastante consumido na terceira idade. E, ao consultar artigos científicos, verificou que, acima de 400 unidades internacionais, esse suprimento pode levar até à morte. "Por isso, nós aconselhamos que os pacientes consumam a vitamina E apenas por meio dos alimentos", recomenda.
Também preocupou a farmacóloga o fato de alguns pacientes tomarem os remédios junto com medicamentos para náuseas (Diminidrinato), para resfriado e descongestionantes nasais. Administrados com aqueles para a memória, esses fármacos diminuem a ação de ambos. E se forem tomados com remédios para tratamento da depressão, os efeitos indesejáveis se somarão.
Outras observações da pesquisadora:
- Embora nenhum medicamento consiga curar o Alzheimer, esses remédios têm o intuito de interromper a evolução da perda da memória;
- Os antidepressivos de terceira e segunda geração, considerados mais modernos, apesar de muito mais caros, não registram diferença na eficácia em relação aos de primeira geração;
- Os pacientes que tomam fluoxetina devem aguardar cinco semanas sem tomar o remédio para poder mudar de medicação. Caso contrário, poderá sofrer a síndrome serotoninérgica (aumento da contração muscular e, conseqüentemente, aumento da temperatura corporal - pode chegar a 42ºC);
Os remédios para memória não devem ser tomados com metoclopramida (Plasil ®), pois diminuem o efeito daquele para Doença de Alzheimer. Eles diminuem os batimentos cardíacos e podem causar dicinesia (movimentos descordenados) quando administrados sem prescrição médica.
O Mal de Alzheimer é uma doença degenerativa do cérebro que se manifesta principalmente entre a população idosa. Os primeiros sintomas se caracterizam por leve perda de memória. Depois, o paciente passa por fases de desorientação e dificuldade para tomar decisões ou mesmo para conversar. Os sintomas tendem a se agravar com o passar do tempo.
Desabafo
Fico extremamente feliz por exercer minha profissão dignamente, mas principalmente de forma humana, busquei nessa pequena trajetória trabalhar de forma quase utópica em relação a verdadeira realidade dos profissionais de saúde quanto ao assunto multidisciplinaridade, desconheço qualquer paciente que por nossa equipe seja atendido que não tenha seu médico e confesso a grande maioria das pessoas que nos procuram não vem por encaminhamento médico e sim por conta dos resultados obtidos nessa trajetória como profissional de saúde, mas por entendermos que sozinhos não se faz saúde, nosso primeiro passo é encaminhar nossos pacientes para que os mesmo tenham acompanhamento de outros profissionais , principalmente médicos, psicólogos, nutricionistas, educadores físicos e profissionais da odontologia por serem esses os diretamente ligados a nossa profissão. Nesse momento em que nós fisioterapeutas comemoramos 40 anos de regulamentação no Brasil, tenho certeza que todos os colegas acreditam que a vitória da medicina em regulamentar sua profissão, foi mais que merecida e já veio com um atraso histórico, o que nos deixa triste são algumas colocações que não fazem o menor sentido de existir nos dias atuais, podemos citar como exemplo o médico prescrever a fisioterapia e ao mesmo tempo termos de ouvir dos parlamentares médicos que outras profissões da saúde não estão preparadas ou capacitadas para prescrever seus próprios tratamentos, assim registro nesse espaço minhas dúvidas:Por que então existir essas profissões? Se o intuito é a hierarquia e não a autonomia para que tantos debates quanto à multidisciplinaridade? Porque a abertura de tantas faculdades de nível superior na área de saúde se os mesmos devem executar suas profissões como técnicos? Qual o sentido da Fisioterapia, Psicologia, Nutrição, enfermagem, terapia ocupacional… Se os médicos é quem vão determinar o que cada uma pode ou não realizar? Existem erros médicos? Ou a medicina e seus profissionais são incapazes de errar? Fazem-se necessários ou não profissionais de saúde? Srs. Parlamentares ao desprezar todas as profissões de saúde e prestigiar apenas uma, os Srs. Estão pisando sobre nossa constituição em que nos permite direito de igualdade. Pelo que tenho assistido os profissionais de Saúde em todas suas categorias querem autonomia inclusive para responder por seus próprios erros, é chegado a hora de reconhecer o papel de cada um e oferecer condições para que todos esses profissionais possam trabalhar com dignidade.
Visao de tratamento holistico/quantico/sistemico
Existe diferença entre a visão holística, quântica e sistêmica?
Minha resposta é: apenas teórica. Todas essas visões têm um ponto principal em comum: elas olham para o todo.
O termo holístico vem do grego “holus” que significa todo ou totalidade. Então o holismo olha para o todo, isto é, vê o corpo, a mente e o espírito. Vê o ser humano como um todo, vê a vida como um todo.
A visão cartesiana ao contrário da visão quântica ou holística vem da percepção separatista do filósofo Descartes. Para ele o todo existencial seria um conjunto de pequenas partes. Também chamamos essa visão de Newtoniana. Para Isac Newton ‘para cada ação corresponde uma reação de igual valor e em sentido contrário’. Hoje comprovamos através da teoria quântica que a cada ação podem corresponder infinitas reações. Tudo que acontece no mundo está interferindo na existência como um todo.
A visão sistêmica, segundo a Wikipédia, “é a capacidade de identificar as ligações de fatos particulares do sistema social como um todo”. Vejam que todas essas visões olham no final para o todo. Por mais que dividamos o mundo em diversos sistemas, essa é somente um artifício analítico do conhecimento. Quando juntamos todos esses microssistemas temos de novo a visão do ‘todo sistêmico’.
Concluímos então que a visão holística, quântica e sistêmica são, no fundo, a mesma coisa. E percebo que a grande arte é aprender a ver e viver o mundo de forma holística, quântica ou sistêmica.
Minha resposta é: apenas teórica. Todas essas visões têm um ponto principal em comum: elas olham para o todo.
O termo holístico vem do grego “holus” que significa todo ou totalidade. Então o holismo olha para o todo, isto é, vê o corpo, a mente e o espírito. Vê o ser humano como um todo, vê a vida como um todo.
A visão cartesiana ao contrário da visão quântica ou holística vem da percepção separatista do filósofo Descartes. Para ele o todo existencial seria um conjunto de pequenas partes. Também chamamos essa visão de Newtoniana. Para Isac Newton ‘para cada ação corresponde uma reação de igual valor e em sentido contrário’. Hoje comprovamos através da teoria quântica que a cada ação podem corresponder infinitas reações. Tudo que acontece no mundo está interferindo na existência como um todo.
A visão sistêmica, segundo a Wikipédia, “é a capacidade de identificar as ligações de fatos particulares do sistema social como um todo”. Vejam que todas essas visões olham no final para o todo. Por mais que dividamos o mundo em diversos sistemas, essa é somente um artifício analítico do conhecimento. Quando juntamos todos esses microssistemas temos de novo a visão do ‘todo sistêmico’.
Concluímos então que a visão holística, quântica e sistêmica são, no fundo, a mesma coisa. E percebo que a grande arte é aprender a ver e viver o mundo de forma holística, quântica ou sistêmica.
Saude no Trabalho
Depois de passar muitos anos nao concordando com o esquema de trabalho onde costumava estar,resolvi ser autonoma. Acredito que o sistema tem falhas enormes e as pessoas envolvidas fazem vista grossa nos resultados.
Venho estudado a saude mental desde 2008,sendo membro ativa do grupo de ciencias da saude pela UFSC. Assisti na ultima quinta-feira ( 22/10) uma palestra sobre a saude no trabalho, desenvolvida por alunos do doutorado de psicologia da mesma universidade.
Concordo com a materia que pesquisei abaixo para vcs analisarem como estaria sua saude mental dentro do seu trabalho. Pois se ha uma pressao/descontentamento,ha uma patologia atras disso, e nao digo apenas mental e sim fisica.
No cotidiano, o trabalhador engolido pela labuta, rotinas e modelos, nem ao menos percebe que está sendo capturado pelos resultados de processos mais globais da sociedade como a instantaneidade, a velocidade, a multiplicidade, a visibilidade e a serialidade.
Acelerado, fatigado, consumista, sem tempo para refletir, na luta contra o relógio, com compromissos múltiplos e simultâneos, cada trabalhador com sua história de vida e sua forma de ser, vivencia sua própria experiência de trabalhar.
Na lógica capitalista onde o trabalho é pautado apenas nos princípios da produtividade, eficiência, competitividade e racionalidade, cada trabalhador é colocado em uma etapa do processo de produção fazendo a sua tarefa segundo normas padronizadas cada vez mais distantes do resultado do seu trabalho, do outro, dos seus sentimentos e de sua existência.
Enquanto aumenta-se o discurso da “equipe”, “colaboradores” e “parceiros” cada vez mais se trabalha solitária e individualmente.
O trabalho, enquanto fonte de sustento e realização pessoal é propulsor de saúde do trabalhador, entretanto, a falta dele, a insatisfação e a execução de atividades laborais alienantes poderão gerar ou desencadear no trabalhador um processo de adoecimento físico e/ou mental.
Assim cada organização, estrutura e ambiente de trabalho têm repercussões nos vínculos e na subjetividade de cada trabalhador que passa no mínimo um terço de sua vida trabalhando.
Tensões, angústias, conflitos e insatisfações no ambiente de trabalho sobrecarregam o corpo do trabalhador, precipitando os acidentes e doenças profissionais.
Estudos mostram como o conflito entre as metas e as estruturas de uma organização e as necessidades do indivíduo, quando em discordância, podem levar ao estresse circunstancial ou crônico. Estresse que não pode ser resolvido apenas com um descanso de final de semana, feriado prolongado ou férias bem aproveitadas.
A pressão por resultados, as contradições institucionais, o trabalho excessivo, a má organização no trabalho, as dificuldades interpessoais e os conflitos mal administrados podem trazer insatisfações e ansiedades que somadas a outras pressões sociais, familiares e ambientais podem arrebentar com o emocional do trabalhador, abalando sua auto-estima e o desvitalizando.
A insegurança no emprego, a falta de perspectiva de crescimento, o ritmo de trabalho, a solidão, o vazio das relações unicamente profissionais, a falta de disponibilidade para lazer e cuidar de si e a falta de recursos internos do trabalhador para ajustar-se vão minando a sua saúde emocional.
Irritabilidade, distúrbios do sono e de apetite, tensão ou dor muscular, palpitações, distúrbios sexuais, gastrite, apreensão, medo, sensação de pânico, fadiga, dificuldade de concentração e de memória, alterações de personalidade e de comportamento, alcoolismo e outros sintomas vão comprometendo as relações afetivas e sociais do trabalhador, sua vida pessoal e profissional.
O trabalhador habitua-se a viver sob a forte e constante tensão, se exigindo esforço físico, mental e apesar de conhecer racionalmente os riscos deste sistema não consegue se modificar podendo chegar até à exaustão mental, ao comprometimento profissional e intelectual, à falta de motivo para trabalhar e viver.
Com a negação ou prolongamento do estresse, o trabalhador pode chegar à depressões graves, ao isolamento social, à ausência do trabalho, à desajustes familiares e à despersonalização.
Os sintomas podem traduzir os desejos de transformar o ambiente de trabalho que não encontram canais ou linguagem no universo do trabalho para se expressar verbalmente.
O sofrimento geralmente é controlado por estratégias defensivas para impedir que se transformem em patologias. Na falência ou deficiência do sistema de defesa, aparecem as neuroses, psicoses, depressões e ou sintomas orgânicos desencadeando a queda no desempenho produtivo.
Sofrimento mental e fadiga são proibidos no trabalho, só a doença é “admissível”, e assim, a consulta médica vem disfarçar o sofrimento mental aliviado com psicoestimulantes, analgésicos e ansiolíticos. Desloca-se, portanto, o conflito homem-trabalho para um terreno mais neutro e com a medicalização desqualifica-se o sofrimento.
É que, na lógica capitalista a doença passa a ter como aspecto central, não o sofrimento do paciente, mas sim a capacidade ou incapacidade para produzir.
Quando vários trabalhadores se descompensam, geralmente as chefias costumam diminuir o ritmo de trabalho e não a pressão da organização para que desapareça o sofrimento.
A desmotivação no trabalho costuma ser resolvida motivando o sujeito, ao invés de modificar a situação que interfere no seu equilíbrio vital.
Na nova cultura das organizações o objetivo primordial é obter o envolvimento dos trabalhadores em prol dos interesses da empresa, fazendo com que internalizem como seus os interesses desta. Em nome da sobrevivência da organização no mercado, as práticas adotadas evidenciam os efeitos do poder sobre os corpos e sobre as atividades cotidianas por canais cada vez mais sutis, moldando os trabalhadores de acordo com os desejos da Qualidade.
Capturados, alguns trabalhadores aplaudem e vestem a mordaça macia do controle, e os que resistem ou não se adequam podem ser punidos ou “cuspidos” da organização.
As instituições ou organizações vivem uma fachada bonita de “gestão participativa”, enquanto o trabalhador sente-se cada vez mais tolhido, deixando de ser ousado, espontâneo, criativo, e de doar suas idéias à empresa.
O trabalhador não tem como escapar de entrar neste mundo pronto, mas há a possibilidade de frear e se produzir diferentemente. Não é preciso perder a saúde na luta para ganhar a vida.
Que na era da velocidade o trabalhador possa se desacelerar, se aquietar e fazer tempo para refletir sobre si mesmo, sobre seus desejos, seus limites e sobre sua relação com o trabalho.
Para aprender a relaxar e administrar tensões inevitáveis não é preciso cursar universidade, procurar especialistas ou se deslocar para locais distantes, chegar a florestas ou ao cume de montanhas.
É preciso sim, que o trabalhador abra brechas no dia-a-dia nas quais possa compartilhar angústias, ressignificar as tensões, ampliar as relações afetivas e convivência e dar espaço para as sensações. Criar tempo para fazer o que se gosta, andar descalço, ver o luar, caminhar, observar a natureza ou ouvir música suave.
Que as organizações e instituições reconheçam os sintomas do estresse como sinais de alerta do sofrimento mental do trabalhador evitando suas conseqüências e prejuízos organizacionais e pessoais.
Só é possível pensar que existe qualidade de vida no trabalho quando os locais de trabalho são democráticos e humanizados, com gestão participativa, construída, que respeita necessidades e interesses da empresa e dos funcionários, com reconhecimento e valorização do trabalhador.
Somente resgatando sua auto-estima, sua criatividade, sua capacidade de se divertir, de cuidar de si e administrando seu tempo de viver, o trabalhador poderá extrair algum sentido e prazer do trabalho.
Venho estudado a saude mental desde 2008,sendo membro ativa do grupo de ciencias da saude pela UFSC. Assisti na ultima quinta-feira ( 22/10) uma palestra sobre a saude no trabalho, desenvolvida por alunos do doutorado de psicologia da mesma universidade.
Concordo com a materia que pesquisei abaixo para vcs analisarem como estaria sua saude mental dentro do seu trabalho. Pois se ha uma pressao/descontentamento,ha uma patologia atras disso, e nao digo apenas mental e sim fisica.
No cotidiano, o trabalhador engolido pela labuta, rotinas e modelos, nem ao menos percebe que está sendo capturado pelos resultados de processos mais globais da sociedade como a instantaneidade, a velocidade, a multiplicidade, a visibilidade e a serialidade.
Acelerado, fatigado, consumista, sem tempo para refletir, na luta contra o relógio, com compromissos múltiplos e simultâneos, cada trabalhador com sua história de vida e sua forma de ser, vivencia sua própria experiência de trabalhar.
Na lógica capitalista onde o trabalho é pautado apenas nos princípios da produtividade, eficiência, competitividade e racionalidade, cada trabalhador é colocado em uma etapa do processo de produção fazendo a sua tarefa segundo normas padronizadas cada vez mais distantes do resultado do seu trabalho, do outro, dos seus sentimentos e de sua existência.
Enquanto aumenta-se o discurso da “equipe”, “colaboradores” e “parceiros” cada vez mais se trabalha solitária e individualmente.
O trabalho, enquanto fonte de sustento e realização pessoal é propulsor de saúde do trabalhador, entretanto, a falta dele, a insatisfação e a execução de atividades laborais alienantes poderão gerar ou desencadear no trabalhador um processo de adoecimento físico e/ou mental.
Assim cada organização, estrutura e ambiente de trabalho têm repercussões nos vínculos e na subjetividade de cada trabalhador que passa no mínimo um terço de sua vida trabalhando.
Tensões, angústias, conflitos e insatisfações no ambiente de trabalho sobrecarregam o corpo do trabalhador, precipitando os acidentes e doenças profissionais.
Estudos mostram como o conflito entre as metas e as estruturas de uma organização e as necessidades do indivíduo, quando em discordância, podem levar ao estresse circunstancial ou crônico. Estresse que não pode ser resolvido apenas com um descanso de final de semana, feriado prolongado ou férias bem aproveitadas.
A pressão por resultados, as contradições institucionais, o trabalho excessivo, a má organização no trabalho, as dificuldades interpessoais e os conflitos mal administrados podem trazer insatisfações e ansiedades que somadas a outras pressões sociais, familiares e ambientais podem arrebentar com o emocional do trabalhador, abalando sua auto-estima e o desvitalizando.
A insegurança no emprego, a falta de perspectiva de crescimento, o ritmo de trabalho, a solidão, o vazio das relações unicamente profissionais, a falta de disponibilidade para lazer e cuidar de si e a falta de recursos internos do trabalhador para ajustar-se vão minando a sua saúde emocional.
Irritabilidade, distúrbios do sono e de apetite, tensão ou dor muscular, palpitações, distúrbios sexuais, gastrite, apreensão, medo, sensação de pânico, fadiga, dificuldade de concentração e de memória, alterações de personalidade e de comportamento, alcoolismo e outros sintomas vão comprometendo as relações afetivas e sociais do trabalhador, sua vida pessoal e profissional.
O trabalhador habitua-se a viver sob a forte e constante tensão, se exigindo esforço físico, mental e apesar de conhecer racionalmente os riscos deste sistema não consegue se modificar podendo chegar até à exaustão mental, ao comprometimento profissional e intelectual, à falta de motivo para trabalhar e viver.
Com a negação ou prolongamento do estresse, o trabalhador pode chegar à depressões graves, ao isolamento social, à ausência do trabalho, à desajustes familiares e à despersonalização.
Os sintomas podem traduzir os desejos de transformar o ambiente de trabalho que não encontram canais ou linguagem no universo do trabalho para se expressar verbalmente.
O sofrimento geralmente é controlado por estratégias defensivas para impedir que se transformem em patologias. Na falência ou deficiência do sistema de defesa, aparecem as neuroses, psicoses, depressões e ou sintomas orgânicos desencadeando a queda no desempenho produtivo.
Sofrimento mental e fadiga são proibidos no trabalho, só a doença é “admissível”, e assim, a consulta médica vem disfarçar o sofrimento mental aliviado com psicoestimulantes, analgésicos e ansiolíticos. Desloca-se, portanto, o conflito homem-trabalho para um terreno mais neutro e com a medicalização desqualifica-se o sofrimento.
É que, na lógica capitalista a doença passa a ter como aspecto central, não o sofrimento do paciente, mas sim a capacidade ou incapacidade para produzir.
Quando vários trabalhadores se descompensam, geralmente as chefias costumam diminuir o ritmo de trabalho e não a pressão da organização para que desapareça o sofrimento.
A desmotivação no trabalho costuma ser resolvida motivando o sujeito, ao invés de modificar a situação que interfere no seu equilíbrio vital.
Na nova cultura das organizações o objetivo primordial é obter o envolvimento dos trabalhadores em prol dos interesses da empresa, fazendo com que internalizem como seus os interesses desta. Em nome da sobrevivência da organização no mercado, as práticas adotadas evidenciam os efeitos do poder sobre os corpos e sobre as atividades cotidianas por canais cada vez mais sutis, moldando os trabalhadores de acordo com os desejos da Qualidade.
Capturados, alguns trabalhadores aplaudem e vestem a mordaça macia do controle, e os que resistem ou não se adequam podem ser punidos ou “cuspidos” da organização.
As instituições ou organizações vivem uma fachada bonita de “gestão participativa”, enquanto o trabalhador sente-se cada vez mais tolhido, deixando de ser ousado, espontâneo, criativo, e de doar suas idéias à empresa.
O trabalhador não tem como escapar de entrar neste mundo pronto, mas há a possibilidade de frear e se produzir diferentemente. Não é preciso perder a saúde na luta para ganhar a vida.
Que na era da velocidade o trabalhador possa se desacelerar, se aquietar e fazer tempo para refletir sobre si mesmo, sobre seus desejos, seus limites e sobre sua relação com o trabalho.
Para aprender a relaxar e administrar tensões inevitáveis não é preciso cursar universidade, procurar especialistas ou se deslocar para locais distantes, chegar a florestas ou ao cume de montanhas.
É preciso sim, que o trabalhador abra brechas no dia-a-dia nas quais possa compartilhar angústias, ressignificar as tensões, ampliar as relações afetivas e convivência e dar espaço para as sensações. Criar tempo para fazer o que se gosta, andar descalço, ver o luar, caminhar, observar a natureza ou ouvir música suave.
Que as organizações e instituições reconheçam os sintomas do estresse como sinais de alerta do sofrimento mental do trabalhador evitando suas conseqüências e prejuízos organizacionais e pessoais.
Só é possível pensar que existe qualidade de vida no trabalho quando os locais de trabalho são democráticos e humanizados, com gestão participativa, construída, que respeita necessidades e interesses da empresa e dos funcionários, com reconhecimento e valorização do trabalhador.
Somente resgatando sua auto-estima, sua criatividade, sua capacidade de se divertir, de cuidar de si e administrando seu tempo de viver, o trabalhador poderá extrair algum sentido e prazer do trabalho.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Para relaxar
No periodo de 09 a 13 de outubro realizei no Rio de Janeiro - RJ, mais um curso pelo Upledger Institute com sede nos EUA que possui varias filiais no mundo todo. No Brasil, a unica filial encontra-se no Rio.
Os cursos craniosacral I e II realizei em Londres nos respectivos anos de 2006 e 2007, e so agora pude dar continuidade no meu projeto do numero III que e a Liberacao SomatoEmocional.
Mesmo sem esse curso, ja realizava algumas das manobras mesmo sem saber detalhadamente onde aqueles resultados iriam me levar.
Agora mais do que nunca, os resultados sao mais do que satisfatorios. De um modo geral, as pessoas melhoram em quase todos os aspectos, principalmente o emocional.
Essa terapia tem se revelado um instrumento muito valioso no tratamento de dores em geral e principalmente no alivio das enxaquecas e cefaleias de causas variadas.
Neste momento venho tratando varios casos de pessoas com depressao, problemas cronicos de coluna, disordens de atencao, estress, obesidade e varias outras patologias.
Nao e um paleativo, em nossa clinica multidisciplinar visamos a cura da pessoa, basta ela querer.
Atendimento : Espaco Saude e Beleza -Florianopolis no bairro dos Ingleses (48) 3207-7724
Os cursos craniosacral I e II realizei em Londres nos respectivos anos de 2006 e 2007, e so agora pude dar continuidade no meu projeto do numero III que e a Liberacao SomatoEmocional.
Mesmo sem esse curso, ja realizava algumas das manobras mesmo sem saber detalhadamente onde aqueles resultados iriam me levar.
Agora mais do que nunca, os resultados sao mais do que satisfatorios. De um modo geral, as pessoas melhoram em quase todos os aspectos, principalmente o emocional.
Essa terapia tem se revelado um instrumento muito valioso no tratamento de dores em geral e principalmente no alivio das enxaquecas e cefaleias de causas variadas.
Neste momento venho tratando varios casos de pessoas com depressao, problemas cronicos de coluna, disordens de atencao, estress, obesidade e varias outras patologias.
Nao e um paleativo, em nossa clinica multidisciplinar visamos a cura da pessoa, basta ela querer.
Atendimento : Espaco Saude e Beleza -Florianopolis no bairro dos Ingleses (48) 3207-7724
Liberacao SomatoEmocional
A Liberação SomatoEmocional é um processo terapêutico que ajuda a liberar a mente e o corpo dos efeitos residuais de traumas passados associados às reações negativas.
Dr. John Upledger e o biofísico Dr. Zvi Karni descobriram que o corpo muitas vezes retém forças físicas que lhe foram impostas, ao invés de dissipá-las. Isso é o resultado de um acidente, dano, trauma físico ou emocional. Conforme o trauma, o corpo isola a área em disfunção, criando o que se denominou de “Cisto Energético”.
Embora um corpo razoavelmente saudável possa trabalhar e adaptar-se a um Cisto Energético, precisa-se de um gasto de energia extra para desenvolver as funções corporais normais. Com o passar dos anos, o padrão adaptativo do corpo vai perdendo sua eficácia: os sintomas e disfunções começam a aparecer, se tornando cada vez mais difíceis de ignorar ou suprimir.
Um Cisto Energético pode também encerrar uma emoção em seu interior. Não se pode negar que as emoções e sentimentos nos afetam, não só mentalmente, como fisicamente. Esses “Cistos Emocionais” também alteram o nosso corpo e chega um momento em que nossos mecanismos de adaptação e sobrevivência não podem continuar suportando o esforço adicional e os sintomas físicos e/ou emocionais se manifestam.
Usando a Liberação SomatoEmocional e uma série de recursos apropriados, o terapeuta ajuda o cliente a liberar essas emoções e recordações que estão provocando uma “doença”.
Os terapeutas de Liberação SomatoEmocional ajudam os pacientes/clientes na identificação física e liberação dos cistos energéticos através da re-vivência e resolução de incidentes desagradáveis.
Terapia CranioSacral
Terapia
CranioSacral
Esta terapia faz parte das terapias não invasivas usadas para melhorar e reequilibrar o corpo humano prevenindo e melhorando a saúde no seu todo.
Por terapias não invasivas quer-se dizer terapias que não afetam o organismo de uma maneira agressiva, negativa ou que não têm contra indicações.
Estas terapias normalmente são caracterizadas por movimentos extremamente lentos, toques suaves ou toques e movimentos suaves ou mesmo sem tocar no corpo como algumas técnicas energéticas.
Ela deriva da tão famosa Osteopatia Craniana a qual tem vindo a ser cada vez mais conhecida devido ao reequilíbrio das articulações cranianas e não só; reequilíbrio esse que freqüentemente corrige ou diminui muitas disfunções que existem a nível da cabeça.
A Terapia Crânio Sacral faz uso de um toque muito suave que normalmente é semelhante ao peso de uma moeda, para melhorar a circulação do liquido cefalorraquidiano, liquido este que banha, envolve e protege todo o sistema nervoso central.
Como facilmente se depreende a saúde do corpo depende do bem estar do sistema nervoso uma vez que é aqui que chegam e partem todas as informações de e para todo o corpo.
Assim qualquer obstáculo à livre circulação desse liquido quer na caixa craniana (cabeça) quer ao longo da espinal medula irá refletir em todo o corpo.
A Terapia Crânio Sacral usa um conjunto de técnicas não invasivas para relaxar e equilibrar o corpo e todo o sistema sacro craniano de forma a eliminar tensões e obstáculos que se opõem à livre circulação do liquido cefalorraquidiano, ao bem estar e à saúde da pessoa.
Tudo aquilo que altera ou afeta o livre movimento do liquido cefalorraquidiano ou que afete o sistema sacro craniano deve ser corrigido para que o sistema nervoso e o corpo funcionem o melhor possível.
Este líquido encontra-se dentro das meninges pelo que qualquer alteração ou compressão nestas, acaba por afetar todo o sistema nervoso.
A Terapia Crânio Sacral visa não só melhorar toda a circulação do liquido cefalorraquidiano, mas também tudo aquilo que possa afetar a sua livre circulação. Ela trabalha as meninges, os ossos cranianos, o sacro bem como todo o corpo.
O tipo de toque extremamente suave faz com que ela possa ser usada por todos inclusive pelos recém nascidos.
Como ela é dirigida há melhoria de funcionamento de todo o sistema crânio sacral, ela afeta profundamente todo o sistema nervoso, todo o corpo e toda a saúde.
História do Sistema
Crânio Sacral
O sistema crânio sacral é um sistema fisiológico que é essencial para o funcionamento do corpo tal como o são os sistemas respiratório e circulatório.
Este sistema foi descoberto pelo osteopata William G. Sutherland nos anos 20 tendo dado origem à osteopatia craniana nos anos 30 e à Terapia Crânio Sacral nos anos 70.
Nos anos 70 o doutor John E. Upledger durante uma cirurgia para remoção de uma placa de cálcio depositada na meninge dura-máter numa vértebra cervical observou a pulsação rítmica desta meninge que teimosamente dificultava a cirurgia.
A partir daí começou a pesquisar e a desenvolver a base cientifica do sistema crânio sacral, do seu funcionamento e das formas do seu tratamento.
O sistema crânio sacral é um sistema hidráulico semi fechado contido numa robusta membrana (a dura-máter), a qual envolve o cérebro e a espinal medula.
Este sistema tem a função importante de produzir, colocar a circular e de absorver o liquido cefalorraquidiano, liquido este que envolve, protege e cria o ambiente fisiológico no qual o cérebro e o sistema nervoso se desenvolvem, vivem e funcionam.
A produção e circulação deste líquido obedece a um ritmo chamado ritmo crânio sacral o qual tem uma freqüência de entre 6 a 12 ciclos por minuto, que pode ser sentido em todo o corpo e o qual é usado para detectar alterações à circulação deste liquido dando assim indicações aos terapeutas/facilitadores sobre a evolução do tratamento.
Apesar de o ritmo ser sentido em todo o corpo e poder ser igualmente influenciado em todo o corpo, normalmente trabalha-se mais sobre os ossos do sacro e da cabeça uma vez que é aí que está ligada a dura-máter.
O objetivo é libertar as restrições existentes quer ao longo do corpo quer ao longo da dura-máter as quais se opõem quer à circulação do liquido cefalorraquidiano quer à boa comunicação do sistema nervoso com o corpo o que impede a boa recuperação do corpo ou o seu correto funcionamento.
É bem conhecida a influência que a compressão da raiz nervosa ao nível da coluna tem muitas das vezes sobre o funcionamento dos órgãos internos podendo ser esta uma das razões pelos fracos resultados que algumas vezes se obtêm quando o tratamento dos órgãos.
A diferença entre a Osteopatia Craniana e a Terapia Crânio sacral é que a Osteopatia Craniana se dedica, sobretudo à libertação das suturas (cranianas, vertebrais e sacrais) enquanto a Terapia Crânio sacral se dedica não só a libertar as restrições não só destas suturas mas sobretudo das meninges que se encontram por baixo.
Estas meninges encontram-se ligadas aos ossos sendo estes usados para movê-las e para se eliminarem as restrições e aderências que possam existir, as quais criam perturbações no sistema nervoso com a conseqüente diminuição da sua capacidade de manter o bom funcionamento de todo o corpo.
Outra das diferenças entre as duas técnicas é que a Osteopatia Craniana normalmente faz uso de um ligeiro impulso para mover as articulações enquanto a Terapia Crânio sacral faz uso de uma força de 2 a 5 gramas, ou seja, uma força imperceptível.
Outra diferença é que a Terapia Crânio Sacral não se dedica apenas a tratar ou lidar com o sistema crânio sacral, mas também com todo o corpo uma vez que ele está todo ligado.
É de salientar que hoje em dia a Terapia Crânio sacral já começa a fazer parte do currículo da Osteopatia e a ser usada por muitos osteopatas mesmo no Brasil.
Devido ao fato do terapeuta apenas seguir e facilitar o funcionamento do corpo ele é visto como um facilitador ou também como terapeuta/facilitador.
A Terapia Crânio sacral complementa-se ou pode ser complementada com a Libertação Somato Emocional e muitas outras técnicas.
Benefícios da
Terapia Crânio Sacral:
A Terapia Crânio Sacral é um método suave de avaliar, detectar e corrigir disfunções no sistema sacro craniano e no corpo com o uso das mãos.
Usando um toque suave, os terapeutas hoje confiam na Terapia Crânio Sacral para melhorar o funcionamento do sistema sacro craniano (o qual cria o ambiente fisiológico no qual o sistema nervoso central vive e funciona), eliminar os efeitos negativos do stress, aumentar a resistência à doença e melhorar toda a saúde.
A Terapia Crânio Sacral tem sido usada com sucesso na ajuda de:
Melhoramento de todo o funcionamento do sistema sacro craniano o qual melhora o funcionamento do sistema nervoso central,
§ Eliminação dos efeitos negativos do stress,
§ Depressão e Depressão Pós Parto (endógenas que vêm de dentro ou que têm causas físicas)
§ Fadiga Crônica
§ Fibromialgia e outras Desordens do Tecido Conectivo.
§ Desordem do déficit de atenção,
§ Desordens do sistema nervoso central (as que têm por base alterações ou deficiências (disfunções) do sistema sacro craniano),
§ Autismo; Paralisia; Dislexia
§ Asma, bronquite, problemas respiratórios, etc.
§ Sinusite, tonturas e zumbidos
§ Enxaquecas, Cefaléias, Dores de cabeça, dores de pescoço, costas e menstruais etc.
§ Disfunção da articulação temporo mandibular (ATM),
§ Dificuldades de coordenação motora,
§ Problemas de olhos como estrabismo, nystagmus, etc.
§ Hiperactividade, desordens de atenção, etc.
§ Artrite e Artrite Reumatóide
§ Aumento da resistência à doença e melhoramento de toda a saúde.
§ Muitas outras condições.
A Terapia Crânio Sacral melhora e acelera os processos de cura natural do corpo;
Melhora o funcionamento do sistema nervoso central;
Dissipa os efeitos do stress, melhora toda a saúde e aumenta a resistência à doença.
Como técnica não invasiva e extremamente suave, ela está indicada para todas as pessoas incluindo os recém nascidos onde nestes é usada para reequilibrar o seu corpo de forma a ultrapassar qualquer possível problema derivado do nascimento e para fazer a prevenção de possíveis problemas futuros ou para reforçar todo o seu corpo e sistema imunitário.
Desta forma prepara-se o bebé para enfrentar muitas das dificuldades com que irá ter de lidar no seu dia a dia livrando os pais de muitas preocupações.
A Terapia Sacro Craniana e o Relaxamento
A Terapia Crânio Sacral talvez seja das terapias que provoca um maior relaxamento no menor espaço de tempo.
As suas várias ações são usadas para o conseguir e assim levar a pessoa a estar mais relaxada e receptiva a todos os benefícios que ela pode obter desta maravilhosa terapia.
As tensões e emoções traduzem-se em compressões não só musculares, mas também a nível de todos os nossos órgãos internos o que altera o seu bom funcionamento o que acaba por prejudicar a nossa saúde.
Os nervos passam através dos tecidos para irem enervar tecidos e órgãos, mas se existirem tensões e compressões nestes, a circulação nervosa sairá debilitada agravando todo o funcionamento dos tecidos e órgãos.
É quando andamos mais tensos que a nossa coluna e por vezes a cabeça (para além dos órgãos e do resto do corpo) mais se queixa.
São bem conhecidos os efeitos da massagem no alívio de dores e tensões assim como no bem estar e na saúde das pessoas.
A nível da coluna essas tensões a manterem-se acabam por provocarem todos aqueles problemas que todos conhecemos e de que todos já ouvimos falar (escoliose, espondilose, lordose, cifose, artrose e muitos outros problemas).
Libertar as tensões dos tecidos e órgãos deveria ser uma coisa com que todas as pessoas se deviam preocupar caso desejem que o seu corpo e a sua saúde melhorem.
Assim, toda e qualquer técnica ou terapia que liberte estas tensões é bem vinda e desejada.
Ela (seja ela qual for) não é apenas um luxo, mas sim uma forma de nos dar mais saúde e bem estar. E não há dinheiro que pague a nossa saúde, pois só com saúde se pode trabalhar e fazer a nossa vida do dia a dia, ou seja, usufruir daquilo que a vida tem de bom.
No entanto não basta o relaxamento para libertar as tensões acumuladas, é preciso libertá-las de uma maneira rápida e eficaz e é aí que a Terapia Crânio Sacral é diferente das outras terapias, pois consegue ir mais além levando o corpo a desmemoriar as memórias celulares levando assim a um melhor funcionamento do corpo a todos os níveis.
A Terapia Crânio Sacral e as suas diversas técnicas são usadas para libertar as tensões do sistema sacro craniano e de todo o corpo melhorando o funcionamento de todo o corpo.
Ela é considerada uma das mais completas e abrangentes uma vez que trabalha o corpo como um todo, pois sendo uma terapia holística (que trabalha todo o corpo) não pode deixar partes por trabalhar.
A Terapia Crânio Sacral veio mostrar e provar que os melhores resultados se obtêm com um toque suave contrariamente ao que muitas vezes se pensa ou diz.
O terapeuta apenas ajuda o corpo a libertar aquilo que ele (corpo) acha que deve libertar e este é um conceito que vai muitas vezes contra o que é comumente aceite. No entanto os seus resultados devem-se não apenas à eficácia das suas técnicas, mas também ao toque suave e respeito pelo corpo e pela pessoa o que é uma abordagem bastante diferente daquela a que estamos habituados a ter.
Esta é uma terapia que nunca em circunstância alguma pode ser imposta e onde se tem de obter a permissão da pessoa e do seu corpo para se poder fazer um bom trabalho.
Se o corpo ou a pessoa não estiverem disponíveis ou receptivos para usarem esta terapia, os seus resultados acabarão por serem muito mais baixos.
Desta forma os terapeutas são pessoas que usam de muita sensibilidade e de tacto no seu trabalho, pois só assim obtêm os melhores resultados. Esta é também uma das razões pela diferença de resultados entre os diversos terapeutas.
As técnicas da Terapia Crânio Sacral provocam um grande relaxamento permitindo acalmar todo o corpo e sistema nervosos ao mesmo tempo em que levam a um melhor funcionamento de todo o corpo e sistema sacro craniano.
Por tudo isto se vê a importância do relaxamento, pois só quando a pessoa se sente mais relaxada e confiante é que ela permite ao seu corpo abrir-se e assim libertar as tensões e emoções que ela acumulou ao longo da vida e que têm estado a impedir de usufruir de boa saúde e daquilo que a vida tem de bom para oferecer.
Atendimento
É indicado para pessoas de todas as idades, desde recém nascidos até idosos e não há contra indicação desde que realizado por terapeutas devidamente treinados que respeitem as normas básicas de não forçar, nem invadir o corpo com qualquer manobra de tratamento.
Os toques são suaves e leves, da ordem de aproximadamente cinco gramas para que seja possível sentir a pulsação do ritmo crânio sacral no corpo do paciente, sendo totalmente indolor e muito agradável.
A terapia crânio sacral é realizada em macas onde o paciente fica deitado em posições variadas conforme o caso: de bruços, de lado ou de costas, com o auxilio de almofadas para seu conforto.
A sessão dura em media 1 hora, ou 1 hora e meia no caso de uma sessão de múltiplas mãos, isto é, mais de um terapeuta por pessoa, que é realizada principalmente para a resolução de problemas traumáticos (acidentes, cirurgias, distúrbios emocionais), a chamada resolução somatoemocional.
Os resultados podem ser sentidos logo na primeira sessão, sendo a duração de um tratamento extremamente variável conforme o caso.
Bibliografia recomendada
Seu Médico Interno e Você, Dr. John Upledger, Ed. Mauad
Wisdom in the Body, Michael Kern, Thorsons
Teoria e Prática da Manipulação Craniana, Leon Chaitow, Ed. Manole
Craniosacral Biodynamics Vol. One e Two, Franklin Sills, North Atlantic Books
The Heart of Listening, Hugh Milne, North Atlantic Books
Osteopathy in the Cranial Field, Harold Magou,
Contributions of Thought, Dr. William Sutherland
With Thinking Fingers, Adah S. Sutherland
The Stillness of Life, Rollin Becker, Stillness Press
Para maiores informações com a fisioterapeuta:
Andréa Cristina Coneglian (48) 9625 7771 ou
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